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• Skreemer (de Peter Milligan, Brett Ewins e Steve Dillon): uma das últimas leituras do ano passado, e uma mini-série que sempre ouvi elogios aqui e ali, mas nunca tive a oportunidade de ler. Num futuro pós-apocalíptico, onde uma praga matou boa parte das pessoas, a ruína do que eram os EUA viraram tipo uma colcha de retalhos de pequenos territórios controlados por "presidentes", na verdade gangsters. A história tem toda aquela vibe da época da Lei Seca, com todos os personagens "durões" (até as mulheres) e conta a história e a queda de Skreemer, o maior de todos os presidentes daquela era.
Curioso que o enredo se situa "num futuro", mas com poucos ajustes dava para coloca-lo em quase qualquer era sem perdas na trama. A narrativa contando duas histórias que se fecham depois do fim (uma é de Skreemer, a outra é do narrador) se encaixa perfeitamente, mas o final é morno (mesmo que com cenas chocantes aqui e ali), meio que por culpa do personagem título, que em alguns momentos se autodefine como uma estátua e, bom, emocionalmente é.

# Veredicto: muito bom gibi, mas também não é um clássico. Precisava de capa dura não.
# Bom: a arte casa perfeita com o roteiro; o mundo construído é escasso em informações mas é perfeito pra história que é proposta. As biografias dos personagens (em flashback) são muito boas e encaixadas muito bem no decorrer da trama.
# Mau: a revelação do "dom" de Skreemer é um elemento bem desnecessário, pra trama e pro personagem - que é do tipo que levanta o enredo mas também faz muito desabar. Outra muleta no roteiro que não funcionou pra mim foram as citações à Finnegan's Wake.
180 páginas • R$59,00 • 2017 • veja no site da editora

• Akira #1 (de Katsuhiro Otomo): Tetsuo e Kaneda são membros de uma gangue drogas encontram um estranho garoto paranormalidade aparece o exército tiros Tetsuo some Kaneda encontra gente subversiva misteriosa se envolve com eles perseguição depois decide ir atrás de Tetsuo que virou líder de uma gangue rival violência ~~~~> Tudo isso e mais acontece nessa edição, num ritmo frenético, diagramação invejável, linhas perfeitas e narrativa exata, praticamente sem barrigas.
Uma aula (de parte) do que o mangá é capaz.

# Veredicto: se não leu, tá moscando. E é um HQ rápida, tem o mesmo tanto de páginas que os dois outros gibis desse bloco de resenhas e você lê na metade do tempo de qualquer um deles.
# Bom: edição grandona, em preto e branco, no sentido oriental. Nada contra a versão dos anos 90 do mangá, com sentido de leitura adaptada pro ocidente e lindamente colorizada por Steve Oliff, mas prefiro (dentro do possível) ler/ver uma obra na forma em que ela foi pensada pelo autor
# Mau: a adaptação desse mangá para anime :P
364 páginas • R$69,90 • 2017 • veja no site da editora

• Astro City: Vitória (de Kurt Busiek e Brent Anderson): na edição anterior estava achando que a série estava ficando dependente demais de cronologia. Aqui meio mordo a língua, boa parte do volume é uma história até que bem auto-contida, apesar de ser centrada em personagens já apresentados e ocorrer em quatro partes:
A Vista de Cima, A Vista das Sombras, A Vista do Coração e Vitória poderia ser fácil uma história da DC, já que temos Vitória Alada, Samaritano e Confessor (as versões locais de Mulher Maravilha, Super-Homem e Batman). Nela temos mais informações sobre a origem e os poderes da Vitória Alada, que é o centro e condutora desse arco: feminista, ela prioritariamente salva mulheres, tem vários escolas em que ensina mulheres a se defenderem, etc. Aqui tudo o que ela construiu é posto em dúvida, corre o risco de de perder os poderes e... bom, a história encerra e não preciso dar muitos spoilers :P
Mas o roteiro tem alguns defeitos na estrutura que me incomoda: o abatimento da personagem parece ter vindo mais do roteiro que da personagem, e um grupo de pessoas que supostamente são sábias e bem-sucedidas (a ponto de gerarem poder!) fazendo um julgamento raso e quase infantil - ficou a impressão que só havia uma voz de bom senso lá dentro, e se fosse assim, estas pessoas não seriam sábias tampouco bem-sucedidas :P
• O Guia do Visitante é uma peça em duas partes: 1) uma das melhores histórias (e mais curtas) da série, na minha opinião, em que uma turista entediada quer aproveitar de verdade suas férias em Astro City, e consegue :) (a página final sempre me faz rir) e 2) páginas de um guia turístico da cidade, com informações soltas sobre a geografia (tem até um mapinha!), história e personagens (com artes de vários artistas). Uma excelente forma de entupir o leitor de informações sem soar artificial.

# Veredicto: continuo achando que "não existe edição ruim de Astro City".
# Bom: o Guia do Visitante é pouco ambicioso em narrativa, mas é bem eficiente. O arco da Vitória Alada é uma história bem desenvolvida, que firmou um romance que estava no background e pôs o Confessor novo no mapa.
# Mau: faltou leitura crítica feminista no arco da Vitória :P E olha que você percebe opiniões no roteiro que devem ter vindo de terceiros (e certeza que o Busiek tem assessoria às vezes, o arco do advogado e do Cavaleiro Azul (em Heróis Locais) grita que teve: o escritor dá uma voltona no enredo para não queimar a advocacia e o próprio conceito de tribunal). Também achei dispensável a tradicional briga de heróis - isso nunca aconteceu em AC e não precisava acontecer - antes de irem atrás do vilão, que por sinal ficou devendo background pra ficar interessante.
180 páginas • R$25,90 • 2016 • veja no site da editora

lista de resenhas de Astro City:
1 - Vida na Cidade Grande
2 - Confissão
3 - Álbum de Família
4 - O Anjo Maculado
5 - Heróis Locais
6 - A Era das Trevas 1 - Irmãos & Outros Estranhos
7 - A Era das Trevas 2 - Irmãos em Armas
8 - Estrelas Brilhantes
9 - Portas Abertas


