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Semana passada assisti ao documetário FAHRENHEIT 11/9, de Michael Moore -- uma das pessoas que mais conquistou minha admiração nos últimos tempos (juntamente com Neil Gaiman, Alan Moore e Alan Rickman... e o ÚNICO americano que entrou pra meu rol de ídolos pessoais!^^)

Em FAHRENHEIT, Moore disserta sobre o Governo Bush, suas trapaças, suas teorias da conspiração e sua incompetência (sempre com muito humor e clima de western!) -- E é melhor nem falar nada; qualquer elogio seria um pleonasmo. Se ajuda, digo que gostei mais do seu documentário anterior, TIROS EM COLUMBINE, que de alguma forma mepareceu dizer mesmo que Fahrenheit, sóp que de maneira mais geral e pontuando outros aspectos da psique americana, e de alguma forma ainda mais bem amarrada.

No entanto, o que TIROS ganha por ter um olhar mais amplo, FAHRENHEIT ganha por ser mais focado no governo Bush -- o que pode causar, pela primeira vez, que uma obra cinematográfica tenha efeito real numa campanha eleitoral. Cruzem os dedos, peguem a pipoca e vamos assistir a continuação desse filme, dessa vez na vida real!

Na realidade, falar de Michael Moore hoje em dia é chover no molhado. Qualquer anti-americano em qualquer lugar do mundo lhe dirá que ele é "demais" porque "detona com a América" e porque ele é muito engraçado. Seus documentários que dissecam o "espírito americano" e desmascaram o "american way of life" não podiam ter vindo num momento melhor -- mas de certa forma, "gostar de Michael Moore" virou moda, como se fosse algum certificado de inteligência e esquerdismo.

Mas naõ é por isso que ele é digno de admiração.

Não é apenas porque Michael Moore é um incendiário. Ou porque ele seja um ótimo roteirista, ou um incrível pesquisador. Mas sim porque acredito que o que torna seus trabalhos taõ atraentes sejam a transparência com que ele coloca as coisas.

Alguns críticos dizem qeu ele é um manipulador de emoções; outros dizem que para um documentarista, ele é tendencioso demais; um certo diretor francês certa vez disse que "Michael Moore não é tão inteligente como aparenta ser".

Mas ele aparenta?

Até onde sei, Michael Moore é tudo isso e não renega. Sim, ele não deixará de mostrar lágrimas enquanto pessoas chorarem em frente á sua câmera, e sim, ele descerá o pau em cima dos republicanos enquanto eles fizerem besteira.

A questão é que Moore não manipula a situação com perguntas "pegadinhas" para obter um efeito desejado; ele apenas filma e continua filmando, não importa o que aconteça, e não apela para a edição para se passar por "neutro". Não, ele não é neutro; e é tão neutro quanto a própria imprensa americana demonstrou ser durante a cobertura da Guerra no Iraque, com a diferença que não tenta se passar pelo que naõ é.

Quanto a crítica do cineasta francês, fica a citação do próprio Moore, em resposta a um repórter inglês: "Eu não sou inteligente, nem sequer tenho faculdade. Por isso mesmo me pergunto porque, entre pessoas desse país inteiro, teve que vir um cara como eu, um ignorante lá de Michigan, para trazer à tona todas essas questões".

Mesmo quando Moore "apronta das suas" (como subir numa van com um megafone para ler um projeto em frente ao Senado, por saber que ele seria votado sem que fosse lido), ele está sendo absolutamente claro em suas intenções.

E é exatamente essa transparência que é sua maior arma; se Moore fosse um manipulador, daria argumentos ao inimigo. Colocando diretamente o dedo na ferida enquanto olha nos olhos, faz com que seus alvos fiquem mudos, olhando pras suas próprias máscaras caídas no chão.

O que pouca gente percebe é que Moore NÃO é um anti-americano. Ele é sim um homem profundamente devotado a seu país, no qual ele quer acreditar, e que essa é sua forma pra contribuir para que ele evolua: que se tire o véu do pseudo patriotismo dos olhos dos seus cidadãos, para que estes possam enxergar a verdade, criticar e talvez, mudar alguma coisa. Para que naõ sejam mais enganados. Para que o mundo naõ seja mais enganado.

Pelo menos alguém diposto a fazer barulho por um motivo real e relevante -- coisa rara nesses dias em que mentes estreitas insistem em crer que alguém que chame a atenção de mais de meia dúzia de pessoas, pelo motivo mais irrelevante que seja, já possa ser chamada de "celebridade".

Parece que estão selecionando atores pra fazer o Superman no filme novo, finalmente. Mas o que eu estranhei não foi isso, mas sim a descrição do papel:

25-30 anos, alto, bonito, corpo escultural, atlético. Personagem forte. Totalmente americano. Confiante, mas tímido. Mais rápido que uma bala.

Totalmente americano <- q *** é essa?? o.O

Confiante, mas tímido <- Extremamente específico, não??

Só quero ver a bomba q vai sair disso...

Enfim, responderam. Não foi pra mim, mas pelo menos responderam. Abaixo a mensagem, fowardeada pelo Fábio Sakuda:


----- Original Message -----
From: Fabio Satoshi Sakuda
To: castelo-do-ceu@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, August 03, 2004 8:23 PM
Subject: ¹Ã?à 警å??:[Castelo do Ceu] Resposta da Gainax

Yo!

A Gainax foi rapida em dar a resposta. Segue o texto, em japones, seguido
duma traducao por cima....
Mas tirando em miudos: NAO EXISTE EVANGELION RENEWAL OFICIAL NO BRASIL.

O e-mail do responsavel estah anexo, portanto, quem tiver duvidas, ou
achar que eh mentira minha, investigue por conta propria.

Se possivel, espalhe esse e-mail a todos que possam se interessar pelo
assunto.

Fabio Satoshi Sakuda, F/X

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--
GAINAX�����

------------------traducao

Sakuda san

Obrigado pelo e-mail.

Investiguei o mais rapido possivel, mas NAO HA licenca de Renewal para
nenhuma empresa no Brasil.
Provavelmente, seja um produto ilegal da companhia pirata.

Mandarei um aviso a essa empresa e devo ainda investigar mais a fundo.

Obrigado pelo apoio.

