Results matching “rap”

• Até o Fim (de Eric Peleias, Gustavo Borges, Michel Ramalho) - "Um grupo de amigos sofre um acidente de carro e uma deles tem até o sol nascer para escolher um destino adequado para os outros e voltar a vida". Peguei esse gibi numa promoção, sem esperar muito, e foi o que recebi: uma HQ nacional bem desenhada, com um roteiro bem conduzido e personagens simpáticos - mas nada muito além disso.
Ok, tem umas reviravoltazinhas espertas na história e a escolha de colorir a revista toda em tons de azul foi arriscada - funciona para dar o clima de limiar entre vida e morte, noite e dia - mas faltou ousadias maiores, e o tema da HQ é daqueles que dá muita margem pra isso.
# Veredicto: vale uma leitura, se achar com preço em conta.
# Bom: a história flui, o acabamento físico da revista é excelente.
# Mau: o uso de capa dura certamente encareceu o produto, mas duvido que conseguiria espaço nas livrarias se usasse capa cartão.
96 páginas • R$39,90 • 2017 • veja no site da editora

Ragnarök (de Walter Simonson) - Quando era menino e lia gibis de super-heróis da editora Abril, achava o Thor um personagem insosso. Numa época em que se publicava, por exemplo, X-Men e Novos Titãs em seu auge, as melhores histórias que li do Deus do Trovão eram bem medianas, bem burocráticas. Pros meus primórdios de gibi, ele era tipo um figurante de luxo nos diversos mixes editorais e nas equipes super-heróicas, um personagem que não faria falta se sumisse, o chamado "dedinho do pé".
Mas isso mudou quando descobri a fase escrita e desenhada pelo Walter Simonson. Confesso que peguei o bonde andando, depois de comprar um gibizinho (sim, era na época que os gibis eram pequenos) na banca após um dos meus hiatos longe dos quadrinhos por falta de $$. E, assim que li algumas das histórias, vi que estava com um material diferenciado e fiz questão de sair caçando as edições anteriores nos sebos para acompanhar religiosamente até o final: apesar de mais conhecido como desenhista, Simonson soube escrever o filho de Odin, dar personalidade a cast de personagens secundários, transformar Asgard e arredores em lugares interessantes, eu sentia que ali era um fã colocando a alma no trabalho, um profissional que pesquisou a mitologia nórdica e a reescreveu para aproveita-la da melhor forma para as histórias que queria contar. Além de uma boa surpresa como roteirista, é um desenhista estabelecido, com traço estilizado pessoalíssimo, que sabia diagramar e a rara arte da tipografia.
(e em certa altura, Walter passa a arte para Sal Buscema, um artista da velha guarda que eu não via graça - ele trabalhou trocentos anos com o Hulk antes, num encadeamento besta de histórias que tem lá seus fãs - mas que pareceu ter ganho vida nova no novo trabalho, mais expressividade até: milagres que um bom roteiro faz)
Enfim, Thor deixou de ser um genérico oxigenado do Superman (ser que veio de outro mundo, que voa e tem superforça, uma fraqueza, identidade secreta e um triangulo amoroso envolvendo suas duas identidades e uma bela mulher que trabalha com ele) com fala empolada para se tornar alguém. E mesmo quando virou sapo (é!!), era um personagem legal. Mas... tudo que é bom termina, Walter Simonson terminou seu run de forma épica, entregou o personagem para outro profissional e a magia acabou. E para mim, o personagem acabou ali.

Sim, esse foi um texto de fã, que gastou uma boa grana quando saiu um encadernado com todas as histórias em inglês do Thor do Walter Simonson - originalmente publicadas entre 1983 e 87 - e não se arrepende nem um pouco disso.

Mas, vamos falar da revista que supostamente estou resenhando aqui:
Em 2014, em outra editora (a IDW) Simonson começou a escrever e desenhar uma história em que Thor desperta de um longo sono, com aparência de um zumbi sem mandíbula, eras depois do fim de todos os deuses e do próprio reino de Asgard... e não, não é o personagem da Marvel que ele trabalhou uma vida atrás, mas é impossível não relacionar Ragnarök como uma continuação, mesmo que "espiritual" ou "moral" do mesmo personagem. O clima é outro, mas o universo é o mesmo, o traço e autor são o mesmo. Minto: o traço está melhor, além da colorização estar estupenda :) E o roteiro está bem amarrado, com algumas reviravoltas e personagens secundários sendo construídos no ritmo certo.