Índice de resenhas e movimentações da minha estante:

...e estou vendendo parte da minha coleção, veja a lista aqui

Essa semana caiu no meu radar uma série de tweets de suposto pastor sugerindo NÃO dar caridade a mendigos. Pelo que vi são parte da divulgação de um livro - e, pra não fazer propaganda do que não concordo, não linkarei os tweets nem darei o nome do autor :P Dois minutos de google e você acha quem foi e até mais coisas doque achei ^^

E como ando ultimamente nadando e me afogando nos evangelhos, vou dar alguns comentários em cima do que o carinha acima disse, me baseando nas palavras que li nas palavras dAquele que o tal pastor supostamente segue. Lembrando vocês aqui que 1) religiosamente estou no catolicismo não-praticante (ou, como brinco, "catolicismo turista", porque praticamente só entro em templos quando turisteio) (e quando dou "oi" pra Deus na Sé, aos sábados) e 2) circulo muito pelos escritos de Marcos, Mateus, Lucas e João, mapeando, dissecando e estudando o que foi escrito ali, mas me perco fora desse território, e me perco mais ainda no Antigo Testamento. Imagino que as palavras do Filho do Dono devem valer mais que a de todos os outros personagens bíblicos somados :P
Os tweets originais estão em azul, versículos em vermelho, o restante dos escritos daqui pra baixo é culpa minha.

"Você ajuda a devolver o senso de dignidade quando cobra que a comida seja merecida, que o sustento seja alcançado. Se você troca comida por algum tipo de serviço, a comida vira uma recompensa menor. O senso de alcance e merecimento é muito mais importante que o alimento em si."
Mateus 5:42 Dá a quem te pedir, e não te desvies daquele que quiser que lhe emprestes.
Lucas 6:30 E dá a qualquer que te pedir; e ao que tomar o que é teu, não lho tornes a pedir.
Notem que Jesus não põe condicional a quem dá esmola, dá a quem te pedir. Na verdade, Ele diz até não negar nem pro ladrão :P

"Quando damos comida em troca de nada, pensamos estar realizando um ato de amor e bondade, cremos praticar algo cristão, manifestando desprendimento financeiro, mas deixamos de dar o maior bem que um mendicante precisa: a sensação de conquista do próprio bem."
Bom, como falei acima, dar sem pedir nada em troca é algo cristão. Exceto se teu cristo seja outro que não to afim de conhecer.

Lembrei de um exemplo: numa das multiplicações dos pães e peixes (são duas), tem isso aqui:
Mateus 15:32 E Jesus, chamando os seus discípulos, disse: Tenho compaixão da multidão, porque já está comigo há três dias, e não tem o que comer; e não quero despedi-la em jejum, para que não desfaleça no caminho.

As pessoas estavam com fome, e Ele acabou por dar comida de graça pra multidões. Não pediu pediu bens materiais nem morais em troca. Fim.

"Se houver muita gente que cobre algo em troca do pão, de pão em pão o homem percebe que esmola gratuita é pior que fome. O que temos que fazer é parar de oferecer paliativos para oferecer soluções."
Bom, isso aqui já é rebatido pelo que apontei antes.

Ah, concordo que temos de oferecer soluções em vez de paliativos, mas é fácil dizer isso de barriga cheia. Não se ensina alguém que está sofrendo, primeiro você cura o sofrimento dela.

"Enquanto oferecemos paliativos, damos uma estrutura de incentivo à permanência e até o absurdo atrativo a miséria. É preciso deixar os paliativos impessoais e irrestritos e passar a dar soluções consideradas e personalizadas para cada pessoa."
João 12:8 Porque os pobres sempre os tendes convosco, mas a mim nem sempre me tendes.
:PPPPP
E, de qualquer forma, temos tínhamos programas para erradicação da pobreza e da fome, mas o povo do "tem de ensinar a pescar, não der o peixe" está se esforçando em acabar com tudo.

Por sinal, tá na mesma passagem de João citada acima, sabe quem fazia que ajudava os pobres mas ficava com o dindin pra ele?
12:4-6 Então, um dos seus discípulos, Judas Iscariotes, filho de Simão, o que havia de traí-lo, disse: Por que não se vendeu este ungüento por trezentos dinheiros e não se deu aos pobres?
Ora, ele disse isto, não pelo cuidado que tivesse dos pobres, mas porque era ladrão e tinha a bolsa, e tirava o que ali se lançava.

Ok, tá meio torto pro contexto, mas o mundo tá cheio de gente falando "por que você não faz X em vez de Y, que é melhor?" e você para de fazer X e Y não dá certo porque parece fácil à primeira vista mas demanda recursos que você não tem.

Pra encerrar essa colagem mal-feita de versículos, encerro com Mateus:
25:41-46
Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda:
Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos;
Porque tive fome, e não me destes de comer;
tive sede, e não me destes de beber;
Sendo estrangeiro, não me recolhestes;
estando nu, não me vestistes;
e enfermo, e na prisão, não me visitastes.
Então eles também lhe responderão, dizendo:
Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos?
Então lhes responderá, dizendo:
Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a mim.
E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna.

....e desculpe qualquer interpretação errada.

notas:
1) lembrando que estar à esquerda de uma pessoa pode te colocar à direita dela, é questão de ponto de vista ;)
2) queria ter o desprendimento de doar sem julgar como é exigido. É um exercício difícil. (Mateus 19:21 Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, e segue-me.)
3) alguém lembra do anime Super Aventuras falando da "Flor de Cosmos"?
4) as traduções foram tiradas do site Bíblia Online - http://bibliaonline.com.br/
5) é, não encerrei esta colagem de versículos como disse ali em cima, mas achei necessário pontuar isso aqui: Mateus 6:2-4 Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita; Para que a tua esmola seja dada em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, ele mesmo te recompensará publicamente, isso aqui Mateus 23:12 E o que a si mesmo se exaltar será humilhado; e o que a si mesmo se humilhar será exaltado e isso aqui também Lucas 17:10 Assim também vós, quando fizerdes tudo o que vos for mandado, dizei: Somos servos inúteis, porque fizemos somente o que devíamos fazer Não sejam como essa pessoa citada aqui, que quis "fazer o bem" pra ganhar agora o prêmio de ser elogiada :P

