Raquel - capítulo 2: páginas 1 à 3

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Página 1
Raquel: Raquel Cortez, dezenove anos, sozinha dentro dos escuros corredores da misteriosa e sinistra universidade...
Raquel: Seus passos são cautelosos como os de uma gazela.
Raquel: Mas ainda assim ecoam fortemente, quebrando a quietude das ancestrais paredes do quinto andar do conjunto residencial...
Página 2
Raquel: E sei lá por que estou pensando como se eu narrasse a história de minha vida em ritmo de filme de terror
Raquel: (quinhentos e vinte e um)
Raquel: Esse tipo de local afeta a imaginação da gente, viu?
Raquel: (quinhentos e vinte e três)
Raquel: (quinhentos e vinte e cinco)
Raquel: (quinhentos e vinte e sete)
Raquel: Tudo organizadinho. Deve ter normas rígidas para as residentes.
Raquel: (quinhentos e vinte e sete)
Raquel: (quinhentos e vinte e nove...)
Raquel: (quinhentos e vinte e nove...)
Raquel: QUINHENTOS E VINTE E NOVE?!
Página 3
Raquel: Pera aí...
Raquel: Ala feminina, cinco e três e nove. Quinhentos e trinta e nove!
Raquel: Faltam dez!
Raquel: Por que o corredor acaba no apartamento quinhentos e vinte e nove se eu tenho a chave pro quinhentos e trinta e nove?
Raquel: brr...
Raquel: arf... arf...

A história até agora: Raquel está em um ônibus, relembrando a misteriosa carta que a leva até a cidadezinha de Gádira, onde fica a misteriosa "Universidade O.M.N.I." Chegando na cidade, ela e outros jovens são recebidos por Mário, que se diz funcionário da Universidade e os leva até lá e lhes dá chaves de seus alojamentos, dizendo "guardem a bagagem no quarto de vocês e daqui meia hora um guia os levará para conhecer todo o campus".

(Raquel é uma história em quadrinhos, escrita por mim e desenhada pelo Miguel Jacob. É o "remake" de uma história que já fiz mais de uma vez, mas dessa vez pretendo que seja a definitiva, em livro E em quadrinhos! :) )


Evito ter poderes de chefia: minha tendência é o controle, de abraçar tudo e atravancar o andamento das coisas por não dar liberdade a quem entende do que está fazendo, ou a quem precisa errar para aprender.
Bom, como enfatizei, é uma tendência, não uma camisa de força onde estou enfiado: sendo ciente do meu defeito, às vezes acho meios de contorná-lo, às vezes até consigo jogar o trabalho na mão dos outros, resistindo a tentação de pegar tudo para mim de volta.

Assim, esse capítulo tem só o roteiro meu: o Miguel pegou pra ele as funções de pôr o texto e tons de cinza nas páginas... e agora a parte visual da história está em melhores mãos e fiquei sem desculpas por demorar tanto em entregar o roteiro dos próximos capítulos .-.

Inclusive ando numa preguiça danada pra criar, numa dessintonia que me preocupa: passei a semana tentando fazer a próxima "tira secreta" de Klara e saiu nada, enrolei pra revisar as páginas do Miguel (e certeza que deixei passar batido um zilhão de coisas) e por aí vai... certeza que estava na frequência do stress de certa namorada, que estava na reta final de entrega do doutorado dela. Esse tipo de coisa se pega^^"

1) uma coisa que sempre esqueço de perguntar para vocês: o que estão achando das histórias? Apesar de Raquel estar numa fase de recontar o que já foi contado até aqui na newsletter, queria saber a opinião de vocês :)
2) em 2018 decidi fazer um experimento no meu blog: pesquisar na Grande São Paulo as ruas batizadas com datas. Eu achava que Sampa teria uma rua por dia do ano, mas me enganei. Até agora só mapeei janeiro e fevereiro, e nem metade dos dias tem representação nos logradouros paulistanos. Nem pra isso os políticos andam prestando....

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