# Veredicto: se você conhece o trabalho anterior, compre sem medo. Eu li com sorriso de orelha à orelha e aguardo as próximas edições - quando saírem. Se não conhece, recomendo também (lembrando que é uma história mais ou menos fechada, há um segundo volume a ser lançado em breve e foi anunciado um terceiro nos EUA) e sugiro que procure as histórias antigas: não vão mudar tua vida, mas são diversão honesta e bem escrita :)
# Bom: já não elogiei demais? Achei legal a construção do arco de Brynja, a elfa negra (pensei que cairia no plot batido de "personagem legal mas com obrigação moral de fazer algo terrível para um personagem que gostamos", e vira outra coisa) e a cena em que os mercenários tentam matar Thor e e eles que são mortos: um a um, seus rostos são riscados como se fosse uma planilha em quadros a parte pela página, é muito bem bolado :D
# Mau: história curta e infelizmente não é diretamente relacionado ao seu Thor dos anos 80.
164 páginas • R$79,90 • 2017 • veja no site da editora

P.S.1: enquanto eu escrevia o texto acima, saiu o segundo volume :DDD
P.S.2: pros mais curiosos, a fase dos anos 80 saiu no Brasil pelo menos três vezes:
1) está sendo anunciada uma coleção de luxo em três volumes com um preço meio salgado.
2) uns dez anos atrás saiu tudo em cinco revistas pela Panini, formato americano, mas o preço no mercado de usados tá pra lá de abusivo. Se fosse investir numa coleção nacional, comprava a coleção acima.
3) e, se você não se importa em HQs com cortes de páginas, texto resumido, colorização simplificada, tamanho reduzido e muita, mas muita nostalgia, você pode caçar os formatinhos da editora Abril, que são relativamente abundantes nos sebos. Só que o run do Simonson está bem espalhado:
Heróis da TV 101 a 111;
Superaventuras Marvel 76;
Thor (mini-série em 6 edições);
Superaventuras Marvel 83-85, 88-91, 101-107*;
• (* Entre as edições de Superaventuras Marvel 106 e 107 os encadernados costumam encaixar a mini-série de Balder, desenhada e escrita pelo Simonson. Saiu por aqui em: Superaventuras Marvel 89, X-Men 25-27);
X-Men 32-33 (parte de um crossover com X-Men e outros personagens, mas dá pra entender o que acontece sem sair do personagem)(mas já que tá com as revistas na mão, pq não ler tudo? :P O arco inteiro chamado "Massacre de Mutantes" saiu entre as edições 31-34 da então revista dos X-Men;
Superaventuras Marvel 111-112;
• e tudo conclui em Superalmanaque Marvel 4. Existem algunas referências internas a algumas histórias externas, mas dá pra entender sem elas, até melhor assim.

[e eu achando que esse guia ia ser simplezinho de fazer....]