• Até o Fim (de Eric Peleias, Gustavo Borges, Michel Ramalho) - "Um grupo de amigos sofre um acidente de carro e uma deles tem até o sol nascer para escolher um destino adequado para os outros e voltar a vida". Peguei esse gibi numa promoção, sem esperar muito, e foi o que recebi: uma HQ nacional bem desenhada, com um roteiro bem conduzido e personagens simpáticos - mas nada muito além disso.
Ok, tem umas reviravoltazinhas espertas na história e a escolha de colorir a revista toda em tons de azul foi arriscada - funciona para dar o clima de limiar entre vida e morte, noite e dia - mas faltou ousadias maiores, e o tema da HQ é daqueles que dá muita margem pra isso.
# Veredicto: vale uma leitura, se achar com preço em conta.
# Bom: a história flui, o acabamento físico da revista é excelente.
# Mau: o uso de capa dura certamente encareceu o produto, mas duvido que conseguiria espaço nas livrarias se usasse capa cartão.
96 páginas • R$39,90 • 2017 • veja no site da editora

Ragnarök (de Walter Simonson) - Quando era menino e lia gibis de super-heróis da editora Abril, achava o Thor um personagem insosso. Numa época em que se publicava, por exemplo, X-Men e Novos Titãs em seu auge, as melhores histórias que li do Deus do Trovão eram bem medianas, bem burocráticas. Pros meus primórdios de gibi, ele era tipo um figurante de luxo nos diversos mixes editorais e nas equipes super-heróicas, um personagem que não faria falta se sumisse, o chamado "dedinho do pé".
Mas isso mudou quando descobri a fase escrita e desenhada pelo Walter Simonson. Confesso que peguei o bonde andando, depois de comprar um gibizinho (sim, era na época que os gibis eram pequenos) na banca após um dos meus hiatos longe dos quadrinhos por falta de $$. E, assim que li algumas das histórias, vi que estava com um material diferenciado e fiz questão de sair caçando as edições anteriores nos sebos para acompanhar religiosamente até o final: apesar de mais conhecido como desenhista, Simonson soube escrever o filho de Odin, dar personalidade a cast de personagens secundários, transformar Asgard e arredores em lugares interessantes, eu sentia que ali era um fã colocando a alma no trabalho, um profissional que pesquisou a mitologia nórdica e a reescreveu para aproveita-la da melhor forma para as histórias que queria contar. Além de uma boa surpresa como roteirista, é um desenhista estabelecido, com traço estilizado pessoalíssimo, que sabia diagramar e a rara arte da tipografia.
(e em certa altura, Walter passa a arte para Sal Buscema, um artista da velha guarda que eu não via graça - ele trabalhou trocentos anos com o Hulk antes, num encadeamento besta de histórias que tem lá seus fãs - mas que pareceu ter ganho vida nova no novo trabalho, mais expressividade até: milagres que um bom roteiro faz)
Enfim, Thor deixou de ser um genérico oxigenado do Superman (ser que veio de outro mundo, que voa e tem superforça, uma fraqueza, identidade secreta e um triangulo amoroso envolvendo suas duas identidades e uma bela mulher que trabalha com ele) com fala empolada para se tornar alguém. E mesmo quando virou sapo (é!!), era um personagem legal. Mas... tudo que é bom termina, Walter Simonson terminou seu run de forma épica, entregou o personagem para outro profissional e a magia acabou. E para mim, o personagem acabou ali.

Sim, esse foi um texto de fã, que gastou uma boa grana quando saiu um encadernado com todas as histórias em inglês do Thor do Walter Simonson - originalmente publicadas entre 1983 e 87 - e não se arrepende nem um pouco disso.

Mas, vamos falar da revista que supostamente estou resenhando aqui:
Em 2014, em outra editora (a IDW) Simonson começou a escrever e desenhar uma história em que Thor desperta de um longo sono, com aparência de um zumbi sem mandíbula, eras depois do fim de todos os deuses e do próprio reino de Asgard... e não, não é o personagem da Marvel que ele trabalhou uma vida atrás, mas é impossível não relacionar Ragnarök como uma continuação, mesmo que "espiritual" ou "moral" do mesmo personagem. O clima é outro, mas o universo é o mesmo, o traço e autor são o mesmo. Minto: o traço está melhor, além da colorização estar estupenda :) E o roteiro está bem amarrado, com algumas reviravoltas e personagens secundários sendo construídos no ritmo certo.

# Veredicto: se você conhece o trabalho anterior, compre sem medo. Eu li com sorriso de orelha à orelha e aguardo as próximas edições - quando saírem. Se não conhece, recomendo também (lembrando que é uma história mais ou menos fechada, há um segundo volume a ser lançado em breve e foi anunciado um terceiro nos EUA) e sugiro que procure as histórias antigas: não vão mudar tua vida, mas são diversão honesta e bem escrita :)
# Bom: já não elogiei demais? Achei legal a construção do arco de Brynja, a elfa negra (pensei que cairia no plot batido de "personagem legal mas com obrigação moral de fazer algo terrível para um personagem que gostamos", e vira outra coisa) e a cena em que os mercenários tentam matar Thor e e eles que são mortos: um a um, seus rostos são riscados como se fosse uma planilha em quadros a parte pela página, é muito bem bolado :D
# Mau: história curta e infelizmente não é diretamente relacionado ao seu Thor dos anos 80.
164 páginas • R$79,90 • 2017 • veja no site da editora

