Results matching “rap”

• Tempos de Guerra (de José Duval): Essa é uma HQ antiga, daquelas que eu tinha na coleção e sumiu por motivos misteriosos (aposto em cleptomania de alguma amizade de meus irmãos) e que fui "obrigado" a recomprar, já que desde sempre achei que merecia estar na coleção. Apesar de ser é história nacional "séria" (no sentido de "não ser humor underground/infantil") no gênero que hoje é chamado de "distopia", Tempos de Guerra parece ter passado sem alarde na época em que foi publicada, o que é uma injustiça.
No futuro, o jovem Iágar muda para uma São Paulo dividida entre o povo que vive no chão, os pobres e as gangues (se matando em suas guerras e confrontando a polícia) e os que vivem nas "ilhas", as torres onde vivem os ricos e a classe média que a sustenta. Com o passar das páginas, o personagem descobre que muitas das gangues são lideradas por gente controlado pelos figurões das ilhas (e isso ele acaba resolvendo) e que as ilhas só se importam com eles quando dão problema (e falar disso é contar o fim da história).
Criação do (aparentemente sumido do mercado) José Duval, Tempos de Guerra tem todos os elementos desse tipo de história, com arte meio estilizada meio realista, contando em cenas que vão compondo uma história maior. Com quase um quarto de século, as críticas que o autor faz à sociedade, à manipulação política e da opinião pública, a cultura do "pão e circo" e o pessimismo quanto à efetividade "soluções" contra o status quo dominante continuam todas presentes.

# Veredicto: Se achar num sebo, compre! Merece muito uma republicação melhor que o papel "jornal".
# Bom: roteiro, arte, como o autor lida com os personagens e o mundo na medida exata sem sobrecarregar a história com muitas "aulas" (mas isso acontece ocasionalmente) (e, parando pra pensar, fiquei querendo saber mais desse universo :P). E o velho Muls é aquele tipo de personagem terciário que é um achado :D
# Mau: muitos elementos da distopia de TdG não são exatamente novos, e o ponto mais baixo é o tratamento dado aos personagens negros, quase como se fossem uma tribo africana de filme estereotipado ("Mibú e sua tribo", por favor, né? ¬¬'), que fazem a diferença, mas são sempre os secundários. Um clichê ruim que já era velho no ano em que a HQ foi publicada.
68 páginas • publicado em setembro/outubro de 1993

Notas:
1) José Duval fez algumas histórias para a revista do Niquel Náusea na época [insiram aqui elogios à Fernando Gonsales por décadas fazendo tirinhas sobre biologia e não ter perdido a graça ainda] e publicou outra HQ, O Entrincheirado Hans Ribbentrop, que apesar de ser humorístico, não curti tanto.
2) curiosidade histórica aleatória: apesar do clichê da ficção científica de "pobres em baixo, ricos na parte alta" (e na vida real temos os preços caríssimos de coberturas de prédio), no império romano isso não acontecia. Haviam prédios de vários andares, as insulae ("ilhas", assim como na HQ, mas em latim), destinadas as classes mais pobres. O térreo era dedicado ao comércio, e os andares superiores (alguns textos falam em sete andares!) eram para moradia, e quanto mais alto você morava, menos você pagava - já que água não chegava lá facilmente, e bom lembrar que não existiam elevadores na época. No geral as classes ricas vivia em habitações térreas/sobrados, os domus e as villae (devo ter errado alguma info, sempre erro, mas no geral é isso :P)

• Quadrinhos A2 #5 (de Paulo Crumbim e Cristina Eiko): Histórias do cotidiano de um casal paulistano (e seu cachorro), com um toque de fantasia e exagero, sempre com bom humor e um senso de narrativa gráfica afinadíssimo - é o que você vai ter aqui. Vai ter história com desespero implícito sobre pum, história boba sobre catota (falante). História sobre o que passa quando resolve meditar em silêncio por horas e outras, tem também.

# Veredicto: estou sempre esperando a edição seguinte (geralmente tem um A2 por ano), por ser divertido, sem pretensão e a arte/diagramação só evolui.
# Bom: além de tudo acima, acabamento gráfico. O livretinho (apesar de se chamar A2, é quase um A5) é bem acabado, melhor que muitas editoras por aí.
# Mau: além do volume ser rápido de ler, não é o tipo de história que todo mundo curte. E também diria que a edição estava boa, mas não foi das melhores^^"
140 páginas • R$15 • Clique aqui e adquira no site dos autores!


• A Espada de Gelo (Disney): Mais um encadernado Disney (dessa série já resenhei "Iniciativa Super-Heróis", "Um Brasileiro Chamado Zé Carioca" e "História e Glória da Dinastia Pato"), dessa vez juntando as quatro histórias em que Mickey e Pateta participam de uma premissa simples mas eficiente: eles são transportados às Terras de Argaar, uma dimensão típica de mundos de fantasia (há elfos, há monstros, há magos, há um arquivilão, tem até mapa!!), geralmente para enfrentar o Príncipe das Névoas (e, principalmente, problemas derivados dele), mas sempre na noite da véspera de Natal.
Ao contrário do que se pode esperar, o camundongo fica quase como coadjuvante: Pateta é o "herói" da trama, apesar que o mundo e seus personagens nativos que tem o maior naco da força narrativa. Enfim, a Espada de Gelo não é uma grande trama ou obra prima, mas dá gosto ver que um mundo meio desconjuntado e genérico no primeiro episódio ganha personalidade gradualmente, e quase que uma mitologia própria. E descobrir que nem sempre os mocinhos se dão bem, mas saem melhores do que chegaram assim mesmo.

# Veredicto: me divertiu sem precisar desligar o cérebro, nem força-lo.
# Bom: os personagens "novos" são carismáticos, até por que são velhos conhecidos: o mago/sábio, os camponeses que tem de se virar como soldados, etc. Além disso, volta e meia a diagramação brinca com os quadros, fazendo eles assumirem formas estranhas ou colocando molduras nas páginas ou adotando soluções inusitadas.
# Mau: o texto introdutório tentando vender o peixe comparando A Espada de Gelo com Senhor dos Anéis ou Guerra nas Estrelas. Ignore isso - essa coleção de histórias não é tão grande-importante-megasaga como estas duas, mas tem sua própria personalidade. Outro defeito é o peso dos personagens Disney, mesmo com todo um ambiente legal em torno, Mickey continua o insosinho de sempre (deve ser por isso que virou coadjuvante) e Pateta está um tanto atenuado (senão não há epicidade que se sustente).
324 páginas • R$59,90


outras resenhas:

E a culpa nem é toda dos protestantes: desde cedo uso a palavra "trono" como eufemismo para "privada", com todas as piadinhas adjuntas - "dia de rei" é para mim (e muita gente) sinônimo de "piriri" e por aí vai. E desde que os fiéis começaram a usar a expressão "diante do Trono" (de Deus) meu cérebro automaticamente junta e meu lado mais consciente tenta separar a imagem mental mesclando o sagrado com o sanitário. -_-'
Daí o título do post.

(Por sinal, toda vez que leio no twitter sobre a série Guerra dos Tronos imagino uma festa onde a comida deu revertério geral nos convidados e não tem assentos para todos, daí a guerra).

A abobrinhagem acima foi pra resumir meu fim de semana: tive uma virose (não fui ao médico, mas aposto que se fosse, esse seria o diagnóstico - a medicina moderna reduziu tudo à "virose", até balas perdidas), em que tudo parou, fui trabalhar assim mesmo, me sentindo inflado a ponto de explodir e voltei pra casa pra cuidar do Bóris (nosso poodle, cada vez mais ancião....), ter sessões de descarrego ( :P ) e destruir de vez meus horários de sono. Tentei manter minha rotina batendo perna no centro de sábado (e conhecendo os banheiros de shoppings e estações de metrô, já que a natureza invocou), mas foi uma demolição da minha vontade de comer e de ficar acordado, só semi-recuperei no domingo e na segunda estava em melhor estado, mas não 100% ainda. Nessas, acabei não fazendo HQ para a newsletter que devia ter saído - mas tudo bem, esse domingo estou prometendo dose dupla ò_ó


Ia reclamar do uso excessivo de vocabulários específicos e expressões à ponto de perda de significado pelo uso de religiosos (e virar piada pelos não-crentes bem antes disso), mas todo grupo cai nesse erro, a esquerda e demais movimentos progressistas inclusos.