Multiverso (de Grant Morrison) - Grant Morrison é um autor de quadrinhos que respeito na mesma medida que o acho superestimado: ele é parte genial, parte alguém que escreve sob efeito uma overdose de cogumelo estragado e parte disco riscado, insistindo em algumas temáticas sempre e sempre. Tá, não sou profundo conhecedor do escocês careca, mas toda obra dele que chega às minhas mãos corrobora o que digo - e Multiverso consegue ser tudo isso em um pacote só. E "pacote" meio que serve para definir esse gibizão, já que é um conjunto de histórias praticamente soltas, amarradas por um fiapo de trama:
• na primeira história, O Lar dos Heróis, somos apresentados à um início típico de mega-saga: são nos mostrados os personagens, os vilões (gostei deles!), cenários, o perigo que vão enfrentar. Tem algumas doses de metalinguagem muito interessantes, e... termina com um gancho para a próxima história...
• ...que não é a seguinte do volume. Sociedade dos Obstinados Super-Heróis é uma boa história sobre uma batalha de anos entre heróis e vilões, em que o mal está vencendo, e que um a um dos mocinhos quebra o voto de não matar. Termina com um gancho para a próxima história...
(ah, esqueci de comentar: praticamente todas as histórias são com versões alternativas de personagens clássicos da DC, acho que nenhum do universo "padrão" aparece)
• #TerraEU é um mundo onde os descendentes dos heróis mantém o legado dos seus pais, mas é um mundo onde os personagens são fúteis, os jovens estão mais interessados em aparentar do que merecer os dons que tem (flecha!), os adultos ficam repetindo glórias passadas. Parece muito as redes sociais :P Também termina com um problemão fatal para uma história seguinte, e gostei muito do jeito sem pressa em que ambiente e trama são construídos.
• o segundo maior problema de Pax Americana é ter um desenhista ruim que só é elogiado por ser protegido pelo campo de distorção de realidade que também beneficia o Morrison. O maior problema é que seria genial se não tivesse escalado usando escada rolante um monumento dos quadrinhos chamado Watchmen e levantado uma plaquinha lá em cima "olha, mãe, cheguei mais alto". Aqui há muita idéia legal em diagramação e construção de história, metáforas sobre processo criativo (cachorro!), mas tem muitas alfinetadas entre "magos", inclusive na escolha dos personagens. Ao contrário das histórias anteriores, o final é relativamente fechado, mas deixa trocentas pontas soltas para o futuro.
• "Capitão Marvel e o dia que nunca existiu" é fechadinha, tem um recurso no enredo que é bobo e genial ao mesmo tempo, típico de quando as histórias eram mais inocentes. Diversão das boas e uma das minhas preferidas aqui =)
• O Guia do Multiverso é uma história que tenta explicar a estrutura dos universos da DC, inclusive mostra um guia dos 52 universos da editora. É a história mais relacionada com a primeira do volume (além de ter personagens da história anterior) e termina com uma cena de "continua no próximo episódio" básico.
• E se em vez de uma cidadezinha no Kansas, o foguete que veio de Krypton trazendo o jovem Kal-El tivesse caído num território ocupado pelos nazistas em plena Segunda Guerra? Em O Fim do Explendor, temos Hitler cagando e gritando com um subordinado, temos um Super-Homem décadas depois arrependido de ter construído uma utopia em cima de cadáveres (entre outros arrependimentos), temos um Tio Sam terrorista tentando recuperar seu país do jugo dos (super-)nazi, nem que tenha de matar uma metrópole para isso. Merece palmas por tirar algo novo e pertinente em um dos temas mais batidos da ficção :P
• Então finalmente aparece Ultra Comics, a revista dentro da revista, citada em praticamente todas as histórias até agora. Tem mais metalinguagem ainda, personagem quebrando a quarta parede e... sabe o cogumelo estragado que falei lá em cima? Então, aqui ele desandou, a magia virou chacota e, realmente, siga a sugestão da capa: você não deve ler este gibi. Dê valor (ao tempo perdido d)à sua vida, salve o mundo (começando pelas árvores).
• E Justiça Encarnada encerra o volume, fechando a primeira história e tudo o mais. Depois de uma primeira história instigante seguida de várias idéias de qualidade superior, o autor que desenvolveu mundos e personagens centenas de páginas antes parece não estar mais aqui. O final é burocrático, confuso, praticamente anticlimático - e isso tem muito de Grant Morrison também.

# Veredicto: é um mostruário de idéias muito loucas, tem ouro aqui. Só falta acharem um escritor para usa-las.
# Bom: em várias das histórias, imaginação e técnica sendo exercitadas de forma intensiva. Dá até para ver a barriga tanquinho nelas.
# Mau: um monte de ganchos abertos que nunca mais continuarão :P E em muitos momentos um autor escrevendo para o umbigo, provavelmente os cogumelos são criados lá.
484 páginas • R$125 • 2017 • veja no site da editora

P.S.3: para os não iniciados em quadrinhos, tanto Grant Morrison, quanto Alan Moore (autor de Watchmen) são magos e não se bicam. Ou, ao que me parece, o primeiro fica provocando o primeiro para tentar escalar na fama do segundo, que tá de saco cheio disso. Por isso falei em "alfinetadas entre magos" :P


ìndice de resenhas e movimentações da minha estante:

(Firebrand)
Filho de Simon Gilbert, um dos diretores das Indústrias Stark, Gerry Gilbert sempre condenou a brutalidade do pai, sua desenfreada ambição e tudo que ele representava: o capitalismo selvagem e inconseqüente. Desde muito jovem, Gerry demonstrava sua revolta contra o Sistema, participando de movimentos e passeatas de protesto. Contudo, segundo ele próprio, isso não levou a nada. Fazendo uso de seus conhecimentos de Química, o rapaz construiu equipamentos que o permitiram voar e lançar chamas pelas mãos. Ele, imediatamente, assumiu o nome de Inferno e se tornou um terrorista conhecido em todo o país, devido a seus atos de sabotagem contra a empresa onde seu pai trabalhava. Sem saber que Inferno era seu filho, Simon contratou-o para destruir as Indústrias Stark e se vingar de Tony, que o havia impedido de tomar o controle total da empresa. O destino, porém, não colaborou com os planos de Gilbert - ele acabou morrendo durante o confronto entre Inferno e o Homem de Ferro. Criado por Archie Goodwin em 1969, o vilão incandescente foi preso e passou a culpar o Homem de Ferro pela morte de seu pai.