Continue apoiando o Evangelion.

GAINAX Yasuhiro Kamimura.

Depois do Xfer (veja historinha dele aqui), hoje foi minha vez de receber telefonema do meu provedor querendo que eu atualize pra arapuca chamada "novo Speedy":

- NÃO!!
- pq senhor?
- banda.
- poderia repetir?
- BANDA.
- Er... o Terra agradece etc etc... tchau!

Ao menos ela entendeu o recado...., espero.

"Tu deviens responsable pour toujours de ce que tu as apprivoisé."
(Antoine de Saint-Exupéry)

"As cartas de amor, se há amor, / Têm de ser / Ridículas.
Mas, afinal, / Só as criaturas que nunca escreveram / Cartas de amor / É que são / Ridículas."

(Fernando Pessoa)

"se já sei que não vou ganhar, por que ter medo de perder?"


Bom, toda novela tem de acabar, e essa que eu vivo não vai fugir da regra. Agora é o último capítulo, peguem a pipoca no microondas e prestem atenção para não perder algum detalhe, apesar da maioria das pessoas com quem convivo na net já conhecerem a história de cor e salteado, com todas as reviravoltas e boletins de última hora. Alguns já perderam o fio da meada no começo da história, outros começaram a ouvir meus relatos disso tudo mais recentemente (com uma versão resumida e obviamente parcial dos fatos, mas fazer o quê?), mas não vou citar nomes aqui. Os personagens que se reconheçam, mas já aviso a estes que não ter nome citado não é sinônimo de anonimato. Pelo contrario: o que vou contar aqui é domínio público entre os que me aturam e deve ser uma das histórias mais espalhadas da rede ^^

Dois mil e três foi para mim o ano do "Crime e Castigo", o ano chegou comigo cheio de dúvidas com meu namoro e minha incompetência em encerrar ele: era namoro a distância e fiquei 10 meses querendo descobrir um jeito de encerrar tudo sem machucar ela. No fim das contas, acho que acabei a machucando mais do que devia, e a agonia acabou em abril. Não é essa a história que vou contar aqui, mas este foi o meu primeiro "crime" de 2003. O outro foi gostar de alguém muito mais nova que eu - somos do mesmo signo do horóscopo chinês, se alguém quiser ter uma noção da disparidade - e é em torno dessa alguém que todo o furacão a seguir gira.
Conheço ela desde que ela tinha a idade da minha "filha": certo dia ela me apareceu no icq - vinda da minha página de Caverna do Dragão - e ficamos amigos. Ela sempre me pareceu ser uma pessoa bem expansiva, inteligente, gostava de escrever e desenhar; uma daquelas pessoinhas que a gente torce pra não ficar fresca quando a adolescência estiver no auge. Menina quando cresce é um saco -_- Sempre a tive em conta como amiga, alguém especial mesmo, e era minha betatester preferida de Raquel ^^ A primeira vez que nos vimos ao vivo, na Liberdade com o então namorado dela, conversamos como se a gente sempre se falasse cara a cara todo dia. Não parecia ser a primeira vez que dois internautas se encontravam no mundo real, foi de certa forma, espantoso. Se bem que isso é uma característica da personalidade dela: ela é expansiva, se você a prender numa ilha deserta com uma pedra, ela vai puxar assunto com a pedra, e a pedra vai a considerar a melhor amiga. É uma moça que cativa muitos amigos, ao mesmo tempo que é fechada. Para você faze-la dizer o que a incomoda, só com pé de cabra, senão vai continuar fingindo estar bem até o sorriso lindo dela dar cãimbra.

E um dia... acordei descobrindo que gostava dela. Não amava mais minha namorada mesmo, fazia tempo que acreditava que tinha perdido a capacidade de amar alguém. Mas estava amando de novo, de repente percebi que não estava mais morto no coração e... até aquele dia já tava me sentindo culpado por não gostar mais da namorada, agora também tava me sentindo culpado por gostar de alguém tão nova¬¬ E acabei me fechando nos meus sentimentos, ninguém iria saber uma coisa dessas. Era absurdo eu gostar de alguém tão nova.
Não comecei a gostar gratuitamente, nos últimos meses estava muito legal falar com ela, a gente combinava nos assuntos que conversavamos, sempre combinamos. Naqueles tempos, a moça me cativava mais e mais a cada dia, e a besta aqui se segurando pra não se declarar a ela. O que ela acharia de um absurdo desses?? Talvez ela poderia ter percebido algo quando, depois do fim do meu namoro, a gente marcou de ir no cinema: a gente mora em capitais de estados diferentes, são seis horas de viagem de ônibus. Por "n" motivos adiei marcar o cinema, até que em meados de maio a gente fixou uma data umas duas semanas depois. Eu tava nas nuvens, feliz, feliz feliz. Não esperava nada do passeio, mas eu estava amando e ia ver a pessoa amada. ^^ Não aconteceria nada, e isso já era bom o suficiente. *_*

E no meio do caminho para a terra prometida, levei a primeira facada no peito -_- Uma semana depois de marcarmos o cinema, ela, toda contente, me pergunta de um cara que ela tinha citado meses atrás. Na época dissera a mim que ela chegou a estar interessada nele, mas ele não dava sinais de reciprocidade, estava ocupado demais correndo atrás de outra pessoa. Desta vez a notícia era diferente: uma amiga dela contatou o tal na cara dura e perguntou se havia algum interesse dele por ela.
...Havia sim >_<
A menina estava estava toda eufórica na janela do icq. E eu sentindo toda a minha dor em silêncio na escuridão da sala da minha casa. Perguntei várias vezes se ela queria MESMO que eu fosse pra cidade dela ("se você não for, você apanha"), e acabei indo: para os meus pais, inventei desculpa que tava indo para encontro de amigos meus numa cidade vizinha, acordei quatro da matina e seis e meia tava pegando o ônibus para a outra capital. Seis horas depois, estou na rodoviária de lá e pela primeira vez na vida me viro sozinho naquela cidade pra chegar até o shopping marcado, encontrar a menina.
Foi uma tarde legal, nada demais. Pelo jeito, a criatura não tinha se tocado que eu gostava dela, e eu mantive a máscara de sempre. Juro que tentei chegar ela mais pertinho de mim no cinema, mas o maldito corrimão que tava na nossa frente atrapalhou tudo ¬¬ Atrapalhava também na minha cabeça a diferença etária, ela estar pensando no outro cara e minha timidez de sempre. No comecinho da noite fui pro aeroporto fazer o segundo vôo da minha vida e chegaria em casa sem ninguém notar que fui pra tão longe. Até hoje o povo daqui não sabe dessa minha aventurazinha ^^.