P.S.1: enquanto eu escrevia o texto acima, saiu o segundo volume :DDD
P.S.2: pros mais curiosos, a fase dos anos 80 saiu no Brasil pelo menos três vezes:
1) está sendo anunciada uma coleção de luxo em três volumes com um preço meio salgado.
2) uns dez anos atrás saiu tudo em cinco revistas pela Panini, formato americano, mas o preço no mercado de usados tá pra lá de abusivo. Se fosse investir numa coleção nacional, comprava a coleção acima.
3) e, se você não se importa em HQs com cortes de páginas, texto resumido, colorização simplificada, tamanho reduzido e muita, mas muita nostalgia, você pode caçar os formatinhos da editora Abril, que são relativamente abundantes nos sebos. Só que o run do Simonson está bem espalhado:
Heróis da TV 101 a 111;
Superaventuras Marvel 76;
Thor (mini-série em 6 edições);
Superaventuras Marvel 83-85, 88-91, 101-107*;
• (* Entre as edições de Superaventuras Marvel 106 e 107 os encadernados costumam encaixar a mini-série de Balder, desenhada e escrita pelo Simonson. Saiu por aqui em: Superaventuras Marvel 89, X-Men 25-27);
X-Men 32-33 (parte de um crossover com X-Men e outros personagens, mas dá pra entender o que acontece sem sair do personagem)(mas já que tá com as revistas na mão, pq não ler tudo? :P O arco inteiro chamado "Massacre de Mutantes" saiu entre as edições 31-34 da então revista dos X-Men;
Superaventuras Marvel 111-112;
• e tudo conclui em Superalmanaque Marvel 4. Existem algunas referências internas a algumas histórias externas, mas dá pra entender sem elas, até melhor assim.

[e eu achando que esse guia ia ser simplezinho de fazer....]

Multiverso (de Grant Morrison) - Grant Morrison é um autor de quadrinhos que respeito na mesma medida que o acho superestimado: ele é parte genial, parte alguém que escreve sob efeito uma overdose de cogumelo estragado e parte disco riscado, insistindo em algumas temáticas sempre e sempre. Tá, não sou profundo conhecedor do escocês careca, mas toda obra dele que chega às minhas mãos corrobora o que digo - e Multiverso consegue ser tudo isso em um pacote só. E "pacote" meio que serve para definir esse gibizão, já que é um conjunto de histórias praticamente soltas, amarradas por um fiapo de trama:
• na primeira história, O Lar dos Heróis, somos apresentados à um início típico de mega-saga: são nos mostrados os personagens, os vilões (gostei deles!), cenários, o perigo que vão enfrentar. Tem algumas doses de metalinguagem muito interessantes, e... termina com um gancho para a próxima história...
• ...que não é a seguinte do volume. Sociedade dos Obstinados Super-Heróis é uma boa história sobre uma batalha de anos entre heróis e vilões, em que o mal está vencendo, e que um a um dos mocinhos quebra o voto de não matar. Termina com um gancho para a próxima história...
(ah, esqueci de comentar: praticamente todas as histórias são com versões alternativas de personagens clássicos da DC, acho que nenhum do universo "padrão" aparece)
• #TerraEU é um mundo onde os descendentes dos heróis mantém o legado dos seus pais, mas é um mundo onde os personagens são fúteis, os jovens estão mais interessados em aparentar do que merecer os dons que tem (flecha!), os adultos ficam repetindo glórias passadas. Parece muito as redes sociais :P Também termina com um problemão fatal para uma história seguinte, e gostei muito do jeito sem pressa em que ambiente e trama são construídos.
• o segundo maior problema de Pax Americana é ter um desenhista ruim que só é elogiado por ser protegido pelo campo de distorção de realidade que também beneficia o Morrison. O maior problema é que seria genial se não tivesse escalado usando escada rolante um monumento dos quadrinhos chamado Watchmen e levantado uma plaquinha lá em cima "olha, mãe, cheguei mais alto". Aqui há muita idéia legal em diagramação e construção de história, metáforas sobre processo criativo (cachorro!), mas tem muitas alfinetadas entre "magos", inclusive na escolha dos personagens. Ao contrário das histórias anteriores, o final é relativamente fechado, mas deixa trocentas pontas soltas para o futuro.
• "Capitão Marvel e o dia que nunca existiu" é fechadinha, tem um recurso no enredo que é bobo e genial ao mesmo tempo, típico de quando as histórias eram mais inocentes. Diversão das boas e uma das minhas preferidas aqui =)
• O Guia do Multiverso é uma história que tenta explicar a estrutura dos universos da DC, inclusive mostra um guia dos 52 universos da editora. É a história mais relacionada com a primeira do volume (além de ter personagens da história anterior) e termina com uma cena de "continua no próximo episódio" básico.
• E se em vez de uma cidadezinha no Kansas, o foguete que veio de Krypton trazendo o jovem Kal-El tivesse caído num território ocupado pelos nazistas em plena Segunda Guerra? Em O Fim do Explendor, temos Hitler cagando e gritando com um subordinado, temos um Super-Homem décadas depois arrependido de ter construído uma utopia em cima de cadáveres (entre outros arrependimentos), temos um Tio Sam terrorista tentando recuperar seu país do jugo dos (super-)nazi, nem que tenha de matar uma metrópole para isso. Merece palmas por tirar algo novo e pertinente em um dos temas mais batidos da ficção :P
• Então finalmente aparece Ultra Comics, a revista dentro da revista, citada em praticamente todas as histórias até agora. Tem mais metalinguagem ainda, personagem quebrando a quarta parede e... sabe o cogumelo estragado que falei lá em cima? Então, aqui ele desandou, a magia virou chacota e, realmente, siga a sugestão da capa: você não deve ler este gibi. Dê valor (ao tempo perdido d)à sua vida, salve o mundo (começando pelas árvores).
• E Justiça Encarnada encerra o volume, fechando a primeira história e tudo o mais. Depois de uma primeira história instigante seguida de várias idéias de qualidade superior, o autor que desenvolveu mundos e personagens centenas de páginas antes parece não estar mais aqui. O final é burocrático, confuso, praticamente anticlimático - e isso tem muito de Grant Morrison também.