Índice: ABCDEFGFHSobre esse projeto

Bom, vamos fazer uma atualização rápida porque preciso escrever :P Mas duas notas
1) andei lendo bem poucos livros, nos últimos meses andei diminuindo a pilha de leitura de gibis.
2) ...ando comprando bem mais que leio. Inclusive, quem acompanha meu instagram vai perceber que demorará pra esta sessão do blog estar 100% atualizada com meu consumo de livros :P

Últimas Leituras:
E se?, Randall Munroe - perguntas absurdas respondidas cientificamente, mas com muita margem pro absurdo. Quando comecei a ler pensei "assim que terminar, coloco a venda"... e quando fechei, já estava convencida que o livro vai morar na minha estante pra sempre. Recomendado!
Ah, pra quem sabe inglês, muitas das perguntas vieram daqui :)
Terra de Histórias - A Odisséia de um Escritor, Chris Colfer - a série já pulou o tubarão faz tempo, mas só falta um volume para acabar, então vou encarar. Não foi uma leitura ruim, teve até idéias e divagações boas, mas perdeu o foco e também está perdendo tramas e personagens legais.



Últimas Mais Algumas das Últimas Compras:
Ninguém Nasce Herói, Eric Novello - o Eric é um dos melhores autores nacionais que conheço (e até converso às vezes) e esse é um de seus últimos livros. É o próximo livro na minha pilha de leitura, e quero ver se finalmente quebro a maldição de nunca conseguir resenhar um livro dele direito :P (só fiz isso uma vez, muuuuuuuuuito tempo atrás, e fui bem mais ou menas na resenha)
A Bandeira do Elefante e da Arara, Christopher Kastensmidt - na era das Colônias, Gerard van Oost e Oludara exploram o Brasil, encontrando seres de nosso folclore! Li alguns contos na coleção "Dupla Fantasia Heróica" e é um material divertido, bem escrito que aproveita um de nossos tesouros mais desperdiçados =) O livro reúne os contos anteriores e material novo, era claro que eu ia levar :D
Espada da Galáxia, Marcelo Cassaro - gostando ou não do estilo do autor, todo mundo vai concordar que ele tem uma biografia invejável: co-criador do mundo de RPG mais bem sucedido do país, uma HQ que durou 40 números em banca, roteirista de incontáveis HQ, etc etc. Daí minha curiosidade com esse material, que foi reeditado com alterações do proprio Cassaro há alguns anos.
História da Vida Privada 4, Philippe Ariès e Georges Duby - "porque você está comprando uma coleção, ela é uma obra de referência, não é pra ser consumida como uma trilogia", uma pessoa tosca* me disse uns anos atrás. Tosca porque eu sabia bem o que estava comprando - ler sobre História é legal, aprendo e ganho idéias de brinde :) Só preciso achar os volumes que me faltam com um bom preço pra levar e devorar :D
(* não acredito em horóscopo, mas tenho certeza que sou de escorpião)
Frankenstein, Mary Shelley e Drácula, Bram Stoker - li estes clássicos eras atrás, me desfiz dos livros, recomprei e pretendo relê-los. Na época, tinha gostado mais do livro do monstro tão incompreendido que leva o nome do criador e todo mundo acha que é o nome dele.
Contos de Imaginação e Mistério, Edgar Allan Poe e Odisséia, Homero - dois lapsos enormes na minha formação, preciso corrigir ASAP.


ìndice de resenhas e movimentações da minha estante:

A Balada de Halo Jones é uma HQ de Alan Moore que foi publicada no Brasil duas vezes, a primeira em 2003, pela Pandora Books e mais recentemente em 2015, pela Mythos.
Apesar da nova edição ser mais bonitona visualmente (tamanho maior, capa dura, etc), ela não contém as introduções para os três "livros" que compõem a HQ. Assim, gastei algumas horas de 2017 e 2018 fotografando o texto, passando as imagens por um processo de OCR e corrigindo os milhões de erros para colocar aqui no blog e deixar disponível para os fãs do barbudo que não estão afim de ter duas cópias do mesmo gibi só por causa de três textos :P

Mas antes, aproveitando a oportunidade, queria informar que corrigi as imagens quebradas do texto do Moore sobre escrever para quadrinhos - culpa do Photobucket, que tenta se matar de forma inglória - e dei o crédito da tradução à Fernando Aoki.