Após isso é complicado precisar alguns fatos, as coisas aconteceram rápidas e sutis demais até pouco tempo depois da animecon daquele ano e... eu estou admirandoo você, amigo leitor, que chegou até este ponto e está disposto a chegar até o final. Se o assunto não fosse sério pra mim, colocava uma anedota ou duas no trajeto pra deixar a leitura mais agradável, mas não dá. E se ninguém exceto uma certa pessoinha ler tudo isso até o fim, fico feliz ^^ Poucos dias depois do cinema, não aguentava mais segurar, precisava desabafar com alguém, e fiz isso com uma amiga comum a nós dois, digo, não ia falar para ela de quem eu gostava, mas acabei dando pistas o suficiente pra menina sacar quem era, e despejei tudo para a coitada assim que ela descobriu. Ainda tinha medo da reação das pessoas ao saberem de quem eu gostava. -_-' Conversando com essa amiga (que vou chamar de "Ártemis" pra evitar confusão dos leitores com tantos "ele" e "ela") descubro que o carinha supracitado não gosta da moça que gosto, mas da prórpria Ártemis. Isso segundo ela. Não dava para acreditar muito, meu azar me pega sempre que estou desprevenido, mas era um fio de esperança para se agarrar, e de qualquer forma, Ártemis disse pra eu não falar nada daquilo para ninguém porque ia averiguar pessoalmente se ele gostava da moça... E depois disso, Ártemis parou de falar comigo por um tempão.

Enquanto a moça acima me deixava num vácuo de dias, ficava conversando com minha paixão secreta. Estou relendo agora os logs com conversas antigas, a gente era mais próximo >_< Ou ela era menos besta-açucarada como ficou depois :/ Sim, é dor de dor de cotovelo sim, mas dói reler algumas coisas bobas dessa época, era outro tipo de relacionamento. Numa madrugada enquanto conversávamos, ela me mandou (e para o carinha que ela gostava, e pra várias outras pessoas) um daqueles questionários com milhões de perguntas pra se responder e devolver por e-mail. Decidi enfiar nas respostas, nas entrelinhas, sinais que estava afim dela, devolvi o mail, e ela recebeu e lia enquanto conversávamos madrugada adentro, com este mushi fazendo esforços contra o monstro da timidez, tentando deixar menos subentendida a mensagem subliminar inserida no questionario. Mas não conasegui evitar em pedir desculpas por gostar dela e besteiras similares que falo quando já estou gaguejando de nervoso. Tudo bem que no ICQ não tem muito espaço pra gaguejar, mas eu estava tremendo como se estivesse com frio. Logo em seguida ela foi dormir e praticamente não tocamos no assunto nos dias seguintes. Também dispensei ela de responder aquele questionário pra mim no espírito de "não quero pressionar", respeitar o ritmo dela et caetera. E não muito depois a moça me fala que o cara que ela gosta fica em dúvida de se aproximar dela: pelo jeito, Ártemis deu sinal que gostava dele, algo assim. Ele correra muito atrás daquela moça no passado... e só. Fora isso, não tive mais notícia nenhuma dele ou do que estava acontecendo, só fiquei em suposições. Parte delas baseadas nas carinhas do i-eu dela... já as MINHAS carinhas do i-eu a partir dessa época, principalmente as felizes, eram uma mais falsa que a outra =/

"Suposições"... minha imaginação é perigosa. Por causa dessa moça, por um bom tempo tive medo de ficar sozinho com minha imaginação, por que ela alimenta falsas esperanças que se provavam falsas em seguida. A ausência de noticias do que poderia estar acontecendo e qualquer novidade discreta da parte dela (ou de outras pessoas envolvidas) ameaçava jogar minhas esperanças pro alto ou pro inferno lá em baixo. Em julho comecei a vivenciar a gangorra emocional - altos e baixos no meu humor assustadores, de leves esperanças à profunda mortificação, mas to me adiantando no tempo. Até a Animecon eu ainda tava mais ou menos ok nessa história, afinal, a esperança tinha crescido desde a notícia das dúvidas dele e da inexistência de outras notícias. Era só o boi sair da minha linha para as coisas voltarem a ficar boas, e isso parecia estar a caminho.

Usando estratégia nova pra faltar no serviço, na quinta feira acordei cedo, fui no Hospital do Câncer e doei sangue, o que me garantia falta justificada no banco e me liberaria para ir na Animecon. Desculpem o drama, mas literalmente dei do meu sangue para vê-la :P Cheguei cedo no evento, encontrei amiga da organização que ficaria de olho em qualquer coisa do meu interesse (nessa altura do campeonato estava abrindo o coração pra mais gente além de Ártemis, e pra mais e mais e mais e mais gente nos meses seguintes), depois vi ele e Ártemis conversando (cruzei os dedos) e fiquei no aguardo da moça, que chegaria com outra amiga bem mais tarde. Para assasinar o tempo, fiquei zanzando impaciente pelo Arquidiocesano.
Enfim, elas chegam da rodoviária e começa a se delinear meu lugar no cenário: o de fora. O grupo de amigos dela cercou as duas, e fiquei mais para trás pra cumprimentar ela depois... e acabei presenciando um abraço carinhoso nele por parte dela. Realmente perdi parte do que aconteceu na história naquelas semanas de "silêncio" e meu castelinho de nuvens estava sendo desmanchado pelo ciclone da realidade concreta. Naquele dia não aconteceu muita coisa entre os dois, não fiquei tanto perto dela quanto eu queria, minhas esperanças estavam indo pelo rado, tinha almoçado apenas um número um no Mc e meu corpo estava meio litro mais leve. Isso tudo me abateu e aquela não foi um exemplo de quinta feira feliz. Na sexta-feira eu me sentia morto, mas tinha de trabalhar assim mesmo. Atendi aquele povo todo no automático com esperanças assassinadas, respiração pesada, muita dor por dentro. Resignação era o meu caminho.
A sensação naquele dia era de ter valor algum, de ser algo que foi dispensado por um treco melhor. De não ter importância, de ser um incômodo que alguém tem de carregar no resto da vida por dó. Alguém que só existe para compor o cenário, mas nunca pra participar como personagem principal da peça da vida dela. No fundo, é como enxergo as coisas no cenário atual. Talvez por isso, mesmo depois de ter horas diárias de conversa com ela, emprestar livros e revistas via sedex, mandar CD's com anime, e ela não se lembrou de dar um toque que o grupo dela NÃO ia na AnimeFriends no sábado. O trouxa aqui foi naquele eventico, zanzando nos corredores e pátios do Madre Cabrini atrás da dona moça. E saiu voando pro Arquidiocesano quando soube onde que estava na convenção errada ¬¬