# Veredicto: é um mostruário de idéias muito loucas, tem ouro aqui. Só falta acharem um escritor para usa-las.
# Bom: em várias das histórias, imaginação e técnica sendo exercitadas de forma intensiva. Dá até para ver a barriga tanquinho nelas.
# Mau: um monte de ganchos abertos que nunca mais continuarão :P E em muitos momentos um autor escrevendo para o umbigo, provavelmente os cogumelos são criados lá.
484 páginas • R$125 • 2017 • veja no site da editora

P.S.3: para os não iniciados em quadrinhos, tanto Grant Morrison, quanto Alan Moore (autor de Watchmen) são magos e não se bicam. Ou, ao que me parece, o primeiro fica provocando o primeiro para tentar escalar na fama do segundo, que tá de saco cheio disso. Por isso falei em "alfinetadas entre magos" :P


ìndice de resenhas e movimentações da minha estante:

08dez11


Juju nunca foi fã de interação, ainda mais com filhotes, mas com o tempo Milla foi crescendo e Juju foi aceitando a nova moradora da casa...




27set11 - todas dormindo, mas me espantava quando Milla colocava a cabeça
como se tivesse rolado pra fora do travesseiro




28set11 - quando a barriga da amiga vira travesseiro


09set11 - hora do banho!


Sobre essa série de fotos, leia aqui. Não sinto que a reverei, mas o link com os dados sobre o sumiço dela é esse: http://quadr.in/milla (vai que....)

E Milla foi uma sobrevivente: certo um dia um filho da puta abandonou três gatinhos recém-nascidos no meio de uma calçada imunda, com cordão umbilical e tudo... veja aqui.


E nunca esquecer Camilla vs Juju:

Oioi

Faz tempo que não atualizo essa série de posts e não trago muito boas notícias:
1) Viajamos recentemente, mas antes de viajar, Eibl estava com o olho fechado (foi removido), a otite estava persistente e, um plus a mais, havia uma pedra no rim.
2) Durante estes dias, deixamos ele no veterinário que está cuidando dele, para tratar da infecção, talvez retirar a pedra e quiçá fazer a castração.


02mai17 - Eibl, na fase chinchila gordo, na gaiola^^ Se Deus quiser, volta a ser fofo assim logo!

Voltamos na sexta a noite, namorada só conseguiu vir pra Sampa ver o animalzinho dela na segunda e:
a) a otite não sarou, persiste mais que o Temer. Tiveram de reabrir o olho retirado para drenar pus, etc. Tá ruim =/
b) na cirurgia para o cálculo renal, descobriram que não estava mais nos rins: tinha decido para a uretra. Como chinchila literalmente tem um osso no pau, o báculo, não tem muito como mexer ali. A idéia era mais pra frente tentar fazer a pedra retornar e então retirar.
c) dadas as circunstâncias, não houve castração, mas o roedor-pirata está com um buraco na barriga.

Assim mesmo, os médicos acharam melhor ele voltar para a dona assim que chegamos. Ok. Ela cuidava dele, ele ainda estava bem amuadinho, talvez sentisse um tanto da dor de tantas intervenções, mas já na terça à noite estava saindo bastante pus na barriga. No dia seguinte, fui convocado (to de férias :P) para levar o Eibl ao médico... e ele ficou lá =/


19set17 - um dia antes de voltar pra internação, no meu colo

E ainda está internado: a infecção está generalizada, está tomando mais um antibiótico (que corre o risco de ferrar o rim) e sabe-se lá quando ele vai ter alta, e depois disso, quando Eibl vai parar de sofrer (e a gente, por tabela). Porque até cicatrizar, até pararem de mexer em feridas, ele vai ficar desconfiado, arisco, mordedor. E com razão =/

Eibl, o chinchila de minha namorada está doente (chegando a perder um dos olhinhos no processo). Os custos com veterinários, remédios, transportes, cirurgias etc estão ficando altos e decidimos fazer uma vaquinha para tentar cobrir ao menos paret do rombo.

Cliquem aqui para colaborar: http://quadr.in/eibl. Caso queira fazer depósito direto na minha conta, me contate via mail (mushisanARROBAyahooPONTOcom) que passo os dados de contas, etc^^
(e agradeço aqui quem, mal divulgada, já ajudou com a vaquinha, seja em dinheiro, seja em divulgação =********** )

Para saber mais detalhes, no site da vakinha tem infos e fotos, as mesmas do primeiro post dessa série.


24set17 - hoje namorada foi no vet ver ele e me mandou essa foto dele dormindo no colo dela ;;

E, sério, caso você não possa colaborar com a vaquinha, divulgue nas redes sociais. Só o fato das pessoas se importarem já é de muita ajuda. E, claro, preces também são muito bem vindas!

Antes da mônica do título, reencontramos a Mônica na Belle Époque às 20:00(e até coloquei uma foto extra lá, vão ver!)


por Minhau

E uma mônica simpática, por ser colorida, por ser nekomimi.

Quando: 17/12/13 (20:06) - Onde: Shopping Eldorado

Poxa, a artista foi além da pintura e inseriu detalhes novos nela, algo raro nessa parada X)






As poses tradicionais com coelho e talz


Detalhe da barriga


duas gatas <3


"oi gata, posso comer teu rabo?"

Mônica Parade
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Essa foi outra das mônicas "difíceis", onde eu e namorada desviamos da rota de sempre pra caça-la XD


por Rui Amaral

(a foto acima não foi feita no lugar onde a encontramos - a foto ficou péssima - mas no Shopping Eldorado, onde fomos alguns dias depois....)

Quando: 07/12/13 - Onde: Numa esquina próxima da Biblioteca Monteiro Lobato.










os ângulos tradicionais, mais destaque pro "alien invasor"...

...tá, me incomoda quando um artista põe a propria criação dentro da criação de outro que é homenageado, é como se alguém abusasse da carona oferecida pra vender produtos dele. Por outro lado, me lembro de já ter visto esse bicho antes, mas não foi em quadrinhos, e fui pesquisar.... e bom, o bicho amarelo se chama "Bicudo", é um alien é um personagem feito para grafites do artista. Achei legal, e nesse caso, achei válida "pichar" o Bicudo na barriga da Mônica XDD


E aproveitando a viagem, eu e senhorita namorada decidimos deixar um recado para amiga que só visita páginas alheias quando aparece o nome dela em neon piscante :P

Mônica Parade
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444950

Ainda no "dia em que eu e namorada andamos pela cidade caçando mônicas", mas dessa vez nos cansamos da região da Faria Lima e fomos pra outras paragens. Essa foi achada no parque Trianon :)


por Kako

E uma das mais sem graça, viu?