E, para encerrar, a tradução dos textos a seguir são de Cyntia Palmano, espero não estar procurando encrenca colocando estes textos na rede e clique aqui para ler uma resenha legal sobre essa história em quadrinhos, caso não conheça (e que, na minha opinião, vale a pena conhecer).







Página 4
Raquel: !!
Página 5
Raquel: Sou tão bestona
Raquel: De repente errei de andar, ou de corredor e...
Raquel: Que!?
Raquel: Fujo daqui desesperada ou continuo?
Página 3
Raquel: Suspiro...
Raquel: Eu não deveria estar dando estes passos adiante...
Raquel: A reação normal para fatos assim é dar meia volta...
Raquel: Correr sem parar até a minha mãe...
Raquel: Mas mamãe não ia gostar se eu fizesse mais um ano de cursinho.
Raquel: Quinhentos e trinta e nove!!
Raquel: É aqui o quarto!

A história até agora: Vestibulanda que passou em nenhum dos cursos para qual prestou, Raquel recebe uma misteriosa carta que a leva até a cidadezinha de Gádira, onde fica a misteriosa "Universidade O.M.N.I." Chegando na cidade, ela e outros jovens são recebidos por Mário, que se diz funcionário da Universidade, os leva até lá e lhes dá chaves de seus alojamentos, dizendo "guardem a bagagem no quarto de vocês e daqui meia hora um guia os levará para conhecer todo o campus". Raquel entra no prédio dos alojamentos e descobre que o quarto dela não existe! O corredor termina abruptamente antes de chegar no quarto 539... [cliquem aqui para lerem as páginas anteriores]

Raquel é uma história em quadrinhos, escrita por mim e desenhada pelo Miguel Jacob. É o "remake" de uma história que já fiz mais de uma vez, mas dessa vez pretendo que seja a definitiva, em livro e em quadrinhos! :)
parte 1parte 2

Uma coisa que odeio é quando entro em "dessintonia" com minhas histórias: as tramas não andam, os personagens não atuam e nem tenho tempo/vontade de encarar o escrito para empurrar a pedra mais pra cima.

Aí acaba sendo mais recompensador arrumar alguma das minhas infinitas bagunças: domingo passado decidi mexer uma das prateleiras de minhas estantes, que tem uns livros bastante pesados. Fiz caixas de papelão para guarda-los de dois em dois, fiz calços para as páginas (por causa do peso, é arriscado o volume entortar pra frente e estragar a lombada...). Também tirei a poeira... e quando vi, já era tarde da noite e acabei não fazendo newsletter.

Mas não tinha muito o que falar. O mundo tá pegando fogo, mas é tanta bala zunindo em torno da gente que não temos tempo de articular qualquer reação. Qualquer texto que eu escrever vai terminar datado (porque os fatos são rápidos), superficial (qualquer pum em 10 minutos se torna algo de complexidade logarítmica que cresce exponencialmente) ou vira um textão tão grande que ninguém lerá. Nem eu, então será um textão cheio de erros de revisão :P

No blog fiz um texto sobre tirar fotos da lua com câmera digital (uma gambiarra que descobri :P) e o pouco que sei sobre seus elementos geográficos:


"Fotografando a vizinha branquela e a conhecendo melhor"

Ficou bobinho, mas gostei muito de tê-lo feito. Quase tive impulso de fazer posts sobre a topografia de outros mundos, assunto que acho legal e to juntando informação praticamente desde meus primeiros dias de internet, lá no milênio passado =p

E, depois de sofrer com doença (e perda) do Eibl ano passado, passado o depósito do doutorado, namorada adotou novos chinchilas: Faq e Kuro :)

Ei, quer receber tirinhas e páginas de Raquel no conforto do teu e-mail, muito antes de eu publicar no site? Cliquem aqui e preencham este formulário :D




Página 10
Raquel: Logo chegamos ao campus
Raquel: Grande...
Raquel: Arborizado, com vários prédios espalhados entre o verde....
Raquel: Tudo parecia lindo, novo e perfeito.
Raquel: Como nunca tinha ouvido falar daqui antes??
Mário: Chegamos no conjunto residencial... Vocês descem aqui.
Mário: Peguem as chaves dos seus alojamentos, guardem a bagagem no quarto de vocês...
Página 11
Mário: "...daqui meia hora um guia os levará para conhecer todo o campus.
Mário: Bom dia e até mais tarde."
Raquel: E assim como chegou...
Raquel: ...ele se vai
Raquel: Soltando três estudantes numa terra estranha...

