Akira #6

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(de Katsuhiro Otomo)

O fim da série!! É hexa!!!
Em determinado momento, Akira (o mangá agitado) começou a sofrer do mesmo mal das novelas da televisão: assim como o casal de mocinhos tem poucas opções de final possíveis por causa do tipo de história contada, Tetsuo e Akira (o personagem apático) tiveram suas opções de destino afuniladas antes do final do terceiro volume. Temos várias cenas massavéio, também temos mais vislumbres do passado deles (e de outras crianças poderosas), mas isso acaba não mudando muito o resultado esperado, só dando "justificativas" (algumas que ninguém pediu).

Mas, graficamente, é um show :D

Por outro lado, ainda comparando com as novelas, é o destino dos secundários que dá aquele gosto diferente pra história, e aqui o mangá tem seu calcanhar de Aquiles: mais uma coleção de fins esperados e merecidos - ok, temos uma pequena tragédia, Kaori, mas ela foi praticamente um satélite no arco Tetsuo - , algumas ausências e a sensação de que alguns personagens e tramas menores foram do nada pra lugar algum, tipo o cientista no dirigível. Não é de todo ruim, só faltou tempero.
E temos as páginas finais, que são um epílogo, o fim depois do fim (depois do fim, depois do fim... Neo-Tokyo deve ser a cidade que mais apanhou na ficção): é um chega pra lá na interferência estrangeira (americana principalmente, isso quando o mangá já estava sendo publicado na Gringolândia há uns cinco anos) ao mesmo tempo que os personagens sobreviventes dão uma involuída, meio que voltam ao que eram quando tudo começou e dane-se que o mundo mudou, e que não está reagindo bem depois de tantos momentos tensos.
Não é uma fuga, não é uma utopia, me pareceu bobo, só.
Mas, ainda assim, é mil vezes melhor que o final do anime :P

# Veredicto: ainda grandioso, mesmo perdendo a força e alguns dos rumos. Ranhetices minhas à parte, é um dos melhores mangás que já devorei.
# Bom: a arte impecável, fora que Katsuhiro Otomo dá aulas de como se montar páginas.
# Mau: vou dizer que achei forçado o arco de Kaneda na mente de Tetsuo, de se importar com ele. Na verdade, acho que o comportamento de Tetsuo (assim como a natureza do poder que move a série) é aquele tipo de coisa que é mais interessante suspeitar como funciona do que receber uma explicação formal.
440 páginas • R$76,90 • 2019 • veja no site da editora

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...e estou vendendo parte da minha coleção, veja a lista aqui

3 Comentários

mushi-san em 05/02/20, às 22:45: E uma coisa que esqueci de comentar (ou devo ter comentado, mas não vou conferir as postagens anteriores :P), mas que não é de todo importante: em algum ponto entre as edições 3 e 4 foi tudo novo pra mim :) Li Akira quando saia pela Globo, até o hiato chegar e a grana em casa diminuir.
Eventualmente tentei pegar as revistas atrasadas, mas essa demanda tem seu grau de dificuldade (as edições finais tiveram tiragens bem reduzidas, dizem) e desisti de vez quando soube que a JBC relançaria. E cá estamos :P Akira é um clássico, por isso apontei o que não gostei sem dó, certamente sobrevive à mim X) (Reply)
Adriana (Strix) em 28/02/20, às 15:44: Akira é um daqueles clássicos que te interessam pela técnica, mas que me dá uma preguiça tão incomensurável de ler. x.x (Reply)

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This page contains a single entry by mushi-san published on fevereiro 5, 2020 10:30 PM.

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