Já que abri a vibe "querido diário" do blog, terça eu tava no metrô escrevendo e alterando meu código (sim, eu tenho um diário em código, e ele está sempre em mutação. Não sou Tolkien, mas esse é meu vício não-tão-secreto :P), quando, ao chegar na Sé, a moça ao meu lado me pergunta, meio saindo mas ainda simpática.

- Ei, que língua é essa.
- É o código que uso pra escrever - achei incrível que disse sem papas na língua, anos atrás eu tangenciaria uma explicação.
- Ah, achei bonito, disse e se afastou.
Como é a segunda vez na vida que alguém aleatório no metrô me perguntou isso (muuuuuuito tempo atrás foi um cara, capaz de ter registrado aqui no blog)(registrei sim! Leia aqui!), fiquei feliz por ter tido tempo de dar um Sine Qua Non para ela antes dela sumir.

(deve ter me achado doido, e sou. Mas gente normal é chata)


Estes dias fui repassar uma mensagem do twitter (aka "dar RT") que apareceu, mas não consegui. Suspeitando, confirmei que o twitt foi escrito por uma pessoa que me bloqueou. Mas quem era ela? O que fiz para ela? Fui lá xeretar, achei o nome real por detrás dessa arroba, googleei para ter uma certeza de quem era a pessoa e enfim: era a amiga de outra pessoa com o qual tive um revertério social mais de década atrás.
Xeretando o perfil acima, só pelo desafio de encontrar, achei a arroba amiga dela - que saiu do meu radar faz tempo. Desafio resolvido acompanhado pelo fechamento das abas do navegador.
Lição aprendida: se você quer evitar alguém não coloque uma muralha em torno de você, isso chama mais a atenção ainda. Nerd que sou, lembro de uma HQ do Super-Homem em que o Coringa escondeu três vítimas que ele sequestrou em caixas de chumbo, já que o personagem não consegue enxergar através desse tipo de metal. Mas justamente por isso foram achadas rapidamente: como eram opacas à visão de raios-x do kryptoniano, se destacavam de tudo o mais e foram rapidamente localizadas, encerrando o plano infalível do inimigo do Batman que resolveu tirar férias em Metrópolis. Ambas as situações me pareceram a mesma coisa =p
E como não achei a cena acima na internet, peguei essa capa aqui no google, que parece misturar a os dois primeiros parágrafos desse texto numa figura só XDDDD

(e apesar da capa acima ser boba-besta, não acho que a pessoa foi, ela só usou o senso comum. Se é que foi isso mesmo o que aconteceu)


Transcrição:

(mulher): Não me surpreendo...
Mário: Mas eu sim! Aqui não é um setor "baixo demais" para pessoas de elite" como você?
(mulher): É. Mas recebi ordens de cima para instalar uma aluna nova neste setor. Este quarto só vai estar cheio no meio da semana, certo?
Mário: Sim. Uma aluna tymyze só chegará aqui quarta. ...se os eventos necessários não se atrasarem.
Mário: D-de um modo ou de outro, eu decidi conferir as condições do alojamento...
(mulher): E agora este quarto só tem uma ocupante, não?...
(mulher): ...eu espero que você tenha colocado ninguém em quarto errado...


A história até agora: Raquel é uma universitária normal que passou em universidade nenhuma, exceto na O.M.N.I., que ela não se lembra de ter feito prova para entrar. Curiosa, foi até lá e coisas estranhas começam a acontecer....

Pra quem chegou agora (e desmemoriados em geral): Raquel é uma personagem antiga minha, que teve fanzine, depois rebootei a série quando a moda eram HQs em flash, depois fiz mais dois outros reboots. Pretendo colocar todo esse material no site das tirinhas, mas esse é um trabalho lento e devagarzinho estou 'remasterizando' a arte, colocando letras legíveis e mandando pra vocês antes de todo mundo :) Quer relembrar o que aconteceu na história até agora? Leia o primeiro capítulo de Raquel aqui e o segundo aqui (mas aviso desde já: é uma história incompleta)


A conversa entre os funcionários da O.M.N.I. (Mário e Helena) cita "tymyzes", uma das espécies alienígenas que aparecem nas minhas tirinhas:


A própria Helena era pra ser uma, mas mudei de idéia =p

Acho curioso esse superpoder de autor: uma letra, e você muda o sexo de Roberta pra Roberta, se mudar de idéia, alguns cliques ou riscos no papel mudam a cor da pele, crenças mais profundas ou forma de falar. Também você pode dividir um personagem em dois diferentes, ou juntar vários em um só, destruir para sempre cenas importantes da vida dela.... E isso vale para personagens ("pessoas imaginárias"), mas para cidades, países, mundos, eras que só existem na cabeça da gente.
Autores são "deuses" dos seus personagens? Capaz de fazer TUDO com eles?

Bom, se eu tivesse esse nível de poder com minhas cria(çõe)s, eu os traria pra vida real e os faria trabalhar por mim. :PPP

Como isso é impossível, a resposta é não, autores não são "deuses" nem do que eles criam, a gente não é essa coca-cola toda não....


Colocando uma tirinha dos Malvados aqui para dizer que postei algo pertinente à vida real:



E estes dias andam exaustivos no serviço, intensamente exaustivos, e tive de me virar sozinho em casa por semanas, com cachorro idoso doente, então fiz bem pouco de artes e de cuidar dos meus dez trilhões de projetinhos na internet, tipo o blog. Praticamente só resenhei:
1) Black Silence, HQ de Mary Cagnin.
2) Homem Máquina, um gibi da Marvel que só comprei porque achei barato na banca.
3) Armada, livro de Ernest Cline.
Cliquem aqui para ler tudo :D

Making of:

Antes, duas não resenhas: recentemente fui ao cinema com dona namorada e vimos:
A Chegada (Arrival): O.trailer.diz.nada e fui com o espírito de "ah, legal, mais um filme de etê. Só vou ver pq tão falando bem". Saí do filme sem falas, procurando a frase em chinês que a doutora disse e xingando o roteirista por ser tão fdp escondendo coisa.
Estrelas Além do Tempo (Hidden Figures): um filme de estrutura mais simples (é um filme, não ciência de foguete!), mas com tema mais necessário nesses nossos tempos: racismo, sexismo, segregação e a maldita mania das pessoas enfiarem a si mesmo e os outros em caixinhas com regras limitadas. E sim, é um filme leve, divertido e pra cima =)
Talvez eu escreva algo mais "de verdade" quando sair DVD e eu reassistir ^^'


• Black Silence (de Mary Cagnin): Num futuro distópico, um grupo de astronautas vai a outro planeta, nosso futuro novo lar, já que a Terra está com os dias contados. No passado, Mary Cagnin fez a HQ Vidas Imperfeitas, que chegou a ser publicada no meu site :B E foi finalmente impressa e terminada em três volumes pela HQM. No presente, ela decide publicar sua ficção científica via Catarse, e consegue :D
Bom, eu sou desconfiável para fazer uma resenha aqui, um péssimo hábito meu é de ser muito bonzinho ou muito cruel com trabalhos de gente que eu conheço. Sou fãzaço do traço da Mary e certeza que a pessoa tem de ter uma pedra no lugar do senso crítico para não curtir a arte dela. Mas o enredo não me fisgou, talvez por ter poucas páginas, você sente que Black Silence tem uma explosão de idéias legais contidas para caber em pouco mais de cem páginas: os personagens volta e meia dão pistas de uma riqueza que não demonstram atuando (e você tem certeza disso lendo a ficha deles no final), e mesmo as interações são contidas. A história de nosso mundo naquela realidade futura parece ter acontecido muita coisa, mas só nos é revelado poucos fragmentos - a capa traseira quase dá mais infos que dentro da própria história - , e menos ainda é dito do enorme mundo onde eles vão parar, mas tão pouco que não dá combustível suficiente para gerar impacto na cena final.