Domingo da Con, último dia dos eventos. No dia anterior tinha feito uma camiseta com a Raquel e Cat, desenho cortesia de Rogério Hanata que me mandou sem eu pedir por ele na sexta a noite. Milagres existem, queria dar algo para ela, e me chega essa imagem na caixa postal do yahoo sem eu pedir. Não tinha visto os dois juntos como casal, mas já estavam flutuando por aqui e ali boatos que tinham ficado. Ártemis não estava legal. E eu estava menos sentido e num ponto da tarde conversei com ela. Rapidinho, não profundo como eu queria, mas o suficiente pra deixar claro alguns pontos: amo ela, quero ela feliz a qualquer custo, e que, no fundo, estava torcendo contra aquele relacionamento, claro.
Mais a noite estávamos eu, ela e Petra esperando o resultado dos cosplays na quadra - hmm, os cosplays merecem uma ou duas linhas: o grupo dela participou no concurso e ela montou o enredo da apresentação que todos encenaram de tal modo que seu personagem ficava junto do ele -_-'. Vortando: ficamos nós três conversando e falando mal de uma menina chata (inclusive usando meu caderno pra isso), quando ela percebeu que estava quase na hora dos resultados sairem e estranhamente ninguém do grupo estava por lá para acompanhar. Foi lá conferir o que acontecia e Petra também saiu por outro motivo. E estava armado o palco pra uma das situações mais confusas, estranhas, bizarras nisso tudo:
Alguns minutos depois ela aparece chorando. Depois eu e outro colega dela estamos a consolando enquanto ela se desmancha em lágrimas nas arquibancadas. Depois o cara que ela gosta aparece circulando na quadra conversando com outro carinha como se nada tivesse acontecido. Pouca informação chega naquela hora. Depois está todo mundo na quadra. Depois estão ela e Ártemis, intermediadas por outra amiga das duas. Depois está todo mundo voltando no metrô, ela e ele meio próximos, mas parecia ser algo tão resignado com o fim de algo como eu estava antes disso tudo. Tudo pra mim pareceu correr assim, como cenas desconexas em sequência. Mas voltei pra casa com esperanças, achando que ele tinha decidido por Ártemis ou algo assim...

Pra variar, esperanças demolidas no correr da semana: o que aconteceu naquela noite, segundo ela, foi que Ártemis começou a chorar na salinha do grupo, ele começou a chorar e começou choradeira em cadeia no grupo. Algo assim -_- Toda esperança mushiniana morre de forma bem tosca.

Desse fato em diante decidi de vez entender o que aconteceu. Se antes da choradeira eu tava resignado, depois disso fiquei com a pulga atrás da orelha. Talvez se não tivesse acontecido nada naquele domingo, eu teria pulado fora dessa novela logo após a conversa com ela. Talvez eu só estivesse procurando uma desculpa fajuta para lutar por ela novamente. Me aproximei do grupo de amigos dela o máximo que pude, pra tentar entender o que acontecia, e tentar receber notícias. AnimeRio estava chegando, e desta vez ele iria pra cidade dela. Se hospedar na casa dela. Era agora que o namoro iria começar. No dia que ele chegou lá - ela me descreveu nos dias anteriores mais ou menos que tipo de roupa ia usar, e falou que ia espera-lo na rodoviária, estava contentíssima de contente - eu estava pior que na sexta da Animecon. Muitíssimo pior, tive vontades de fazer um desabafo gigante que nem esse, mas mais rancoroso, mais dolorido, mais desesperado. Iria sumir da rede. Iria fazer isso e aquilo impulsionado pela dor. E por algum milagre fiz nada.
Paralelo à chegada dele na cidade dela, eu estava recebendo boatos de que o moço estava em duvida de qual direção seguir, ou que ele na verdade queria manter as duas na espera, ter as duas na mão (pessoalmente, essa última me pareceu uma grande viajada na maionese). Na Animecon, eu tinha pego o IUCq dele e várias vezes tentei descobrir qual era a dele, se tinha decidido pra onde ir, e ele nunca me deu resposta direta, mas algo do tipo "parei de brigar, vou onde a maré me levar" (não estas palavras). Tentei saber por Ártemis o que acontecera entre os dois e a GROSSO MODO me disse isso: nunca namoraram, quando ele estava se aproximando dela, de algum modo ela se afastava dele. E vice versa. Ele tinha brigado por ela fazia pouco tempo, agora parecia ser a vez de Ártemis.
Depois de me contar isso, ela ficou MUITO tempo sem falar comigo.
...e ele veio me dar bronca numa conversa posterior, falando que Ártemis era delicada e tal, que eu devia tomar mais cuidado com ela. :/