A história até agora: Raquel está em um ônibus, relembrando a misteriosa carta que a leva até a cidadezinha de Gádira, onde fica a misteriosa "Universidade O.M.N.I."
Chegando na cidade, ela e outros jovens são recebidos por Mário, que se diz funcionário da Universidade e os leva até lá...

(Raquel é uma história em quadrinhos, escrita por mim e desenhada pelo Miguel Jacob. É o "remake" de uma história que já fiz mais de uma vez, mas dessa vez pretendo que seja a definitiva :))

Um dos sites em que publico as tirinhas em inglês, o The Duck (tá, esse "o" ficou estranho, já que a tradução fica "o O Pato", é tipo falar que "sou rápido como o The Flash"...) elegeu Mushiíces como a "melhor tirinha com protagonistas crianças". Eu to besta até agora com isso *-*

Por sinal, no longínquo ano de 2001 (ninguém aqui era nascido ainda :P) a votação em um site me colocou em 3º lugar como melhor roteirista e melhor HQ online (Raquel, em sua segunda encarnação). Fazendo as contas rapidinho, ambas as votações deviam ter só três candidatos, mas ser citado em tempos pré-rede sociais já foi uma vitória imensa. Tanto que demorei quatro anos para descobrir que existiu essa votação o.o'

Fim do ano passado, li uma série de livros, a trilogia WondLa (preciso resenhar), escrita e ilustrada por um dos melhores desenhistas que conheço, Tony DiTerlizzi. Confesso que comprei sem esperar muito, afinal, era um desenhista escrevendo, e a série me surpreendeu positivamente: tem alguns problemas por ser escritor iniciante, mas construção de mundo, personagens, etc, muito bem feitos. E, depois de ter lido os três livros, soube que a cada livro lançado, ele tinha feito um livretinho com rascunhos dos personagens, lugares etc. Claro que eu quis! Mas não achei a venda em canto nenhum da internet.... e acabei perguntando pro próprio autor como conseguir.
Não é que ele me manda os livretos autografados??? :D Isso fez meu dia por vários dias seguidos :DDD

Na medida que acho legal que um autor é atencioso com seu público, é triste como várias séries legais (de livros, de HQs, de desenhos animados, seriados etc) não tem o devido reconhecimento. Não precisam estourar como Harry Potter ou Jogos Vorazes, mas seria mais justo se mais gente conhecesse ao menos. Eu que não consumo muitos livros/HQs porque sou lerda pra ler conheço várias pérolas que pouca gente ouviu falar, tipo WondLa mesmo, ou a brasileira Rani do Jim Anotsu. =/

1) Falando em WondLa, fiz uma fanart da personam principal da série, Eva Nove, para agradecer os livretos. A arte simplezinha está aqui ^^
2) Ano passado encomendei uma estátua de Raquel e Catarina pela pra lá de talentosa MDDragons. Estes dias ela postou no facebook mais fotos das duas prontas (com direito a link para as minhas histórias). Vão lá e prestigiem o trabalho dela :D
Por sinal, se quiserem conferir Klara e Maria por ela, livremente inspirado nesse desenho meu, entrem aqui :D


3) no meu blog fiz uma postagem falando basicamente que é "raro menino arriscar usar algo feminino, quando as meninas praticamente não tem neurose quanto a isso"
4) também no blog outra postagem em cima dessa pixação que vi na Paulista, ano passado:

...óbvio que concordo, e muito, com a frase ò_ó
5) e, pra finalizar, fiz a resenha de três HQs (além de por uma lista parcial dos livros que andei comprando e lendo):

• a curtíssima Culpa, da citada acima Cristina Eiko.
Nimona, da gringa Noelle Stevenson e
American Flagg!, de Howard Chaykin.