# Veredicto: gosteizin e sei que sou chato exigente.
# Bom: representatividade (3 mulheres (duas negras, uma horiental), 2 homens (brancos)). A arte e os cortes de cenas estão perfeitos. A temática espacial me atrai, a capa é linda e espero que ela se arrisque mais com obras futuras =)
# Mau: faltou espaço para me apegar aos personagens, tempo para dar a história a força necessária.
104 páginas • R$30 • Clique aqui e adquira na loja da autora

PS: ainda to cismado que uma nave com apenas cinco pessoas, contenção de espaço etc tenha o luxo de um banheiro masculino e um feminino.


• Homem Máquina (por Tom deFalco, Herb Trimpe e Barry Windsor-Smith): Lembro de terem lançado esse gibizinho na última FIQ (melhor evento de quadrinhos <3) e estranhei: "ué, por que lançaram com capa dura e efeitos metalizados?" Nenhum dos autores estava no evento (ao que eu saiba) e a enredo não era lá grandes coisas (tanto que em 1988 tinha saido por aqui meio que escondida na falecida Heróis da TV (edições 102, 103, 104 e 105), da editora Abril - se você ver as capas, não vai achar chamada alguma sobre essa história :P)
Minto, tinha uma coisa legal (e só): o visual cheio de engrenagens de Arno Stark, o canalha Homem de Ferro de 2020:

2020? Ah, sim, esqueci de contar: o gibi foi escrito em 1984 e se passa daqui a três anos: nosso personagem principal, o Homem-Máquina (um andróide que nasceu como coadjuvante de luxo (graças à Jack Kirby) da quadrinização Marvel de 2001, uma Odisséia no Espaço) foi desligado na sua era e acorda nesse futuro distante aí, décadas depois, resgatado por um grupo de caçadores de sucatas robóticas.
Claro que esse tipo de história vai ter:
1) personagens da mitologia do herói revisitados com versões mais velhas (mas o HM é um personagem tão terciário que reconheci ninguém, tirando a sem sal da Jocasta)(e ainda pioraram o visual da robozinha),
2) uma megacorporação que controla tudo, e, obviamente, perseguindo o nosso amigo robô,
3) carros voadores, motos voadoras, deve ter até skate voador mas não prestei atenção,
4) briga de robôs,
5) e nenhuma previsão correta sobre a internet. Nem mencionam, na verdade.
E só teve isso. O enredo segue no automático, os personagens não tem apelo e nem tempo de se desenvolverem - sequer tem algo de novo neles. Acho que a Marvel só acertou criando um futuro quando criou o universo 2099.

# Veredicto: se for comprar, procure no sebo os gibizinhos dos anos 80 que citei acima: além do texto ir mais rápido (por estar reduzido para caber no formato), você vai conhecer o Thor em sua melhor fase. Esse gibi não vai morar na minha estante e continuo não entendendo por que uma história tão normal foi lançada em formato de luxo.
# Bom: além do visual do Homem de Ferro 2020, tem o traço do Barry Windsor-Smith, que arte-finaliza três partes (melhorando alterando bastante o traço do Herb Trimpe) e faz toda a arte do capítulo final. Não é dos meus ilustradores preferidos, mas é um senhor de respeito merecido.
# Mau: ia falar que Homem-Máquina seria mais um tijolo do Templo das Boas Idéias Desperdiçadas, mas o conceito da história não é tão bom mesmo, nem era criativo, em qualquer era.
100 páginas • R$26,90


• Armada (de Ernest Cline): Taí um livro que me "obrigou" a chegar até o fim: devorei as páginas em cinco dias, sempre querendo saber mais - sobre o destino dos personagens, sobre o que iria acontecer na cena seguinte, etc etc.
Então, é um livro excelente?
Não.
É bonzinho.
Mas antes, deixa eu falar do livro: jovem, criado pela mãe, já que o pai faleceu quando ele era bebê ainda, viciado em games e consumidor de muita tralha cultural dos anos 80 (culpa da herança do falecido: ele deixou filmes, jogos de video game, livros, rpgs etc) se acha doido por ver uma espaçonave inimiga de seu jogo preferido, Armada, voando perto da escola dele durante uma aula. Logo ele descobre que não está maluco, realmente viu uma nave, que o jogo não era só um jogo - mas um treino e seleção de pilotos de naves espaciais no mundo inteiro contra uma iminente invasão dos alienígenas de Europa (não a península com complexo de superioridade o continente, mas o satélite de Júpiter).
A partir daí, com essa premissa dando inércia, mais as estruturas de enredo mais que testadas em filmes juvenis da década homenageadas (O Último Guerreiro das Estrelas é inspiração assumida, tá na capa traseira), muitas, mas muitas referências nerds de todas as eras - pelo martelo de Grabthar!! - além do fato da história mais dá que tira do personagem: poucos obstáculos se sustentam, há perdas (algumas enormes), mas ele tem muito mais ganhos no placar. É muito satisfatório! E é óbvio que eu devoraria as páginas em velocidade de foguete até o fim.
Mas satisfatório tipo uma refeição de fast food, é saboroso dentro do que se propõe, os ingredientes e técnicas de montagem são familiares, só que não te nutre muita coisa. Só passou um tempo legal numa atividade de recompensas imediatas.
E, de quando em quando, isso não é mau de se fazer.

# Veredicto: Uma boa distração escrita por quem sabe manter o ritmo da narrativa.
# Bom: Referências nerds (talvez até canse), não perde tempo. Apesar de todo personagem que não é o Zack Lightman (esse é o nome do protagonista, tinha esquecido de falar. Mal aí) ser bem menor que ele pra narrativa (além de serem bastante bidimensionais), as garotas, desde a mãe até a namorada que ele acha no caminho, não são "enfeites", elas fazem algo. E, curiosamente, ao que me lembre todas as baixas do livro são essencialmente masculinas. Ah, sim: é o livro que eu gostaria de ter escrito aos quinze anos!
# Mau: em alguns pontos tenho a impressão o autor está completando uma lista de coisas a fazer: valentão na escola ("check", ouço ele dizer em minha mente), namoradinha ("check"), primeira missão desastrada ("check"), etc. Isso é incômodo. Mas o que mais me deu coceiras é um personagem adolescente, na verdade, vários personagens civis (de várias idades), serem enfiados numa estrutura militar (no formato pasteurizado pela ficção de origem estadunidense) e eles aceitarem passivamente e até acharem legal isso. ¬¬
432 páginas • Editora Leya


outras resenhas:

(The Juggenaut)
Quando Cain Marko, filho de um pesquisador atômico, tinha dez anos de idade, seus pais se separaram e ele foi criado pelo pai. Tornando-se um jovem cruel e sem caráter, Cain continuou vivendo com seu pai, depois deste ter casado com a viúva de um industrial. A mulher tinha um filho adolescente e Marko sentiu um ódio gratuito e instantâneo pelo rapaz - o menino Charles Xavier (veja Charles Xavier) - tanto, que costumava maltrata-lo em toda e qualquer oportunidade. Desentendendo-se com o pai por questões de dinheiro, Marko usou explosivos químicos para criar um incêndio e destruir o laboratório de seu pai, montado na própria casa. Embora tenha conseguido salvar Marko e seu enteado das chamas mortais, o pobre homem morreu por inalação de fumaça. Marko continuou vivendo na casa com a madrasta e foi se tornando cada vez mais invejoso das conquistas intelectuais e atléticas do jovem Xavier. Alistando-se numa academia militar, Marko partiu para a Asia e lá descobriu uma caverna que ocultava o templo perdido de Cyttorak, uma poderosa entidade mística. Impulsivo, ele pegou um rubi brilhante do colo de um ídolo, onde havia a inscrição... "Aquele que tocar esta gema possuirá o poder das faixas escarlates de Cyttorak. Assim sendo, você, que leu essas palavras, se tornará para sempre um encouraçado humano". Marko se transformou pelo poder da jóia e, logo a seguir, foi soterrado sob toneladas de pedra, quando um bombardeio inimigo provocou um desmoronamento na caverna. Usando seus poderes, ele cavou sua saída e retornou à América para infernizar a vida de Charles Xavier e dos seus protegidos, os X-Men. O Fanático possui grandes poderes de natureza mística que ampliam tremendamente sua força e envolvem seu corpo com uma energia capaz de tomá-lo um verdadeiro projétil vivo. Quando começa a caminhar numa determinada direção, nenhum obstáculo ou força na Terra é capaz de detê-lo. Criado por Stan Lee em 1964, usa um capacete forjado com um metal desconhecido, encontrado na dimensão de Cyttorak. Com ele, o vilão pode resistir a qualquer forma de ataque mental.