Voltando... ele ficou na casa da moça que gosto por quase vinte dias. Na Animerio, me falaram que eles não andaram como casal na frente de amigos. Segredo parecia ser uma das características desse namoro, tanto que os amigos (que ela estava se afastando) não sabiam quando ele ia pra cidade dela ou quando ela vinha pra minha cidade. Eu só fiquei sabendo que ela veio para cá em setembro por que eu sonhei. Literalmente. -_-
Foi assim (anotem se tem algo contra mim e querem argumentos pra me por no hospício): pouco antes do aniversário do namorado, ela estava fazendo um presentinho pra ele, algo que ia mandar pelo correio. E alguns dias depois, sumiu do icq sem deixar rastro ou aviso. Entre feitura do presente e sumiço, numa quinta, acho, sonhei que ela estava aqui na minha cidade, num cômodo comprido de uma casa, e que ia ficar um tempo a mais pq dava pra faltar na escola e tinha notas em ordem e tal, e também por quê estava doente. E por causa dessa visitinha de Morpheus, fiquei cismado que ela estava aqui, fiquei apagado. Antes eu tinha ilusões a favor de mim, sonhava acordado otimista com fios de esperança.... agora eu estava tendo ilusões contra mim? :/ Domingo a noite me informamque ela realmente estava em SP. Na segunda ligo pra casa dela e me confirmam, era pra ela ter voltado, mas houveram problemas lá e ela teve de adiar a volta. Ligo pra ela vinte e quatro horas depois e a própria me fala que namorado e família ficaram doentes, intoxicação alimentar, algo assim. Não acredito em futuro, ou premonição, mas meu queixo caiu quando vi as coincidências O.O

Uma pessoa presa fica supersticiosa. De certa forma, gostar de alguém é uma prisão, então tive lá minhas superstições. Tentei desencanar? No começo não me esforcei pra isso, por experiência anterior sabia que estaria procurando uma "substituta" para a tal moça. Se eu ficasse com alguém, não iria ser honesto nem com quem eu estaria, nem comigo mesmo. Mais pra frente desencanei um tanto da menina, mas nada a ponto de perder a afeição, e apareceram outras mulheres como "possibilidades", mas entravam e saiam do cenário rapidamente. :/ Preso, mas não mudo. Se antes de me declarar, eu fazia silêncio mortal por me censusar de gostar dela, depois da Con eu estava tão desesperado e perdido que todo mundo que me aparecia no msn/icq ficava sabendo da história, até pessoas que nunca tinha falado antes conheciam minha história. Por causa disso, fiz e reforcei amizades que foram vitais pra mim, e assim como ouviam minha história, ouvi a dos outros, me sentia um ímã de histórias tristes, e aprender a ouvir dá tanta força quanto pegar um ombro emprestado.^^

Setembro termina com o aniversário dela e eu mandando presentes à ela pela primeira vez na vida: dois livros e um cartão desenhado por mim :). Novembro fui para a cidade dela com pretexto de conhecer amiga, mas a intenção era de ficar perto dela mais uma vez. Foi legal, só a vi no sábado, no domingo saí com amiga. Na semana seguinte a essa viagem foi meu aniversário, sem muito o que comemorar. Dezembro me leva à cidade dela de novo, mas não a vejo: festa de aniversário de duas amigas dela que me convidaram, ela mesma não foi. Namorado estava na cidade também e todos se perguntando "por quê eles agem como se estivessem se escondendo".

Tô afim de contar alguma anedota pra "alegrar" o texto, esse treco aqui tá ficando monótono, alguém aí tem uma? Entrei em 2004 com três quilos a menos e com toda a dor, boas lembranças que eu tenho dela - aquelas boas lembranças do tipo que te fazem ficar deprê por não serem mais presentes - e grande parte da ressurreição da minha capacidade de amar alguém devidamente guardadas num baú num canto afastado nos recôditos da minha mente. Mas ainda brigava para manter a velha amizade dela. Na época em que ela praticamente sumiu quando o namorado "morou" na casa dela por quase vinte dias, tive muito medo de perder esse meu laço com ela... quando ela reapareceu, fiz o que pude para manter ela como amiga e reconstruir coisas que foram inevitavelmente quebradas - medo, ciumes meus, eu ter me declarado, a confusão que o namoro deles estava gerando em torno dos amigos, tudo isso fez seus estragos em diferentes gradações. Tive medo de nunca mais conversarmos: vi ela lentamente cortar laços de amizade com várias pessoas que eram próximas por serem contra, ou "contra" o namoro. No fim, algumas dessas pessoas tentaram reatar a amizade, mas acabaram desistindo.
No aniversário de seis meses juntos, ela entupiu o namorado de homenagens e foi uma das raras vezes que falei com ele este ano. Foi a primeira vez em que ele me pareceu gostar dela, ou ao menos feliz com ela. Da outras vezes ou estava posando de cansado sofredor à deriva na maré do destino, ou de desencanado desconfiado ("Bom, sua dona apareceu :P" "Dona?? Num tenho isso naum..."). A alegria naquele dia foi mais um fator que me fez desencanar de ter esperanças. É bem melhor assim do que viver naquele ciclo de flutuar na ilusão e despencar na realidade.
Não converso com ele muito, é um ser que vive invisível no ICQ (DFMa serve pra isso ;) e não tenho MSN dele, então não dá pra saber qual é a dele afinal. Juntando os boatos, experiência própria, observação e (certamente) esperanças, acho que ele está com ela pq foi ela quem correu atrás e faz das tripas coração por ele e a pessoa que ele realmente amou o dispensou. Ártemis atualmente está namorando, e o cara é gente fina, ele até destravou meu DVD-ROM XD

Não estou aqui para salvar nada, estou bem decepcionado com ela como amigo. Em maio eu fui pra Recife, fiquei dez dias lá e Camilla foi uma senhora anfitriã, acho que fiquei até mal-acostumado. Milla merece tudo de bom e enquanto estive lá fiquei a disposição dela em qualquer coisa para ajudar a resolver o problema dela, caso fosse necessário (e assim o fiz, dentro do meu possível). Findo meus saudosos dez dias na América do Norte, fui pra cidade da moça que é o assunto desse texto, descaradamente para ve-la, afinal, é amiga, né? Ninguém faz um puxadinho de 400km numa viagem à toa... Cheguei de Recife numa segunda feira a noiite e fiquei hospedado no apartamento de um colega. Por coincidência, do outro lado da rua, ficava a faculdade dela e a gente se encontrou na terça. Assisti uma aula (muito boa!) com ela e seus colegas, e fomos comer no shopping, eu, ela e amiga yaoi :P. E foi só.
Agora acompanhem comigo: teoricamente sou amigo dela; não moro na cidade que ela mora e faziam quase seis meses que a gente não se via ao vivo; a faculdade onde ela estudava era DO LADO de onde eu estava hospedado. E ela nem fez menção de me ver outros dias -_-. Estou cobrando demais ou me mimaram demais em Recife? Fiquei muito chateado, e em vez de voltar pra casa no sábado, decidi ir na rodoviária na quinta feira assim que acordasse, já que na quarta ia sair com uma amiga, mas desmarcaria alegremente se ela inventasse qualquer coisa. E assim foi feito, mas justiça seja feita: ela tava pensaaaaaaando em marcar algo pra sexta-feira. Grande :|