Quando: 01/12/13 - Onde: Logo após a entrada do parque Trianon.


detalhe do desenho na barriga




não tem muito o que mostrar, então decidi fazer chifrinhos na mônica vermelha :P

Mônica Parade
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Foi numa terça-feira: acordei cedo e minha mãe queria que eu visse algo que estava no portão: era um gatinho abandonado, todo molinho. Devia ter entre dois meses e dois meses e meio.
- Ele é cego? Ela perguntou.
Passei a mão na frente dos olhos dele...
- Não, acho que só tá fraco.
Os gatos grandes (Sansão, Raji, Téo, Juju) estavam por pertos, entre incomodados e curiosos pela invasão de um igual em miniatura. Com medo de doença, deixamos ele pra fora, e arranjamos um pouquinho de sopa molinha da minha sobrinha:


...e ele devorou

Logo tive de ir trabalhar e marissel improvisou uma "casinha" em separado pro inquilino....


mansão

....enquanto decidiamos como doa-lo, com cinco bichos em casa (felinos + poodle), não dá pra comportar mais um, mesmo tão pequeno.

Bom, ele acabou ficando, conquistando seu espaço na rotina do quintal.


Téo acima :P

E graças à irmã da namorada, conseguimos uma dona em potencial, só que no dia que a futura-dona-de-gato, ele sumiu O.O Problema é que nosso portão não é telado, as barras são juntas demais para um gato adulto passar, mas para um filhote, ainda mais pura pele, osso e barriga, foi fácil. Provavelmente o viram passear de noite e pegaram.
Afinal, bonitinho e olhos de duas cores, difícil resistir...

(menos para o fdp que o abandonou em nosso portão. Como falei, ele chegou famérico, fraco, dava pra sentir as costelas sob a pele :| )

...e dias depois aparece uma mulher com criança no portão:
- Oi, foi aqui que perderam um gatinho?
Minha mãe quem atendeu.
- É, foi....
- Então, meu marido achou um gatinho na frente da tua casa, pensou que não tinha dono, comprou ração, areia, etc pra ele, muito bonitinho. Mas a gente não pode ficar com ele por que meu filho tem alergia...
- Tenho não mãe ¬¬
E conversaram. No fim das contas, ficou na cara que era a mulher que não queria o gato em casa e foi até nós para se livrar dele.
No dia seguinte, vieram os três entregar o "Comercial de Omo" (é como eu apelidei, minha sobrinha maiorzinha o chamava de "Floquinho" entre outros nomes), esposo, esposa e filho. Não vi a cena, mas me contaram que o homem estava com os olhos úmidos de tristeza.
Lição pra vida: parceiro/a que não gosta de bicho não presta para isso, no máximo, pra amizade :P


"voltei"

Mandei mail pra ex-futura-dona-de-gato, e ela não o queria mais (Adotou outro? A decepção do roubo a desanimou? Achou que foi "sinal" para não adotar agora? Não sei, mas acho que dá pra entender a situação dela), e logo irmã da namorada achou outra dona: semana seguinte o entregaríamos :)


Gigante pela própria natureza

Duas semanas depois que ele desembarcou em casa, outra terça, o colocamos numa caixinha dentro de uma sacola de papel, juntamos noutra sacola todo o "enxoval" que a outro pai de família comprou pra ele e lá fui eu contrabandear o bichano: ônibus, metrô, metrõ. Sim, é proibido o transporte de animais (leia o item 7 aqui), mas tem outro jeito? Pior, o gato não se comportou e conseguiu romper a caixa que o escondia O.O


"Sou o novo Houdini!"

Sorte que o miado dele é baixissimo, quase não se ouve - pensei que fosse surdez, é bastante comum é gatos com olhos de duas cores diferentes - ninguém percebeu (ufa!), logo entregamos à nova dona, que logo estava me mandando notícias e fotos no instagram ^^

=^.^=

Fim da história: dona feliz, nós aqui com paz de espírito por ter dado destino a outro pequeno. A nova dona que levou ao veterinário, ele está bem, não é surdinho, O miado fraco é fraqueza e vermes, ele foi muito judiando antes da gente pelo jeito. E, é claro, ele ganhou um nome de verdade: "Yuki" (neve, em japonês), o que é bem a cara dele :)

[Siiiim, esse foi mais um post estilo "diário" usado como desculpas em colocar mais fotos de gatinhos pela internet. Vivam com isso :PP]

Um avisozinho: as tiras voltaram a ser traduzidas para o inglês, e aos poucos estou as postando nessa pasta do DeviantArt ~> http://mushisan.deviantart.com/gallery/39908894 <~ainda tá meio bagunçado, confesso. Uma tradutora amiga minha está fazendo o trabalho e, se alguém precisar de serviços de tradutora, m'avisem que passo o contato dela =)

P.S.: me avisaram por e-mail: "Comer folha de caderno não leva ninguém ao hospital. HISTÓRIA REAL."
resposta: "então Maria está correta: ele é delicado :P"

AVISO: "site atualizado às terças e sextas, caso tenha novidades :P"
Quer receber as tiras por e-mail? Me avise: mushisanarrobayahoopontocom sem "br"


Transcrição:

(abaixo-assinado pedindo para que Rafael poss usar saia)
O Rafael foi pro hospital
...de novo?
Ele tava com a barriga doendo, parece que comeu coisa estragada...
Menino delicado ele, né?


Making of:

Segredo: eu estava morrendo de fome, esperando a comida esquentar na senzala, quando me veio a idéia da tira :P

Aviso importante: "site atualizado às terças e sextas, caso tenha novidades :P"
Para receber as tiras por e-mail, me avisem: mushisanarrobayahoopontocom sem "br"


Transcrição:

Estou com tanta fome que comeria a escola...