Índice: ABCDESobre esse projeto


Transcrição:

carta: Catarina.
Voltei para casa.
Desculpe não te esperar
Beijos
Raquel


(alguém): Agora é faxineiro, Mário?

A história até agora: Raquel é uma universitária normal que passou em universidade nenhuma, exceto na O.M.N.I., que ela não se lembra de ter feito prova para entrar. Curiosa, foi até lá e coisas estranhas começam a acontecer....

Pra quem chegou agora (e desmemoriados em geral): Raquel é uma personagem antiga minha, que teve fanzine, depois rebootei a série quando a moda eram HQs em flash, depois fiz mais dois outros reboots. Pretendo colocar todo esse material no site das tirinhas, mas esse é um trabalho lento e devagarzinho estou 'remasterizando' a arte, colocando letras legíveis e mandando pra vocês antes de todo mundo :) Quer relembrar o que aconteceu na história até agora? Leia o primeiro capítulo de Raquel aqui e o segundo aqui (mas aviso desde já: é uma história incompleta)

Lado depressivo de revisitar estas histórias antigas minhas: nunca fui grandes desenhistas, mas eu fazia esse trabalho bem melhor nos antigamente. E é divertido notar que Raquel, além de um livro de química, trouxe para a Universidade OMNI um livro de contos de H. P. Lovecraft. Para quem não conhece, esse americano (maluco, xenófobo, antisocial) escreveu contos de horror e suspense, onde o universo é habitado por monstros ancestrais que enlouquecem um ser humano só de estar perto deles. É tipo a vida real no ano de 2017.
Era um cara meio obscuro nos anos pré-internet, mas isso mudou com o tempo e boa parte de seus textos entraram em domínio público, e está bastante fácil encontrar coletâneas de seus contos nas livrarias do país - quando eu fiz Raquel, ele só tinha sido publicado pela editora Francisco Alves (a mais antiga do país!) uns dez anos antes de eu desenhar estas páginas.

Sobre o bilhete que Mário deixou na mesa: o original estava me lápis bem apagadinho, provavelmente para procurar alguém com letra mais legível e feminina que a minha para escrever e ficar mais crível que foi a Raquel. Fiquei na dúvida se eu faria isso mesmo ou pegava uma fonte com cara de letra de menina e no fim achei melhor deixar como está no original ¯\_(ツ)_/¯

A DC Comics, editora lar do Super-Homem, Batman, Mulher Maravilha e outros, está publicando HQs com os velhos personagens da Hanna Barbera repaginados. Algumas experiências parecem interessantes (tipo um crossover com a maioria dos super-heróis da editora, tipo Herculóides com Space Ghost com Os Impossíveis), outras fedem de tão toscas (Corrida Maluca transformada num clone de Mad Max) e recentemente surgiu a notícia de que o Leão da Montanha ("saída, pela esquerda") será um personagem "dramaturgo gótico gay sulista" em uma HQ própria. Aposto que muita gente deve ter chiado por causa do "gay", pra mim indifere: a maioria desses personagens são amplos o suficiente pra caber praticamente qualquer adjetivo neles.
Mas não é isso que queria falar, é que soltaram uma página da tal HQ (nota: achei a arte estranha) dele conversando com o Bobby Filho, em que o personagem diz coisas que levo para a vida faz tempo:


se o texto estiver esquisito, culpem o tradutor: eu) (mas lembrem-se que o LdM falava todo empolado :P

Fiquei tentado a fazer um textão falando as opiniões do meu umbigo sobre cada um dos pontos levantados numa página de gibi estrelada por animais falantes da minha infância - todos eles me pareceram relevantes - mas só vou destacar um: não se entra em batalhas para vencer, se entra por que tem de se lutar.

Tem tanto a ser feito. E a vida é curta.

(só prestem atenção para não estar no lado errado da luta, tá?)

E essa semana, no meu blog, atualizei meu site de carrinhos de brinquedo (não, isso não é uma luta a ser lutada, é um sonho recorrente que tive uma época :P) e também resenhei
1) Magias e Barbaridades, HQ de Fábio Cicone.
2) Don Drácula, um mangá de Osamu Tezuka, que virou um anime que passava no programa da Xuxa na extinta TV Manchete (nesses momentos as pessoas denunciam a idade)
3) Laputa, ou Castelo no Céu, um anime de Hayao Miyazaki.
Cliquem aqui ou na imagem acima para ler tudo :D

Making of:

Não se assustem, to tentando gerar assunto pra minha newsletter :P

Magias & Barbaridades volume 3: Vida na Cidade (de Fabio Ciccone): Vontadezinha de puxar a orelha do Fábio Ciccone tive quando fui na Comix e encontrei o terceiro volume com as coletâneas das tiras dele, depois de receber zero aviso pelo Twitter, nenhuma divulgação por e-mail, etc. Nem todo mundo tem facebook, que já não é aquele respeitável canal de divulgação de antigamente.
Nesse volume, o trio de personagens (Remmil ("um mago arrogante e incompetente"), Oc ("um bárbaro fã de Shakespeare") e Idana ("uma amazona renegada e um tanto atrapalhada")) procura resgatar o Bastão da Chuva, o que resulta em confusões, idéias malucas que darão certo nunca (mas dão!) e depois embarcam numa curta viagem metalinguística, mas bastante interessante - por sinal, vendo a foto na primeira orelha do livro, você se toca quem é a inspiração para o misterioso personagem que conduz esse arco :P

# Veredicto: uma série de tirinhas consistente e que diverte, li numa sentada só :) Aguardo o próximo volume!
# Bom: para quem acompanhava as tiras pela internet, tem páginas extras e, olhem só, coloridas!
# Mau: falta de divulgação e o hercúleo esforço em escolher cores secundárias para criar as capas. Falta algo nelas para faze-las interessantes.
72 páginas • R$21 • Clique aqui e adquira na loja da editora

Don Drácula (1979, mangá em 3 volumes) (de Osamu Tezuka): Mais um caso em que felizmente quebrei a cara: assim como Astronauta: Assimetria, eu não tava com muita expectativa ao pegar a série de mangás para ler, "assim que terminar, certeza que vou por para vender que nem o bonzinho Kobato".
Né?
Não.
Em primeiro lugar, é um trabalho de Osamu Tezuka, o cara que DEFINIU o gênero mangá. Existiam quadrinistas japoneses antes dele, sim, mas ninguém antes teve o impacto no meio que o chamado "deus do mangá". (notinha para as pessoas "normais": ele foi o autor dA Princesa e o Cavaleiro e o Menino Biônico)(eu disse "normais", não nascidos na segunda metade dos anos 80 em diante)
Em segundo lugar é um trabalho dele maduro, calejado, do autor mais ensinando do que aprendendo. Ok, é um trabalho menor em pretensão e quantidade de páginas, mas um trabalho não reduz quem o faz :P
Enfim: Don Drácula é um mangá de comédia/terror que conta as aventuras do famoso vampiro, que foi morar no Japão com sua filha adolescente Chocola (ou Sangria, na versão em anime que passou na Manchete) e o assistente Igor. Além de problemas comuns aos vampiros (ter de sugar sangue, medo do sol, cruzes, alho) e de pais de filhas adolescentes na escola noturna, ele tem de fugir do Professor Van Helsing (que tem hemorróidas, e elas sempre atacam o personagem na hora H) e às vezes lidar com outros entes sobrenaturais - e é aí que em alguns episódios o humor leve da série dá lugar à mortes, algumas horríveis, só amenizadas pelo traço "fofo" do autor, que não sente a necessidade de mostrar as tripas, mutilações e dezenas de corpos carbonizados (sim, acontece disso), que você sabe que estão lá.
E foi na facilidade em que muitas vezes o autor transita de um gênero para o outro sem quebrar o encanto que mantém o leitor preso ao texto que o mangá me cativou, além de ter algumas transições de cena e técnicas de passar informação ao leitor que me deixaram de queixo caído. Tipo: em vez de mostrar cena a cena o que acontece, Tezuka tira tudo o que não é essencial, coloca na história apenas o mínimo necessário e é hábil o suficiente para não ficar truncado - pelo contrário, fica no tamanho exato, as vezes a cena não é importante, só complicada, não tem de disputar atenção com o cerne da história.
(para quem tem o mangá: quando li volume 1, páginas 40-41-42, balbuciei "caralho, que manobra de roteiro arriscada!")
Por sinal, não há uma grande história a se seguir em Don Drácula: é um mangá de episódios soltos, sem cronologia, podendo ser lidas em qualquer ordem. Drácula às vezes é terrível com suas vítimas, exigente do tipo que só prefira moças bonitas e virgens (machista?), mas também é um pai coruja antiquado adorável. No fundo é uma boa pessoa que deu errado em algum canto da vida, senão não seria um vampiro x) Chocola é uma boa garota, estudiosa (ao contrário do genitor) e se preocupa com os amigos. Corre o risco de morrer de fome se continuar assim X)
Para quem quiser conhecer os personagens sem gastar dinheiro, vários episódios do desenho animado estão na internet, inclusive o lendário do Panda e Filhote de Tigre, que fez muita criança chorar^^