Acho que já disse que estava, e estou, bem mais desencanado do que um ano atrás. O auge da dor foi o binônio julho-agosto, com participações especiais de setembro e novembro. No geral, hoje em dia converso com ela sem... digo, conversava com ela sem ter devaneios e nunca tive alguma vontade assassina contra o namorado, que no fim das contas, não parece ser má pessoa. Acho que o única provação seria ver os dois juntos, algo que não tive de enfrentar até agora. Na prática não aconteceu na Animecon, e em setembro já disse que ela veio escondido e não a vi. A Semana Santa desse ano foi desencontrada, fui pro Paraná. E finalmente ia ver os dois no dia dos namorados que passou, e basicamente aconteu isso aqui. Não vou recontar o que aconteceu, hoje é o sexto dia que estou literalmente me exaurindo neste texto, mas deixa eu escrevevr o que faltou naquele post: desde agosto passo na Catedral da Sé - eu sou teimoso e cabeça dura, mas preciso de Forças que não tenho. E até agora não faltaram - Nestas visitas à Sé, comecei a tirar fotos do centro da cidade e inaugurei meu flog e... to divagando: naquele sábado fui na Sé como sempre e de lá zarpei direto pra estação, onde eu aguardava pelo abate na catraca do metrô Liberdade. Eu estava apavorado, não é a toa que num primeiro momento dei graças a Deus por não ter visto os dois juntos. Não sei quão mal faria -_-'
Mas fez mal perceber que dou um monte de caminhos de chegar até a mim - todos eles! - , e não se lembrarem de explicar o atraso de mais de uma hora. Na segunda-feira a noite, já de volta pra cidade dela, a moça se explicou por msn, fiz gelo, mas aceitei as desculpas e explicações, eu sempre vou aceitar desculpas dela. Problema é que ela sempre tem desculpas e justificativas pra tudo que ela fez, faz ou fará =/ Tudo é desculpável, tudo é perdoável, mas poucas coisas são justificáveis.

E aqui estamos em julho, mês que se comemora um ano de desgraça e gangorra emocional. Um ano de castigo, depois dos crimes que cometi no primeiro semestre de 2003. Também tive aprendizado e conheci amigos, e conheci verdadeiramente alguns amigos apenas por causa dessa história toda. Mas no saldo geral é um ano de desesperança e dor, de me sentir jogado fora e dispensado... e ela me vem falar que estava pondo posts comemorativos ao primeiro ano de namoro nos fotologs e ia por nos blogs ;_;

Não respondi, respirei fundo, dei alguns minutos e bloqueei ela em todos os comunicadores que tenho no PC. Tenho nada contra ela, nada contra ele, nada contra o namoro, mas...

Cansei.

Ela não me faz bem, não enxerga além do mundinho feliz em que está presa. Tenho amigos por quem fiz tão menos do que fiz por ela e recebi tanto mais.
Mas ainda assim é a pessoa que eu amo, não o amor por um rostinho bonito - ela não é tão bonita, é bem medianamente normalzinha - mas a amo pela pessoa que ela é, pelo potencial que ela carrega. Por ser talentosa e inteligente, por ser expansiva, por ter tanto em comum comigo, pelo sorriso lindo que só ela tem. Pela amiga que foi e não sabe ser mais, por ser minha irmãzinha mais chegada que tive a sorte de ter, mais chegada a mim que meus dois irmãos biológicos. Um amor assim não desaparece num ano, ainda mais num ano tão atribulado como este que foi. Quem acreditou que desapareceria, nunca amou de verdade ou nunca me levou a sério como pessoa ou como homem.
Estou cansado de viver feliz por migalhas de atenção, estou cansado de ser stalker, estou cansado de segurar tanta coisa e não falar. Ou de ter medo de falar e não ser levado a sério na proporção do que sinto. Cansa ter esperanças, cansa ser afligido por insegurança, cansa ser tão pouco para alguém quando se faz tanto. É triste constatar que ela não tem capacidade ou maturidade para perceber o mundo em volta, de ser tão inteligente e tão pouco esperta ao mesmo tempo.

Daí o sentido deste post exaustivamente descritivo em público: matar o quão definitivo podem ser mortas as esperanças. Dar motivos para ela nunca mais falar comigo, e nunca mais ficar esperando algo do mundinho dela.

Já faz mais de ano e meio que esta história começou para mim, com um beijo que nunca existiu. Já redescobri que sei amar, que posso chorar por alguém, que posso ser maior do que eu pensava que podia ser.
E agora tenho forças para encerrar esse capítulo, por que eu tenho necessidade de encerrar tudo isso, para meu próprio bem.

Você não sabe o que perdeu, moça, nem tem idéia.

Te amo.

mushi-san
10 à 18 de julho de 2004

(E acabou, por favor apaguem as luzes)

Essa frase, por incrível que pareça, foi dita por um rapaz no domingo, enquanto eu e mais três amigos estávamos indo para a estação Tietê, sem nem mesmo cogitar a idéia de passar pelo AnimeFriends. Segundo foi dito, ele ficou na fila das 10:00 as 14:00, e foi embora depois de saber que o local já estava cheio, e só poderia entrar se saísse uma caravana de lá de dentro, ou coisa parecida. O que é de botar medo. No sábado, eu e um amigo ficamos 2 horas numa fila que dobrava o quarteirão, debaixo de chuva forte, e quando entramos nos deparamos com um local tão cheio que era quase impossível andar, quanto mais fazer qualquer outra coisa além de se estressar. A simples idéia de que aquele local pudesse estar ainda mais lotado me causa arrepios. O Anime Friends desse ano foi uma verdadeira bomba-relógio, e armada unicamente pela incapacidade (percebam que eu TENTO não usar o termo "incompetência") dos organizadores. E se houvesse, por exemplo, um incêndio no palco durante um dos shows? Os organizadores chegaram a pensar, em algum momento, no desespero das pessoas que teriam que encarar um verdadeiro labirinto de estandes mal distribuídos para alcançar DUAS portas? E se houvesse uma briga lá dentro? Não vi ninguém, NINGUÉM, verificando bolsas e mochilas atrás de armas de verdade, como aconteceu no ano passado. Junte a raiva de uma pessoa que fica quatro horas na fila para ficar dentro de um lugar abafado e lotado de empurra-empurra, e pense no que ele pode fazer com uma espada, mesmo que não tenha fio.