Ei, quer receber tirinhas e páginas de Raquel no conforto do teu e-mail, muito antes de eu publicar no site? Cliquem aqui e preencham este formulário :D

(Iceman)
Robert Drake nasceu com a capacidade mutante de congelar mentalmente a umidade do ar. Ele tomou consciência oe seus poderes ainda na infância e revelou seu segredo apenas para os pais. Quando atingiu a adolescência, um incidente com um assaltante forçou-o a usar suas habilidades em público: o que assustou muito os supersticiosos habitantes de sua cidade. Como resultado, eles quiseram linchar o rapaz. Para proteger Drake, o xerife do local colocou-o sob sua custódia. Tomando conhecimento do ocorrido, o professor Xavier, organizador da Escola para Jovens Superdotados (veja Charles Xavier), enviou seu primeiro aluno, Ciclope (veja Ciclope), para falar com Drake. O X-Man tirou o mutante da cadeia onde estava sendo protegido e ajudou-o a escapar dos que queriam linchá-lo. Foi só então que o Professor X apareceu e o convidou a entrar para sua escola. Os pais de Drake permitiram que ele fosse com Xavier e consentiram que este apagasse da mente do jovem tudo sobre seus poderes mutantes. O professor fez o mesmo com a mente de todos os que moravam na pequena cidade. Depois de receber o nome de Homem de Gelo, Bob Drake tornou-se o segundo aluno da superescola, bem como o segundo membro dos X-Men originais (veja X-Men). Criado por Stan Lee em 1963, ao deixar o supergrupo de mutantes, Bob Drake uniu-se aos Campeões e permaneceu com os heróis até a dissolução da equipe.


Índice: ABCDEFGSobre esse projeto

• Culpa (de Cristina Eiko) - Um livretinho de poucas páginas, formato A6 para a série Ugritos da Ugrapress. É o tipo de história começa fofa e termina... sendo juz ao título da história.
# Veredicto: leitura rápida, mas vale :)
# Bom: a edição é caprichadinha, tanto fisicamente (papel bom, plastico envolvendo a edição), quanto na arte e roteiro.
# Mau: é rápido. Quando você começou já terminou.
20 páginas • R$ 7 • 2017 • revista no site da editora

American Flagg! (de Howard Chaykin) - Nos anos 80, mais que hoje, os quadrinhos gringos eram dominados pelas duas "majors" (Marvel e DC). Mas, mesmo nessa que foi uma das épocas mais áureas das duas editoras, haviam artistas e editoras independentes que conseguiram lugar ao sol, com fãs fiéis e elogios da crítica e... que por motivo ou outro ($$) nunca acabei lendo mas sempre tive curiosidade de conferir o material.
Óbvio, senão eu não escreveria o parágrafo acima, que American Flagg! era uma desses casos: publicada originalmente em 1983 nos EUA (a série durou 50 edições), e umas poucas tentativas no Brasil entre os anos 80 e 90, se passa num daqueles futuros que quase estão virando passado: em 2031, após uma grande econômica, os Estados Unidos são uma sombra do que eram (e o governo se mudou para Marte), a União Soviética está em frangalhos por causa de insurreições islâmicas, o Brasil é uma superpotência etc, o ator Reuben Flagg perde o emprego na televisão (ele é substituído por um holograma dele mesmo, bem mais em conta :P) e se torna policial no Plexmall de Chicago (Plexmall seriam tipo gigantescos shopping centers onde a população vive nessa época), etc etc.
O mundo de AF é bem construído, com suas peculiaridades e o roteirista/desenhista vai nos apresentando aos poucos o que é aquele mundo e o que está por detrás dele, só que... desculpem, não gostei. A arte do Chaykin é acima da média, algumas páginas tem composições lindas, mas os personagens raramente são desenvolvidos para me importar com eles ("hã, personagem X voltou? Mas ele apareceu antes mesmo? Não me lembro...") e algumas subtramas são confusas, talvez por eu ter perdido o interesse na história lá atrás, talvez por ter lido numa sentada só uma história feita para se ler aos poucos, em 12 partes mensais.
# Veredicto: se você gosta de clichês de FC dos anos 80 (eles não são ruins), personagens sem pudores de falar palavrão, muita ação, personagens sexy que não tem medo da censura (apesar de não ter nada explícito), American Flagg! é pra você :) Só aviso que esse é o primeiro arco do personagem e muita coisa fica em aberto.
# Bom: worldbuilding e Raul, o gato falante e hacker =p
# Mau: personagens sem carisma, e a arte de Howard Chaykin é foda, mas meio "dura" às vezes (fora a mania dele repetir visual de personagem em cada gibi que faz....)
392 páginas • R$ 99,90 • 2015 • revista no site da editora