# Veredicto: muito bom (não ótimo) mangá, vai morar na minha estante mais tempo do que eu pensava :)
# Bom: bons personagens, uma aula de como fazer histórias curtas. A edição nacional tem excelente acabamento.
# Mau: fim precoce - apesar das virtudes, a série acabou abruptamente com apenas seis meses de publicação e tem vários episódios mais fraquinhos, escritas quase que no automático. Também me incomodou os... er... critérios do personagem para escolher suas vítimas (bonita, virgem, novinha, etc), mas isso reflete MUITO homem na vida real, só que o mangá nem de longe tenta criticar isso. Idem o tratamento dado à Blonda, que é gorda e "alivio cômico" da série =_=
230 páginas em média • R$26 cada volume (são 3) • Clique aqui e adquira na loja da editora

Duas notinhas:
1) sobre o Menino Biônico, procuro muito foto/scan de embalagem das pipoca-doce-de-embalagem-cor-de-rosa Panda, que vendiam em SP e tinha o personagem estampado.
2) o estúdio de animação de Tezuka era o Mushi Production. Quando adotei meu nick, nem sabia disso, feliz coincidência :D

Laputa/Castelo no Céu (1986) (de Hayao Miyazaki): Pra quem vive muito longe da bolha onde existo: Hayao Miyazaki é considerado o maior nome da animação japonesa vivo e seu estúdio, Ghibli, é sinônimo de qualidade em roteiro e técnica. (Um de seus trabalhos ganhou o Oscar (A Viagem de Chihiro) (não que o Oscar indique muita coisa, mas é uma referência pra maioria das pessoas :P))
Feita a apresentação, digo tem três dos trabalhos iniciais do Miyazaki no Gibli que são meu xodó: Tonari no Totoro ("quem não gosta de Totoro boa pessoa não é", é uma de minhas leis), Kiki's Delivery Service (preciso rever, é só ter tempo livre com dona namorada)(e sim, eu uso os nomes em inglês e japonês dos animes sem critério) e Laputa, que tem esse nome engraçado por causa das Viagens de Gulliver (preciso ler), onde ele encontra uma ilha voadora com esse nome. Pelo jeito Jonathan Swift sabia bem o que "la puta" quer dizer em espanhol (um escritor irlandês, ele fez da ilha uma crítica aos ingleses), mas para o mercado japonês significa nada, então o nome do anime - que vocês já devem ter percebido, também tem uma ilha voadora - ficou esse mesmo. Aqui no Brasil foi batizado de Castelo no Céu.
A trama é simples, mas bem executada: Pazu, um garoto que trabalha numa mina encontra Sheeta (outro bendito nome...), uma garota que caiu do céu, literalmente. Logo descobrem que 1) ela é procurada pelo exército e inteligência do país onde vivem 2) e que ela tem a chave para encontrar a lendária cidade voadora de Santo André da Borda do Campo Laputa, escondida dentro de um tufão, que guarda riquezas materiais e tecnológicas. A partir daí, temos um encadeamento de aventuras, culminando na dita cidade, com lições sobre cobiça das pessoas. Tudo isso temperado com um visual retrô + tecnologia inexistente para a época, o que hoje se chama steampunk: o anime se passa supostamente no fim do século XIX, com toda aquela carinha de Revolução Industrial (máquinas a vapor, minas de carvão), mas tem aviões e dirigíveis de uma forma que nunca existiram no mundo real, ainda mais naqueles anos.
Por sinal, essa estética é um pontos altos da animação para mim (tem até uma cena de briga que se parece muito com as primeiras animações da Disney), junto da trilha sonora. Os personagem devem um tanto em brilho (exceto, talvez Dola, a chefa dos piratas aéreos)(sim!, também tem piratas!!) e em profundidade - para o bem e para o mal, a maioria são caricatos ou arquetípicos (Por exemplo, Pazu não vai muito além do "garoto bonzinho sem medo com uma missão a cumprir e lições a aprender"). Mas isso é uma escolha consciente do roteiro, que optou em fazer uma história aventuresca onde os bons são bons, os maus são malvados mesmo e todos sabem que vão quebrar a cara no fim.

# Veredicto: é um anime "para garotos", para se ver sem pretensões, é divertido, faltam histórias assim.
# Bom: além da ambientação ser rica e com vontade de "queria saber mais sobre aquele mundo", a animação e trilha sonora são caprichadas.
# Mau: Sheeta, a mocinha, me irrita. Ela é muito "donzela em perigo", raramente toma atitudes, tem pouca força como pessoa, mesmo sendo uma jovem moça do bucólico interiorrrrrrr daquele país. (A figura feminina forte no enredo é uma pirata-mãe-dominadora que se deixassem, roubava a trama pra ela).
126 minutos •

Mais duas notinhas:
3) se o texto aparentou que eu não gosto do anime, desculpe, gosto sim, e muito :P Mas é comum eu apontar os defeitos e não ter competência em apontar o que curti^^""
4) por algum motivo, sempre imagino Geni e o Zepelin ocorrendo na cidade de mineiros (mineradores, não cultivadores de pão de queijo) à beira de um "abismo" como a apresentada nesse desenho ^^
5) a Livraria Cultura estava vendendo esse anime e outros do Ghibli em dois boxes, vale muito a pena correr atrás, mas... infelizmente um deles parece que já se esgotou :(


outras resenhas:


A história até agora: o desenhista Miguel Jacob redesenhou várias das primeiras tiras de Klara e Maria. Como o trabalho ficou lindo e vou demorar para finalizar a continuação do Leilão (onde os pais de Klara estão numa distante mansão com gente esquisita), decidi ir postando estas páginas aqui ^^

Para quem não lembra/viu, a a página acima é baseada na segunda, terceira e quarta tiras de mushiíces. E essas aqui:





Coincidência é a linguagem secreta do universo, diriam alguns, e coincidiu de ter de publicar esse quadrinho logo após o governo de uma potência mundial fazer uma proibição demente baseada no preconceito das pessoas e na necessidade de fazer ibope (se você anda longe dos noticiários, Trump assinou decreto impedindo a entrada de viajantes de sete países de maioria muçulmana (coincidentemente, países que Trump tem negócios (alguns notórios exportadores de terroristas) foram poupados). Pessoas foram impedidas de desembarcar nos aeroportos, foram algemadas, uma professora universitária foi deportada, várias histórias que dão engulhos. E agora os estadunidenses estão considerando pedir seus posts, sites favoritos e agenda telefônicas antes de dar o visto de entrada....)

Isso tudo não muito depois de anunciar a construção de um muro entre a gringolândia e o México, como se muro resolvesse alguma coisa - só resolve o orçamento das empreiteiras que vão construir. Alguém que topa arriscar a vida cruzando o deserto a pé ou o mar a nado não vai se intimidar com um muro. O que vai acontecer é que o tráfico de gente vai ficar mais caro, profissional e perigoso - proibições sempre dão nisso, vide a Lei Seca, vide a "guerra contra as drogas" que ouço desde que me entendo por gente.