Há tantos pontos errados, tantos fatores que só não deram em merda por pura sorte, tantas razões para que o evento ficasse marcado de forma negativa não só entre os fãs, que é preferível fazer vários comentários durante a semana, do que simplesmente fazer um texto enorme. E, com isso, eu ainda consigo pensar melhor nos motivos que levaram a organização do evento a ser tão displicente na organização de um evento que, teoricamente, deveria ser melhor (e mais organizado!) que os outros eventos anteriores....

O que eu sei é que, independente de qual cantor venha no AF de 2005, eu provavelmente irei em outro evento (isso, se eu FOR a algum evento...), se a organização não melhorar, e o local não mudar para algo pelo menos três vezes maior do que aquela BOMBA que usaram esse ano. Não consegui ver nenhum show esse ano, por não estar me sentindo bem em um lugar tão cheio, abafado, e perigoso. E, se houver um mínimo de bom senso nos fãs, seria bom se ninguém tentasse participar de um evento como esse na próxima vez.

O anti-spam da geladeira anda meio surtado. Se você postou algo aqui e ele considerou spam, me avisem que desbloqueio a mensagem o mais rápido quanto possível -_-

Praticamente todo mundo que comentou sobre a AF tive de desbloquear....

Diretamente do Slashdot: um garoto foi pego tentando filmar "Homem-Aranha 2" no cinema, por um projetista que estava usando óculos de visão noturna. Ele foi gentilmente escoltado pra fora da sala pela segurança do lugar e entregue à polícia.

Moleque idiota. Foi tentar fazer uma grana - ou pior, simplesmente usando alguma desculpa esfarrapada do tipo "todos têm direito de assistir" - e acabou se ferrando.

Minha página de Caverna do Dragão é um grande atrator de gente pro meu icq:

[20:29] xxxxxxxxx: e ai tc d eonde?
[20:29] xxxxxxxxx: vo começa a navega
[20:29] mushi-san: sampa, e vc?
[20:30] xxxxxxxxx: santos..
[20:30] xxxxxxxxx: quantos anos?
[20:31] xxxxxxxxx: ???
[20:32] mushi-san: muitos ^^'
[20:33] xxxxxxxxx: fla ae
[20:33] xxxxxxxxx: eu tenhu 14
[20:34] mushi-san: 29 ^^'
[20:34] xxxxxxxxx: hummm
[20:34] xxxxxxxxx: tiooo

virei tio rápido demais XD

...mas o mail que recebi abaixo até que é interessante:

Pessoal, como todo mundo sabe o orkut foi fundado nos EUA e os americanos até então são maioria no orkut. E... como sempre.. Eles estão se achando o centro do mundo. Alguns criaram comunidades especialmente para criticar os usuários brasileiros no orkut, como a comunidade listada abaixo:

http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=55202

e outras comunidades. este assunto também gerou muita discussão em grupos isolados, como na comunidade nerds, onde os americanos estão tentando impor o ingles como a unica lingua permitida.

bom, o agora o objetivo com esta minha mensagem...

como todos que acompanham as estatisticas do orkut sabem, o brasil vem crescendo constantemente no numero de usuarios cadastrados. perdiamos para o japao e para os EUA até dois meses atrás e agora estamos apenas atrás dos eua, e o os numeros em favor do brasil vem subindo constantemente. de 19% para o brasil contra 41 dos EUA, ha 10 dias atrás, para 34 deles contra 24 nossos no dia de hoje. quem quiser acompanhar as estatisticas sao mostradas nessa pagina:

http://www.orkut.com/MembersAll.aspx

o que eu proponho para mudar esse quadro mais rapidamente é o seguinte:

1- cada usuário brasileiro do orkut que recebe esta minha mensagem convide pelo menos 2 amigos, ou mesmo 2 conhecidos, que ainda nao participam, para se cadatrar no orkut.

voce pode fazer isso indo nesta pagina

http://www.orkut.com/FriendsBook.aspx

e adicionando o nome do amigo junto com o email.

2-passando esta mensagem (forward) para todos os seus amigos e para algumas comunidades que voce participa (desde que a comunidade permitam).

Se isso acontecer, podemos rapidamante ultrapassar os EUA e isso poderia trazer alguns beneficios:

-O brasil sendo o primeiro colocado na lista de membros, poderia-se pedir educadamente que o orkut fizesse uma versão traduzida para o site, para acomodar as pessoas que falam portugues.

-não teriamos mais que aguentar os americanos reclamando das msgs em portugues, simplesmente pq seria a linguagem + utilizada.

This message was sent by Alexandre Matias to friends of friends.


Fotolog: Tenho um bom estoque de fotos de Sampa, andei em Recife, Rio e rapidinho em Olinda nas férias.... respondam: que cidade é esta? :P
Resposta amanhã

Por causa do desrespeito em relação aos cosplayers em diversos sites e flogs, o pessoal está lançando uma campanha por maior respeito a esse hobby. Afinal, todo mundo tem direito de não gostar, mas até aí ficar se escondendo atrás de um monitor pra ofender o pessoal que faz é uma atitude covarde ( e idiota).

O mais engraçado na minha opinião, são certos comentários (por mais polidos que sejam...) como o desse rapaz, que deixou o comment (sem endereço pra contato) no flog de uma amiga:

Eu acho que respeito é uma coisa que se conquista, não que se exige. Acho que se vcs querem ser repeitados, vcs têm de mostrar argumentos melhores pra defender seu hobby além dos "cosplayers rox!!!" e "quem não gosta de cosplay é babaca" da vida. Falem pro povo porque vcs fazem isso, qual é o objetivo, etc. Sem querer ofender ninguém, mas eu não curto isso, não.

