"Resenhas" rápidas: Os Novos Atlantes • Da Terra À Lua

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Os Novos Atlantes (de Ismael Chedid, Frank Tartarus e Adan Marini) - A primeira vez que vi este gibi foi na Cultura daqui de SP: a capa dura dá sempre um ar de respeitabilidade à qualquer publicação (por mais que eu ache um recurso desnecessário), mas o desconhecimento dos personagens e dos autores me fez deixar os gibis onde estavam. Ou, como disse um conhecido "Cara, com um nome desses eu já encaro com desconfiança".
Mas, como fui num evento de literatura fantástica lá em Porto Alegre, acabei pegando o gibi na empolgação das compras: tava com desconto e quase que consegui autografar, mas os autores não estavam na mesa naquele momento.
Enfim, acabei pondo na pilha de leitura, meio que no espírito "se não for bom, menos um ocupando espaço na estante" e li, né? Bom, a trama se passa num país não-especificado da América Latina (pois é) e envolve deuses que na verdade são aliens do passado, crianças/adolescentes que ganham poderes, uma batalha com bichos feios que praticamente destroem uma cidade e basicamente é isso. É um amálgama de vários clichês e plots que são legaizinhos, mas que foram jogadas na trama de forma descuidada, apressada até... ilustrados por um traço regular-pra-bom que não brilha. A diagramação não colabora, nem as cores - que desconfio que foram mais prejudicadas ainda pelo papel, mas não manjo dessas tecnicidades.

# Veredicto: me deu vontade de pegar enredo, background, personagens, tudo e refazer direito pra mostrar como se faz ¬¬ E olha que não sou tão competente assim.
# Bom: a encadernação é bonita :P Alguns personagens prometem ser legais, mesmo forçados (tipo o mago que parece ser um primo (muito) distante de Constantine com o Zeppeli, de JoJo) e tem várias coisinhas que são bem feijão com arroz no gênero super-heróis, que dariam um pratão bem feito se não fossem colocados na mesa de forma tão corrida.
# Mau: Tá verde, muito verde, tanto roteiro quanto a arte. Tem personagens ali que não tem desenvolvimento, parecem só existir para cumprir o número mínimo de pessoas para a formação de um supergrupo. E tá apressado, demais: tem conceitos que podiam ser guardados para histórias futuras, colocadas aos poucos e ir compondo o cenário maior, tipo, por exemplo, o X-O Manowar do Robert Venditti).
80 páginas • R$ 25,00 • 2017 • veja no site da editora

Da Terra à Lua (de Estevão Ribeiro) - uma HQ inspirada no livro do Verne, no de H.G. Wells e no filme de Georges Méliès (três obras que preciso conhecer, diga-se de passagem): o Clube do Canhão dos EUA, em pleno século XIX, decide enviar pessoas à Lua. A história conta os motivos, os preparativos, a ida e a aventura que eles tiveram lá antes de voltar, no simpático traço do Estevão.
Aqui o enredo tá redondinho, os personagens tão construídos, algumas piadas funcionam, mas...... o roteiro e a diagramação precisassem de uma segunda demão, uma melhora e afinada nos elementos. Gostei da arte aqui, talvez precisasse trabalhar mais as cores. Talvez.

# Veredicto: É uma história gostosinha e simpática pra se ler numa tarde.
# Bom: Traço e personalidade dos personagens se casam muito, naquele humor de personagens cômicos se esforçando em serem sérios de desenhos antigos.
# Mau: Dava pra ser melhor, tem espaço pra isso. Mais de 300 mil quilometros de espaço :P
80 páginas • R$ 39,90 • 2014 • veja no site da editora


Índice de resenhas e movimentações da minha estante:

...e estou vendendo parte da minha coleção, veja a lista aqui

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