(mas o triste nessa história é que um presidente eleito legalmente nos EUA fazendo merda incomoda mais a gente do que um golpista fazendo merda na nossa terra)

Quer dizer, pro americano médio, os problemas do seu país são os "muçulmanos terroristas" (quando é um branco cristão atirando em escolas, nas ruas etc de lá, ele é só um doido) e os "imigrantes ilegais"... o que me lembra dos preconceitos daqui em Sampa contra nordestinos e (mais recentemente), bolivianos, que vem de longe para ser de mão de obra barata.

Não faz muito tempo que tive de cortar um colega de serviço que estava quase fazendo "piada de boliviano". Ao menos ele nunca mais repetiu o erro.


fonte da imagem: X-Men: Years of Future Past #2 (não li, mas amei essa cena)

A merda é que muita merda começa com "uma piadinha". Temos piadas de negro, de japonês, de gay, de nordestino, de qualquer grupo que não seja majoritário (já viu piada sobre homem branco? São raras, né? Então...), e piadas repetidas à exaustão transformam grupos humanos em coisa ridículas. E o que é ridículo tem de ser eliminado, o mundo está uma bagunça, só o que é direito tem de prevalecer.
Exagero meu? Não é não...

Piadas não só são piadas e cada palavra dita tem um poder que as pessoas fingem não saber que tem. Não é a toa que tem tanto "humorista" reclamando de "censura", quando a palavra certa devia ser "responsabilidade".

(acabei falando demais de novo, desculpaaaaaa)
(e peço desculpas também pelo excesso de links em inglês sem tradução, infelizmente não achei a info em português - se é que tem - a tempo de escrever esse muro de texto acima)

Há anos tenho um blog e estes dias eu:
1) atualizei minha postagem narrando a viagem ao Japão que fiz em 2011 :D (no fim do post tem um menuzinho com links para as outras partes, espero terminar essa narrativa antes de 2020... =-=


2) resenhei três HQs que li recentemente: Astronauta: Assimetria; Kobato; e Iniciativa: Super-Heróis.

3) e fiz outras coisices, tipo postar um dos artesanatos que a minha mãe fez na conta do deviantart dela.

Ah, nesses dias também andei desenhando tirinhas, juro!

INTERVALO COMERCIAL
Um conto meu foi lançado em ebook na Amazon pela editora Draco, comprem, nem precisam ler :) Vejam aqui ~> http://www.amazon.com.br/dp/B01CRC3GHW/
Ele é baratinho (R$2,99!) e dá para ler no kindle e em celulares/tablets/computadores que tem o aplicativo da amazon (que é gratuito). Para quem quiser ver os outros contos da coleção: http://editoradraco.com/?s=monstros+gigantes

Transcrição:

Ser nossa amiga? Já se viu no espelho?
Por que não sobe de volta pra tua terra?
Queria muito ir para uma escola sem essa gente diferenciada
Estamos conversando coisas que só a gente entende
Menina esquisita...
É, só as entendidas aqui!
Tem uma desbotada vido pra cá
Até tenho amigos da cor dela, mas...
Maldita inclusão social!

E a preguiça em pensar e escrever, o que fazer com ela?

Astronauta: Assimetria (de Danilo Beiruth): A série Graphic MSP, onde artistas diversos recriam os personagens do Maurício de Sousa em histórias fechadas, é daquelas que compro religiosamente para conhecer artistas, para ler boas histórias e por TOC completista mesmo, não nego.
Danilo Beiruth (que fez São Jorge anos atrás) pegou "para ele" o Astronauta, estreando a linha de Graphic Novels do Mauricio... mas dos álbuns da linha, eram os que menos me interessavam. O primeiro volume, Magnetar, com o personagem meio náufrago-noiado achei regular. Singularidade, a história seguinte, até meio que acrescentava um novo par romântico pro personagem (eternamente em dor de cotovelo por ter perdido a Ritinha para outro nos anos 90)(nisso que dá ser workaholic....) e até um inimigo que não fosse ele mesmo (apesar dos problemas psicológicos do herói ainda serem parte da pauta dos diálogos) também não me apeteceu. Isso com as duas histórias falando sobre eventos astronômicos muito legais que valeriam pontinhos a mais na minha escala nerd.
Assim, com vontade burocrática, fui ler.... e uau, nada como menos pretensão para fazer uma história funcionar, né? Infelizmente a ciência ficou meio de fora do centro da trama (realidades alternativas ainda tá muito no terreno da ficção), tirando a breve menção ao hexágono de Saturno, tratado quase como fosse cultura de almanaque. O que exatamente os aliens com visual kirbyesco (devem conhecer o mesmo alfaiate de Galactus) fazem e fizeram tambem ficou bastante vago, mas eles também não importam: as estrelas aqui são os personagens humanos.
O próprio Astronauta, com psique menos pesada, mas ainda com seus fantasmas do passado, ficou mais próximo do leitor e interessante. A simpática família alternativa, simples mas eficiente no enredo foi um excelente acréscimo à série. Até a psicóloga de Singularidade retorna brevemente, mas deixando a impressão de que é alguém e vai voltar. E vai ter de voltar, já que o gibi termina com um senhor gancho, só faltava escrever "continua".

# Veredicto: comecei lendo o gibi "espero que seja o último da trilogia" e terminei "agora quero um Astronauta IV, assim como Penadinho II, Turma da Mônica III e Piteco II".
# Bom: além de tudo acima, a edição tem mais páginas, o que deve ter ajudado no desenvolvimento da trama =)
# Mau: "vilões" e "o que eles fazem" confusos demais, desnecessariamente vagos. Felizmente não precisa se apegar a isso pra história se desenvolver.

Kobato (CLAMP): Já comentei aqui que para mim existem dois "Clamp" - o grupo de autoras japonesas que fizeram vários mangás (que viraram animes) de sucesso: o bom, que gera histórias legaizinhas como XXXHolic, Angelic Layer e Sakura Card Captor e o ruim, que escreve bombas como Tsubasa: Reservoir Chronicle, RG Veda (único mangá que abandonei no meio, no regrets) ou Chobits.
E pra variar, começo divagando... :P
Kobato, além do nome da personagem principal, é um mangá bonitinho: uma moça inocente e com passado misterioso tem a missão de curar os corações das pessoas e encher uma jarra com esses corações feridos. Com a jarra cheia, ela realizará seu desejo.... e a história começa assim, um objetivo, pequenas historinhas, uma fórmula bastante conhecida até. Mas aos poucos muda... bom, não existem grandes revelações na trama, mas é agradável ver como um conceito que poderia sustentar a história indefinidamente (quem nunca?) é abandonado organicamente e a trama evolui para algo diferente.
Sim, a história evolui, mas os personagens nem tanto :P Isso não chega a ser um problema, mas me incomoda a mania de inserir romances desnecessários numa história, mas imagino que isso seja culpa do público-alvo da revista onde Kobato foi publicado. Também tem os lugares comuns das historinhas do Clamp: meninos sérios demais, bichinhos fofinhos, paixões complicadas.
Enfim, um mangá legalzinho, mas não a ponto de ficar na minha estante. (comprem aqui XD)

# Veredicto: apesar de não se destacar, valeu a pena gastar meu tempo com essa história.
# Bom: a transformação do roteiro, pode não ser algo "oiiiihhh, que fodástico", mas foi digno de nota.
# Mau: além dos lugares comuns do grupo e do gênero, me incomodou a idéia de atirar meninas de dezesseis anos para homens muuuuuuuito mais velhos :PP (ok, é uma cena do finalzinho, pode não ser isso, o contexto justifica, mãs.... já não bastavam as discussões maldosas sobre o final de Chobbits? :P)