(limpou o gesso)

Toda a cidade

...até o mundo!

Só ia sobrar um pedacinho

....para eu ficar em cima

Só um pedacinho?

É

Mesmo?

Mesmo.

E você iria para onde quando a...

...dor de barriga do tamanho do mundo chegar?

RRRRRRRRRRRR

(ulp!)


Making of:

Milla continua desaparecida, já falo (muito pouco) mais =_=


um mapinha da região onde moro. Fiz ele pensando só por causa da mensagem subliminar nerd ao fundo x)


Gata de igreja: numa das pistas falsas do paradeiro de Milla, me falaram de uma gatinha parecida com ela na igreja da minha rua. Ontem finalmente consegui flagrar a bichana:


É... engana quem não conhece :\


Gata de banco: bem perto da senzala tem um terreno baldio que dizem que foi uma concessionária até alguns anos atrás (eu não me lembro .-. ) e esta senhorita virou "dona" do local:


É femea por que as tetinhas dela estão visivelmente cheias, pelo jeito tem cria a escondida em algum canto...



...e é dócil. Alguém na avenida a "adotou" por que agora tem sempre água e ração lá dentro ^^


Gata com gatinhos: a terceira gata do tópico é problema: ela é só olhos, ossos e... uma encomenda enorme de gatinhos para vir em breve...


Olha o tamanho dessa barriga, meu Deus o.o'

O problema é que ela foi deixada na nossa casa em reforma, famérica. Deixamos ela na obra, os pedreiros são excelentes pessoas, ela é carinhosa e precisamos de uma rateira por lá mesmo (mas estamos dando ração, ok?^^)


derrubei o pote nela sem querer... olha a fome o.o'

A batizaram de "Tieta" (não sei por que, sério), mas sinceramente não sabemos o que fazermos dela depois da cria ser encaminhada ou o fim da reforma, o que vier antes =_=


Correção: só ossos, olhos, barriga... e orelhas! XD



uma foto tiurada mais longe pra deixar nítida o tamanho da cria que está a caminho o.o

Um dos problemas de procurar gatos é que você fica visado por quem quer dar destino a bichanos sem lar =_= Desculpem, mas a gente já está com lotação lotada com Juju e Sansão (como falei antes, Milla ganhou o espaço dela aqui) e não queremos substituir a vesga desaparecida ^^"

Começo do século, fui ao Rio de Janeiro pela primeira vez, conhecer uma amiga que depois virou minha namorada, depois continuou amiga, e outro amigo que tá sumido, mas que era gente boníssima (e uma raridade: descendente de japoneses com sotaque carioca xD). Nessa, fiz as visitas default na Cidade Maravilhosa: subir no Cristo Redentor e no Pão de Açúcar.
Em ambas as visitas a vista é maravilhosa. Mesmo em dias nublados, o céu, o mar, as montanhas e aquela coisa feita de prédios espremida entre os elementos naturais fazem o Rio merecer ser o cartão postal que é. Eu não sabia (e continuo sem saber muito...) quais eram os principais edifícios e construções da região... mas não precisava disso pra aproveitar a vista de lá do alto :)

Em São Paulo a vista do alto que mais gosto é a do Edifício do Banespa: ali você tem o Centro Velho aos seus pés e reconhece do alto velhos conhecidos de andanças por aquelas bandas: o Mercado Municipal, o Martinelli, A Catedral da Sé e por aí vai.
Aí, levei a amiga carioca citada acima no texto - que era namorada na época - para o alto do edifício admirar Sampa, mas não achou tanta graça assim: "então, você olha de um lado, tem prédio. Do outro, mais prédio. E andando mais um pouquinho, mais prédios ainda". Well...

Por um tempo achei que fosse a boba briga Rio/São Paulo, mas matutei e vi que o que acontece é que São Paulo não tem muito o que mostrar para os recém-chegados à cidade, é pobre nesse sentido. A cidade se revela com a vivência aqui, nas andanças e rotinas. A graça de Sampa vem com a familiaridade.


Sinceramente, acho que 95% das pessoas que ouviram falar da Torre de Tóquio (site oficial aqui) cabem em duas categorias: japoneses e fãs de anime/mangá. Os outros 5% devem ser pessoas que tem algum contato com as duas categorias anteriores X)

Eu mesmo só ouvi falar dela quando assistir RayEarth pela segunda vez (na primeira vez eu ficava me perguntando o que um bando de japonesas estavam fazendo em Paris...) e de lá para cá volta e meia vejo ela referenciada em outras produções japonesas. Tem até uma piadinha que lá deve ser uma da passagens entre o nosso mundo e outros. Pena que a Torre entortou no terremoto e essa conexão deve(ria) estar avariada até arrumarem.^^


É nove metros mais alta que a francesa lá...

Como eu ainda era 200% n00b nos segredos do metrô japonês, meu amigo marcou de me pegar numa das estações próximas ao hotel e fomos até lá. Não me perguntem em que estação descemos (o guia que comprei diz que as mais próximas são Shibakōen e Akabanebashi - o que no mapa que coloquei aqui significa que dei uma volta de uns 135° no sentido horário :P), já que nos perdemos andamos um pouco até lá.

Para ser sincero, não esperava muito da visita e realmente encontrei o que esperava encontrar: muita gente (era o primeiro sábado de um feriadão), estrangeiros, muitas crianças (uma das cenas mais legais que não fotografei foi uma menina japonesa de uns 2 anos num carrinho de bebê de olhos arregalados ao ficar de frente a outra menina da mesma idade, mas americana loira de olhos azuis ^^)(merecia mesmo a foto!), fila pra subir, aperto lá em cima (o espaço lá parece tão maior nos animes...), preços inflados no restaurante e loja de souvenires (feinhos) e mais preços inflados para subir na torre (820円 para o observatório normal - a 150 metros de altura - e mais 600円 para subir no observatório especial, que fica a 250 metros).