Desculpem se pareço querer "mandar" nas vidas de vcs, não é isso, mas eu acho que, em vez de vcs torrarem tanta grana (alguns cosplayers chegam a gastar mil reais numa fantasia) fazendo cosplays super-caprichados só pra "brincar" em eventos, seria melhor se vcs pegassem esse dinheiro e doassem pra alguma obra de caridade, um asilo, ou alguma ONG. Acho que seria um uso melhor do dinheiro de vcs (ou de seus pais), e seria melhor pra sociedade. Mas é só minha opinião, falou? Não fiquem com raiva de mim.

E tomem as declarações de gente munida de boas intenções... Um veio dizer que "muito cosplayer só ia pros concursos pensando no dinheiro do prêmio"; o outro que deu a declaração acima se defendeu dizendo que "nem saía de casa pra usar o dinheiro dele pra nada pernicioso e "normal" como baladas e bebida, e que ainda fazia serviço voluntário"....

Francamente, esse tipo de atitude "crítica-moralista disfarçada de bondade e ética" me irritam profundamente.

Tem tanto pra se falar sobre isso que só de imaginar cansa... primeiro, qualquer pessoa que se esconda por trás de um monitor pra xingar quem quer que seja só merece uma coisa: desprezo. E isso naõ acontece só com cosplayers, mas com trekkers, xcers, clubbers, góticos, RPGistas.. enfim, qualquer pessoa que se encontre num grupo onde seja fácil para a "sociedade comum" ver como um zoológico de "gente bizarra" -- e o que naõ faltam são adolescentes de "esquadrões anti-nerds" que ofendem esses grupos por classificarem como "errado e ridículo" qualquer coisa que fuja da vidinha tida como "certa" deles (que muitas vezes consiste em fculdade/escola - balada - pegação). Ou seja, uam puta de uma falta de imaginação. Acho que no fundo é inveja...

No mais, acho um absurdo quando alguém vem criticar quem gasta seu dinheiro com um determinado tipo de hobby que lhe dá prazer com moralismos do tipo "quanto deserdício, doe pra uma ONG".

Primeiro: pode-se perfeitamente doar parte do meu dinheiro pra uma ONG E continuar fazendo cosplay. E segundo: já pensou se pensássemos em TUDO que é lazer como "desperdício" e nos sentíssemos culpados? Leve em conta todo o dinheiro que você gastou no ano indo no cinema e depois numa lanchonete com os amigos, ou fazendo qualquer tipo de programa (sem entrar em questões como bebida ou algo prejudicial, e sim simples programas divertidos que fazemos no ano).

Você poderia muito bem chegar num valor como 700 reais por ano. É um desperdício? Você deveria entregar tudo a uma ONG e deixar de se divertir pra naõ se sentir culpado? NÃO! Basta saber equilibrar as coisas. Fazer cosplay é um hobby, uma forma de lazer, e ninguém deveria condenar nada disso. Aliás, de nada adianta falar "ah, mas eu quase naõ saio, naõ gasto meu dinheiro com nada fútil" porque isso naõ é justificativa -- é uma preocupação epssoal, ams que naõ pode ser extendida à sociedade. Ninguém é obrigado a ser São Francisco de assis 24 horas por dia, 365 dias por ano.

E pra terminar: qual é o problema de fazer cospalys visando-se um prêmio? Acho que pouquíssimos cosplayers fazem uma fantasia sem sonhar um pouco com uma colocação -- o maravilhoso desse hobby é justamente qwue, mesmo que a pessoa naõ ganhe, ela se divertiu às pampas.

Agora, acreditar que alguém faz cosplay "pelo dinheiro" é meio absurdo. Existem um milhão de outras formas de ganhar bem mais dinheiro tendo bem menos trabalho. A pessoa naõ se submeteria a vestir uma roupa esquisita na frente de várias outras se naõ gostasse daquilo. Acho que quem precisa se ligar é quem está formulando essas "teorias da conspiração".

Enfim: cosplay é uma forma de lazer como qualquer outra, e só vira um hábito pernicioso quando a pessoa naõ tem uma cabeça saudável -- o que pode ocorrer com milhões de outras pessoas com hobbies totalmente diferentes, como pattys consumistas de bolsas, colecionadores de discos, selos, action figures, livros ou quadrinhos, motoristas, galera que sai de balada e gasta com bebidas, etc.

Não é o hobby que faz de algo ruim, mas a forma como as pessoas o levam e o encaram.

Somos cosplayers e exigimos respeito.

Li Chobbits antes de viajar. Uma dúvida e uma constatação:

1) a Chi pode subir num avião, ou suas ondas eletromagnéticas atrapalham o pouso/decolagem? XD

2) Hideki vai morrer virgem.

Não sei como é para os outros, mas inspiração pra mim é um treco chato. Ela vem assim, sem avisar abrindo uma portinha na minha cabeça através usando uma linha de pensamento qualquer, e rapidinho toma conta da casa como se fosse dela.

Essa parte é legal, faço tudo num pique só. Por dois-três dias, meus esforços estão direcionados pra trazer ao mundo real o que a ocupante da casa dita. Planejo, procuro instrumentos, referências, faço rascunhos e executo. É bom isso, vale a satisfação :) Tira um tanto o gosto da boca, o gosto de que estou perdendo tempo, ou estão perdendo o meu tempo enquanto espero acordarem.

Mas dura pouco. Em cerca de meia semana a volúvel da dona Inspiração cai fora, só deixando seus ecos dentro da casa vazia. Ainda tento fazer algo pela inércia deixada, e por que não gosto de deixar nada pela metade. Mas não sai nada bom, ou ao menos, não sai como estava no começo.

:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::

A reforma da geladeira em que criei os post-it de tamanhos diferentes foi algo assim, de sopetão, mas perdi o pique pra fazer todo o planejado (tem mais pequenas coisas pra serem implantadas que não foram por que faltou inspiração ^^) e o texto a seguir tá seguindo o mesmo caminho:


Fotolog: Mais um desenho rápido feito no palm, enquanto esperava amiga chegar no metrô: 20 minutos.

Ontem defini um mundo de uma história q talvez ande, quarta fiz esse desenho, tudo com palm no metrô... preciso ficar mais "em trânsito" pra ser produtivo?^^`
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