Iniciativa Super-Heróis (Disney): a Abril anda relançando várias coletâneas Disney em capa dura. Algumas são merecidíssimas (o relançamento das histórias do Carl Barks, por exemplo - apesar de preferir o formato maior da edição anterior), outras são duvidosas (tem aí uma com temática Cinema. Precisava de algo assim? Para quê embrulhar com formato de luxo algo que caberia normalmente num dos diversos almanaques disneyanos da editora???).
Bom, Iniciativa Super-Heróis está na segunda categoria (com os mesmos argumentos do parênteses anterior) e só comprei achando que cobriria completamente o run do Marcelo Cassaro (Holy Avenger, Turma da Mônica Jovem) no Zé Carioca/Morcego Verde, em que ele parodiou várias histórias clássicas do Batman (Cavaleiro das Trevas, Piada Mortal), isso valeria o investimento com lucro.
Valeria. Ao abrir o gibi desnecessariamente caro, descobri que só tem duas das quatro histórias escritas pelo autor =_=
De resto, tive algumas boas surpresas ao conhecer personagens como Vespa Vermelha e morri de tédio com o Super-Pateta. Sorte que já vendi no ML recuperando boa parte do dinheiro mal-gasto >=P

# Veredicto: dê mais valor ao seu dinheiro e ao apertado espaço na tua estante, não compre isso não.
# Bom: algumas histórias são divertidinhas e até vale o contraste entre histórias vindas de tempos e lugares tão díspares como EUA dos anos 60/70 e Itália do século XXI.
# Mau: material normal em embalagem de luxo. E apesar da arte menos estática dos italianos, me incomodou ver Margarida com formas, hmmm.... mamíferas. Entendedores entenderão.


outras resenhas:

Tá, depois de ir pro parque e ver dinos com o amigo, o dia seguinte era de acordar cedo e ir pra estação pegar o trem-bala (ou "shinkansen"; 新幹線) para sair de Tokyo um pouquinho^^


30abr11 - trem-bala cortando a cidade, acho que perto de Akiba mesmo

Como já tinha pego a passagem um dia antes (obrigado, Adilson!), era só chegar na estação Tokyo a tempo de pegar o carro antes das 7:33. Munido de meus conhecimentos empíricos do metrô local (obrigado, Adilson!!), orientações para pegar os 54572 entroncamentos certos entre as estações Ningyocho e Tokyo (ambas no canto inferior direito do mapa)(SEMPRE TENHA UM MAPA)(já falei "obrigado, Adilson!!!"?) e minhas inconfundível cara de turista (por que será?) e mostrando bilhete na mão para qualquer funcionário uniformizado que pudesse me orientar, logo cheguei no meu cantinho da veloz modernidade nipônica :P




frente e verso do bilhete, para os curiosos


De dentro do trem, não tem muito o que falar: vagões limpos, bem cuidados, confortáveis. Todos os funcionários uniformizadíssimos.






vistas do interior do vagão e plaquinha acima da janela que indicava o meu lugar lá dentro :) (sim, eu peguei janelinha, claro!)

Apesar da velocidade alta para um trem de ferro, é menos veloz que uma aeronave, mas tem a infinita vantagem de sair e chegar dentro da cidade, em vez das gigantescas instalações enfiadas cada vez mais longe chamadas aeroportos. Assim, o trem-bala tem o preço e trata seus passageiros quase como se fosse um avião: além do conforto físico, tem vendedores que cruzam os corredores uma (ou duas? não lembro) vezes durante a viagem e bandejas para alimentação em frente a cada banco (com mapinha do trem):


como essa minha foto saiu meio tremida, roubei outra de um blog japonês.
Espero não ganhar processinho por causa disso:


Cada vez mais acho que fui muito caipira nessa viagem: não tirei todas as fotos que devia, muitas vezes por vergonha. Tipo, não tirei foto do trem quando cheguei nele, mas só na viagem de volta pra Tokyo.
Outra coisa: não tirei fotos da infinidade de uniformes que vi, japonês parece ter uma obsessão com eles: bonitos, limpos, caindo perfeitamente no corpo de quem os veste.

...assim, cada vez mais tenho certeza que eu devia organizar uma vaquinha para vocês me mandarem de novo pro Japão tirar mais fotos. Prometo até comprar câmera nova e melhor com o dinheiro de vocês para isso :]

Enfim, estando lá dentro, não tinha muito o que fazer além de ler, escrever e acompanhar a paisagem lá fora nas exatas duas horas e quarenta e dois minutos de viagem. Fiz isso, e gravei uns videozinhos toscos pra vocês - vejam por sua conta e risco, não fiz cortes, nem pus musiquinha, nem estabilizei as imagens :P

vídeo 1 (47s)


O que tem aqui? - vista da janelinha do trem passando rapidão em alguma cidade japonesa. Lá pelos quarenta segundos foco no comercial da Navitime (explico já) e fico zanzando entre janela e corredor. Vai entender.

Navitime é um software para ajudar a se localizar e andar pelo Japão - tipo o que o Google Maps faz quando você procura direções. Não cheguei a usar, mas via constantemente comerciais pelo metrô, trem e cidade afora: um homem ocidental, vestindo capacete e uniforme de corrida, tipo assim:


Achava que era algum ex-piloto de fórmula 1 fazendo bico lá, tipo o Tommy Lee Jones vendendo café Boss nas máquinas de refrigerante ("Jidouhanbaiki são um dos triunfos.do homem sobre a natureza!" me disse uma amiga nikkei estes dias, me ensinando o nome japonês das benditas maquininhas onipresentes)(em japonês se escreve assim 自動販売機 e acabei de descobrir que existe uma máquina para cada 23 japoneses o.o) mas não, é Ian Moore, um ator inglês vivendo no Japão há anos. Há uma entrevista legalzinha (em inglês) com ele aqui.

vídeo 2 (25s)


O que tem aqui? - uma cidade mais bonita, tunel, cidade, tunel, alguém tossindo, plantações :P

vídeo 3 (2m42s)


O que tem aqui? - começa com minha bagagem nas cadeiras (celular emprestado, fichário-diário e kindle), gero tédio mostrando nada por quase vinte segundos, infarto vocês com minha cara feia aos 0:27, paisagem, estrada, alternadas com vistas da bandeja de alimentos fechada (vai entender, devia ser o sono) e o trem desacelerando para chegar na estação de Gifu-Hashima, logo após um jogo de beisebol. Extra: um defeito especial roxo muito louco que não sei explicar só pra vocês, só sentir.

Eventualmente, apareceu uma vendedora de carrinho (uniforme fofo, minha memória diz que é verde-claro, mas não achei imagens confirmando isso) e comprei uma coca-cola em lata de alumínio:




assim como o Yakult, a besta aqui não guardou a lata como recordação -_-

E logo a viagem chega ao fim, cruzando 513 quilômetros do país:






foto da plaquinha da estação de Kyoto, do lado de fora do trem
e destaquezinho para um tripulante devidamente uniformizado X)


não sou mineiro, mas agora é hora de ver o trem ir embora.



Mapinha da viagem. Como eu estava do lado esquerdo do trem, acabei não vendo o monte Fuji (-‸ლ) #facepalm


Europa 2012
antes de tudo (I)antes de tudo (II) e dali eu passei X)Finalmente em Berlim, mas... vamos falar do metrô? -_-'Berlin, AlexanderplatzIntervalinhocontroladamente perdido.até a Ilha dos Museus (e não entrar lá :P)Back in the DDREntre a ilha e o portão

Japão 2011
Antes: sRViajo ou não viajo pro Japão?Prova do crimePreparação de viagem0
29/04: 1230/04: 345Sobre namorar japonesas no Japão...
01/05: 66 tão esperando ainda?789de ponta cabeça.... mesmo? A verdade revelada!!
02/05: 10


Também viajei mas não falei muito ainda: Peru 2014Europa 2015



Escrever estes posts me gastam um tempo e me retornam em melancolia. Gasto uma noite inteira escolhendo fotos, editando fotos, procurando fotos, resgatando memórias associadas; caçando em sites alheios imagens que faltam e textos explicando melhor que caracas é aquela imagem que selecionei.
Ao menos alguém vai ler no blog, por que os parentes mal se interessaram pelas fotos q tirei quando fui lá. E nas outras viagens também... e depois descobri que não é só comigo XD Viajar é algo foda. Caro, mas vale pela vida.