E chegar lá em cima e ver a cidade ao meus pés... é, vocês leram esse texto antes. Foi para mim a mesma coisa que minha ex deve ter sentido ao ver São Paulo lá do alto. Eu também não tinha intimidade com a cidade - tinha chegado no dia anterior! (e os dias que fiquei no Japão foram pouco de qualquer forma) - e o tempo estava nublado, não dava pra ver as montanhas ao fundo que o panfleto promete ^^"


Clique para ampliar ^^


Apertado, tem muita gente =x


Ao fundo, a nova torre que estão construindo próximo de Asakusa


Zōjō-ji, templo budista (to roubando a informação da Wikipedia XD)


Esses tão no panfleto: a sede da Fuji TV e a Rainbow Bridge (mas continuo roubando as infos da Wiki...)


Não sei o que é, mas achei esse telhado muito louco. Nem a Wikipédia sabe, mas fica aqui.


Subindo do Main Observatory para o Special. E faltou mesmo eu tirar foto das moças que trabalham lá ^-~ - para variar, vestindo uniforme impecável e bonitinho.

"então, você olha de um lado, tem prédio. Do outro, mais prédio. E andando mais um pouquinho, mais prédio ainda"


...mas tem mar também XD


Há a opção de descer a pé, e para baixo todo santo ajuda...


...decidimos encarar os 600 degraus :)


Há um parquinho nas redondezas da torre - e não só nós fomos doidos de descer.


Infelizmente descer escadas não diminui a barriga -_-'


Veredicto do passeio: é o tipo de local que você "tem" de ir na cidade, meio que para "bater o carimbinho no teu currículo de turista". Se você está com poucos dias e tem atividades mais culturais (ou consumistas) à vista, deixe a Torre de Tokyo pra próxima... :P


Lembranças ^^


Volta e meia vou falar em ienes e tal, então uma rápida apresentação da moeda local:

1) O símbolo é ¥, mas é bem comum usarem o kanji 円 para indicarem os preços.
2) Atualmente 100円 (ou ¥100) é igual a uns R$ 2,00, então é fácil fazer de cabeça as conversões quando se gasta por lá XD
3) Lá se fala "en" e não iene ou yen.
4) A pouco tempo atrás, 100en era igual a um dólar. Hoje um dólar tá em torno de ¥80. A desvalorização da moeda americana parece ser mundial...

Outra coisa que chamou a atenção é que os japoneses usam bastante moedas, não tem nojinho delas que nem o povo daqui :P Por sinal, a moeda de 500円 é a moeda com maior valor em circulação no mundo, (dependendo dos humores do câmbio, claro)

R$

¥1

¥5

¥10

¥50

¥100

¥500


(Não sei por que eu enfeito tanto estes posts...)(ah, tentei fazer as moedas proporcionais na imagem^^)

Claro que existem cédulas (1000円, 5000円 e 10000円 são as mais comuns. Dizem que existe a lendária nota de 2000円, mas parece ser tão rara quanto uma chinesa de olhos verdes...), mas a maior parte dos gastos do meu dia a dia foi na base de moedas: passagens de metrô custam a partir de ¥130, ocasionalmente passando dos ¥200, refrigerantes de máquina estão na mesma faixa... depois eu falo de tudo isso^^

Japão 2011
sRViajo ou não viajo pro Japão?Prova do crimePreparação de viagemMushi de ponta cabeça - parte zeroMushi de ponta cabeça - parte umMushi de ponta cabeça - parte doisMushi de ponta cabeça - parte três

Peço desculpas aos meus amigos "de fora": nos últimos anos inventei de *tentar* escrever um livro, e nesse processo descobri uma comunidade no orkut. Lá fiz mais amigos além de vocês, além de colegas, conhecidos, flames e fofocas para agitar essa minha vidinha besta, porém boa :D É uma pena que nem todo mundo dos outros aspectos da minha vida tenha contato com esse canto dela, mas acho que isso é normal: todo mundo transita por vários mundos dentro desse em que existimos, e nem todos tem fronteiras em comum ou são compatíveis entre si.

Assim, não vou ficar fazendo muitas introduções de quem é quem nas fotos para quem não conhece. ごめん.

Dia dois levei Milla para castrar: jejum desde as 10 da noite e entregar a traquininha no veterinário às 9hs... para descobrir que o doutor iria atrasar por causa de problemas em casa.

O dia não começou bem pra ela x)

Láááá pelas cinco e tantos da tarde, fui lá buscar a criatura...
- Bom, a operação foi bem, vou lá buscar ela - disse o veterinário - mas...
- "Mas"?
- Dei anestesia e não fez efeito, ela continuava se mexendo. Tive de dar mais que o normal.
- Ahn... - Não me surpreendeu.

Enfim, ela tava pra lá de dopada, respirando bem fraquinho e com hipotermia. Seguindo instruções, tinha de molhar a boca de meia em meia hora com algodão, manter aquecida (duas garrafas plásticas cheias de água quente/morna sob os panos - o dia tava bem frio, então migramos ela pra meu quarto) e esperar.

Ela estava assim:


Uma gatinha zumbi


Bem aos poucos ela foi dando sinais de que estava acordando e pouco antes da uma da manhã ficou de saco cheio de brincar de estátua e rolou pra se jogar da caixa. Como ela não tinha forças pra mais nada, devolvi pro "berço". Logo ela fez de novo a arte, e na terceira tentativa estava tentando ficar em pé, grogue XD

Na pressa, coloquei a cama, ela e água no chão: ela queria pular, com buraco na barriga e sem senso de nada o.O Tanto que ela queria beber água, e colocava antes a pata no pires e tirava de nojinho, e repetia isso várias vezes até se tocar que pra beber é só colocar a cabeça pra frente o.o E finalmente comia, depois de 28 horas de jejum...

Por via das dúvidas, ela dormiu no meu quarto....

... e acordei com restos de barata na coberta ¬¬'


Os dois pontos, a mancha no meio é de tanto ela lamber e a mancha laranja acima é algum produto médico não identificado ^^



=( |).(| )=



Ela em estado de "gata atacada", começa lambendo e termina em dentadas...



...tentando limpar minha coberta.


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