livro: Eclipse ao Pôr do Sol

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...e outros contos fantásticos

É meio esquisito fazer a resenha de um livro de contos em que a maioria das histórias eu já tinha lido anteriormente, como leitor normal ou "leitor-beta" (alguém que lê um texto ainda "verde" e aponta os problemas pro autor corrigir na versão final) - apesar que acabei não dando minha opinião ao autor por que, quando eu tinha lido, o prazo para as respostas tinha se esgotado há muito e...
Ah!, não esperem ver neste texto o que eu teria dito a ele se eu nao fosse tão enrolado: muita já foi esquecido =p e análise crítica tem função e forma bem diferentes de uma resenha, ainda mais uma resenha nesse blog, que considero "descompromissado" (a.k.a. "de valor cultural nulo")
Não pretendo falar muito sobre o Antônio Luiz, que conheci na comunidade do orkut Escritores de Fantasia & FC (comunidade dele, por sinal): só que é temido por muitos (suas análises críticas são tiros a queima roupa, desaconselhavel a autores de coração fraco), mas timidísimo na vida real. Também colunista da revista Carta Capital, esse é o seu livro de estréia.



0) Capa - ok, resenha de livro deveria focar apenas no seu conteúdo, mas gostaria de deixar regitrado aqui que Eclipse ao Pôr do Sol tem a capa mais sem graça ever que a Draco já fez. E olha que a editora tem excelentes capas... Tem nem créditos de quem fez... O filho é teu, @ericksama?

A partir daqui, ha monstros. E contos, também :)

1) A Nascente na Serra - O encontro de Luis de Camões e sua amada... fantástica :) Achei que e um dos contos mais fracos do conjunto - ainda mais comparado com o Cio da Terra, que já tinha lido - mas assim mesmo superior a média do que andei encontrando em coletâneas...
2) O Anhangá - Sabe aquele efeito "feliz por ter estudado a matéria certa na prova"? Então, logo no comeco o texto me lembrou um dos contos mais famosos de horror/ficcao/vampirismo do século XIX - e um dos poucos que citam o Brasil - e acabo decobrindo que O Anhangá é uma espéciede "prequel" da obra original XD
Obviamente ambientada no século XIX, é também uma história de amor (não, não romântico ou açucarado, acho que "maduro" é o adjetivo que se encaixa melhor)(<-- no double senses allowed). Com um monstro misterioso, alguma crítica à religiosidade (especialmente espiritismo com pontas da umbanda e catolicismo) e tipos bem caracterizados. Gostei =)

A partir daqui NÃO há monstros -> já havia lido esses contos antes, mas foram boas releituiras =) Uma coisa que notei, bem provavelmente tenha notado errado, é q os contos ficaram um tico menos pr0n do que eu me lebrava.
Talvez.
O fato é que na maioria dos textos do Antonio Luiz, ele não tem vergonha de sexo - e não é vulgar. As vezes acho os personagens dele "bem resolvidos" demais (praticamente "'vamos trepar?' 'vamos' e eles brincaram de Adão e Eva para matar o tempo")(<- isso é um exagero meu, pero no mucho...) e fiz cara de 0.0 quando trombei com os textos dele pela primeira vez, e isso talvez tenha marcado a minha impressão na primeira leitura na tela do PC, que contrastei com essa releitura em papel...

Enfim, de volta ao livro:

3) Louco por um feitiço: Bem escrito, mas me pareceu mais um "teste de atuação de personagens (e de mundo)" que um conto de verdade. Tanto o ambiente quanto os personagens são parte do universo de "Crônicas de Atlântida", que saiu no começo desse ano =D
4) Papai Noel volta para casa: Um dos que mais gostei aqui, com um papai noel reclamando do patrão e um plot twist divino :D
5) O Cio da Terra: para mim, o melhor conto do livro, onde uma personagem de um dos contos anteriores tem uma nova hstória de amor, tempos depoooois. Contém: o futuro, o passado, fortes constrastes, uma decisão difícil, dolorida e mortal.
6) Eclipse ao pôr do sol - o conto-titulo é um retorno ao mar onde há monstros: eu não tinha lido antes e nessa prova tirei um zero redondo, por quê não conhecia a matéria. Pior: fiquei tão atordoado que errei meu nome e o professor descontou da nota, que ficou negativa.
Exageros meus a parte, é um conto investigativo usando divindades gregas do segundo escação ou mais baixo. Ficou tão obscuro para mim que me perdi totalmente, mas gostei do final gracinha que fará qualquer fã de histórias de detetives acharem alguma graça.
...exceto os azedos incorrigíveis, claro.

Veredicto: apesar dos pesares apontados, metade dos contos concertezamente participoariam da minha pré-seleção de melhores contos nacionais, categoria F&FC contemporânea.

(Hm, gostei da idéia, deixe eu fazer uma primeira lista...)

cliquem aqui para ver o site do livro na editora

Livros, pseudo-resenhas de
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1 Comentário

Petra Leao Ramos de Andrade em 01/06/12, às 19:02: Pelo que você está falando, os contos são BEM interessantes! Mas confesso que por essa capa, eu JAMAIS compraria o livro. Sim, eu sei que a gente não deve julgar livro pela capa, mas... quando a gente vê produção visual com cara de fanzine de Vampire dos primórdios das convenções de RPG, fica com o pé atrás. Já comprei livros cujas capas eu NÃO GOSTO, mas pelo menos a gente vê que tem uma produção decente -- o próprio Deuses Americanos, de Neil Gaiman, é uma dessas. No caso desse, tá muito amador mesmo, e não inspira confiança. Mas se lembrar no meio de tanta coisa pra ler, pretendo dar uma chance. (Reply)

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