P.S.: esse foi um texto que pareceu ser pequeno mas foi crescendo e se desdobrando tipo gremlims depois de uma ducha o.o

(The Blue Shield)
Quando Frank Cartelli foi assassinado por criminosos, seu filho, Joe, jurou vingar a morte do pai dando inicio a uma verdadeira guerra contra o crime. Adquirindo um cinturão (de fontes ainda não reveladas) capaz de gerar um campo de força, o rapaz criou um uniforme para ocultar sua identidade e passou a combater todos os foras-da-lei como Escudo Azul. Em sua personalidade normal, ele entrou para o sindicato do crime e, ganhando a confiança de todos, tornou-se braço direito do líder da organização. Sua maior arma é um cinto de força, que amplia as capacidades naturais de seu corpo, tornando-o superforte. O campo protetor, também gerado pelo cinto, é capaz de absorver qualquer impacto de até trezentos quilos. Criado por Tom De Falco em 1981, o Escudo Azul já lutou ao lado de Cristal (veja Cristal) e, no momento, não se tem noticias de suas atividades como super-herói.


Índice: ABCDSobre esse projeto

(Erik Killmonger)
Criado por Don McGregor em 1973, Jadaka foi um terrorista que tentou tomar o trono do Pantera Negra (veja Pantera Negra) e eliminar do reino todos os vestígios da tecnologia implantada pelo herói felino. Quando o Garra Sônica atacou Wakanda, para obter o precioso metal chamado Vibranium (veja Garra Sônica), o jovem nativo foi escravizado e, tempos depois, levado aos Estados Unidos. Conseguindo libertar-se de seus raptores, viveu desambientado no país durante muito tempo, até que, por fim, retomou a Wakanda. Jadaka assumiu então o nome de Erik e iniciou seus planos de conquista. Sem perda de tempo, ele organizou um grande exército de guerrilheiros, aproveitando um período em que o Pantera estava ausente do reino, e iniciou um verdadeiro reinado de terror.


Índice: ABCDSobre esse projeto

Antes de tudo, um papo sério:

Decidi tirar o nome "senzalândia" dessa seção do blog. A "piada" era legal há uns dez anos atrás, relacionar o trabalho à escravagismo e talz, mesmo tendo um erro crasso na associação de idéias - os escravos descansavam na senzala (o termo veio do quimbundo e significa "habitação"), o trabalho era noutros locais (canaviais, por exemplo, como apontou muitos anos atrás uma sumidíssima amiga).
Mas como o tempo passa, de lá para cá passei a ter uma noção do que é escravagismo, de tirar um povo à força de sua terra para fazer outros ficarem ricos, e a brincadeira aos poucos foi amarelando, perdendo a graça, se transformando em incômodo: poxa, eu estou fazendo uma "piadinha inocente" com o sofrimento real de gerações, que tem uma dívida histórica que nem começou a ser paga com os descendentes de africanos .-.
Pior: é comum nesses meus causos eu falar das bobeiras e enganos que ouço e participo no serviço. Indiretamente estou querendo dizer que quem está na senzala vive fazendo bobeiras e se engana? Péssima associação de idéias, Marcelo....
Portanto, mudei "senzalândia" para "trabalhar dá sequelas", o que é uma verdade muito profunda (ui) ao mesmo tempo que é uma piada melhor, sem aspas. Não vou alterar os posts anteriores, não gosto de mudar minha história e minhas burrices tem de ficar lá, expostas, para me lembrar delas. Também não mudarei as tags dos posts pelo mesmo motivo e pra manter indexação... e é só.
Bola pra frente :P


Certo dia, colega estava atendendo cliente que tinha se estressado com a porta giratória:
- Mas tá uma democracia pra entrar nessa agência!!
... e eu tava atrás, olhei sério para ele, fiz aquele sorriso de Klara indo aprontar e:
- Então.... votaram pro senhor entrar aqui? >=)
Ele faz uma cara de espanto por um segundo, mas logo voltou à normalidade e continuou a resmungar da democracia de passar pela porta. Ele não percebeu que estava misturando as palavras. E isso é muito e tristemente normal.


Volta e meia registro esse "idioma alternativo" aqui. Já vi relatos de clientes perguntando como pegar o "avaré", em vez do "alvará". Ou querendo dizer "notificação", me escreve "onestificação"....

Anos atrás, uma ex-gerente estava reclamando de um colega (que graças a Deus mudou de agência, de regional), que vou chamar de Juquinha:
- Eu explico pro Juquinha e ele não presta atenção para o que eu falo, ele não absorve as explicações.
- Mas ele não fica prestando atenção na conversa dos outros?
- Mas não é que você me deu uma boa idéia? Vou começar a explicar pros outros que ele vai prestar atenção e aprender.
Sugeri ela por uma samambaia entre eles e começar a explicar pra samambaia, quem sabe o Juquinha não ficava com ciúmes x)


Várias vezes trabalhei ao lado dele, e em todas as épocas ele distraia de atender o cliente dele e prestava atenção no meu atendimento.
- Olha pra frente, Juquinha!
E ele imediatamente voltava à programação (a)normal.


Noutra época, outra gerente, mudaram ele de setor e ouvi o seguite diálogo:
- Juquinha, você mudou de andar por que tua gerente lá embaixo estava grávida e não podia se estressar.
- ...obrigado, hein...
- Sinceridade, esteja a disposição. >=)
Essa mesma gerente, uma vez olhou pra mim e disse:
- Vou matar o Juquinha!
- Se quiser matar, vai ter de entrar na fila.
- Vou não, estou grávida, sou preferencial.
Trapaceira :P

Nota: "trabalhar dá sequelas" é uma coleção de pequenas cenas e abobrinhas, com um tico de maquiagem às vezes, que acontecem no meu emprego :P

Trabalhar dá sequelas 2016
20102011-20132014201536: problema dos papel37: eu, avatar do bom-humor.38: é pra assinar?39: suicídio do governo40: extrato o quê????

(The Green Goblin)
Norman Osborn era um industrial que conseguiu grande fortuna através de negócios ilícitos. Na medida em que ia enriquecendo, mais e mais ele abandonava sua esposa e filho, o que acabou criando sérios problemas psicológicos no menino Harry. Após a morte de sua esposa, Norman foi se tornando desiquilibrado mentalmente, até que, por fim, resolveu criar uma outra identidade, a do vilão Duende Verde, e assumir o comando do crime em Nova Iorque. Combatido inúmeras vezes por seu arqui-inimigo, o Homem-Aranha, Norman descobriu a identidade do super-herói. Tempos depois de ter ingressado na universidade, o Aranha ficou conhecendo o filho de Norman e, algum tempo depois, também acabou descobrindo a identidade do Duende Verde. Criando um choque emocional no vilão, o herói aracnídeo fez com que ele se esquecesse do seu alter ego maligno e Norman passou a viver como um homem normal. Vez ou outra, contudo, ele tinha uma recaída e tornava a assumir o papel de Duende Verde. Numa dessas ocasiões, Norman raptou Gwen Stacy (veja Gwen Stacy), namorada de Peter Parker, e causou sua morte. No dia seguinte, lutando contra o super-herói, o vilão acabou perdendo a vida, vitima de seu próprio mini-jato que, desgovernado, atravessou o peito do criminoso com uma de suas pontas. Criado em 1965 por Stan Lee, a morte do Duende foi chocante para seu filho, Harry, que acabou perdendo a razão e assumindo a mesma identidade maligna do pai (veja Harry Osborn).


Índice: ABCSobre esse projeto

(Doctor Petrie)
Renomado químico e companheiro de Sir Denis (veja Denis Nayland Smith) na luta contra Fu Manchu, o Dr. Petrie foi raptado pelo mandarim chinês e substituído por um andróide feito a sua imagem, para servir como teste de lealdade a Shang Chi (veja Mestre do Kung Fu). Criado pelo escritor inglês Sax Rohmer, mais tarde, Shang Chi e Sir Denis descobriram-no vivo e sofrendo torturas no laboratório do vilão chinês. Salvo pelos companheiros, Petrie passou a combater Fu Manchu novamente. Porém, sem que ninguém soubesse, o mandarim havia feito uma lavagem cerebral no pobre homem, para que este agisse como seu agente em meio ao serviço secreto inglês. Felizmente, o plano foi descoberto antes de ter consequências drásticas e Petrie foi submetido a uma ampla terapia de descondicionamento. Até o momento, porém, ele ainda não está de posse de sua plena capacidade mental.


Índice: ABCSobre esse projeto

  1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35  

Find recent content on the main index or look in the archives to find all content.

Pages

Powered by Movable Type 5.13-en