Nimona (de Noelle Stevenson) - Lorde Ballister Coração-Negro é um vilão, e cet dia uma garota chamada Nimona bate em sua porta para ser sua assistente contra Sir Ouropelvis e a Instituição. Ele reluta no início, mas ao ver que ela é uma metamorfa, a aceita e assim a história começa.
O enredo não entrega muito no começo, e também não é lá muito complexo, mas tem várias subversões, tem cenas de ação (o traço simples da autora não ajuda aí, mas quem se importa, é justamente a estilização escolhida que dá o clima da história), tem cenas de dia a dia, de personagens se importando com os outros, ou simplesmente não querendo falar de coisas que os incomodam, e - é claro - reviravoltas :)
# Veredicto: uma das melhores leituras que tive no semestre passado (não que eu tenha lido tanto assim)
# Bom: a simplicidade de roteiro/arte/personagens, mas assim mesmo distorcendo de leve os clichês. Outra coisa digna de nota é o "mundo" da história, mas simples, com complexidade potencial e talvez melhor apresentado que o de American Flagg!
# Mau: nada me irritou especificamente, mas o adjetivo "simplicidade" é uma faca de dois gumes: alguns personagens podiam ser desenvolvidos melhor, algumas cenas podiam ser melhor compostas, algumas estruturas narrativas batidérrimas podiam ter sido trocadas por algo diferente.
276 páginas • R$ 49,90 • 2016 • revista no site da editora


ìndice de resenhas e movimentações da minha estante:

2017 está cheio de pontos negativos, e não ter atualizado essa seção é um deles. Faz tempo que não atualizo o E/S que quando eu fiz da última vez eu era praticamente outra pessoa :P

Mas vamos que vamos, a meta é manter uma frequência aqui e depois dobrar a meta, como diria minha saudosa ex.

Últimas Leituras:
O Baronato de Shoah – A Máquina do Mundo, José Roberto Vieira - mundo legal, dá um puta cenário de RPG. Mas não curti a história e personagens, o que é uma pena :| O Zero é um cara legal e eu sou uma pessoa bem chata nos meu gostos - tanto que as pessoas não gostam do que eu gosto, geralmente. Portanto....
Lugar Nenhum, Neil Gaiman - gostei. Personagens e mundo interessantes, mas dá para sentir no livro o "peso" de ter sido escrito originalmente como roteiro para uma mini-série para a televisão.
A Fonte Âmbar, Ana Lúcia Merege - demorei tanto pra atualizar aqui que até já fiz resenha desse livro (junto com os outros dois volumes da série)
Os Feiticeiros da Luz, Greice Martinelli - outro livro nacional de gente boníssima que não curti tanto - mas por causa da demografia: bruxos, ok, profecias e inimigos foda, ok, romances, flertes e cenas calientes, ñããããããõ, não faz meu paladar :P (P.S.: to devendo mandar meus comentários pra autora...)

Últimas Compras & Leituras:
(demorei tanto que tem livro que chegou e já foi consumido :P)
Terra de Histórias - Além dos Reinos, Chris Colfer - definitivamente foi o livro mais fraco da série até agora. Vilão sem carisma, personagens desperdiçados, uma cena ou outra legal. Talvez o livro esteja amaldiçoado por ter vindo de uma livraria que fechou :|
Em busca de WondLa; Um herói para WondLA; A Batalha por WondLa, Tony DiTerlizzi - confesso que comprei a série por causa do autor, um excelente desenhista de animais fantásticos (os jogadores de Advanced Dungeons and Dragons devem conhece-lo do velho Manual dos Monstros), e me surpreendi positivamente: a história é morna em alguns pontos, mas os personagens são cativantes e o mundo de Orbona é um dos lugares mais fantásticos que já li.
Assim se formou a Bíblia, Diego Arenhoevel - eu tenho vários fracos, um deles é formação do texto bíblico. Livro bastante didático sobre a formação do Antigo Testamento, escrito lá pelos anos 70 (comprei num sebo, inclusive). A primeira vez que eu o li, explodiu minha cabeça =)




Últimas Algumas das Últimas Compras:
O Lado Sombrio dos Contos de Fada, Karin Hueck - outro fraco meu são contos de fada. Vamos ver se vale =]
A História de Kullervo, Tolkien - depois da última compra, decidi caçar os livros que faltam da bibliografia do autor dO Senhor dos Anéis. Depois disso, só vai faltar ler :P
A Bela e a Adormecida, Neil Gaiman e Chris Riddell - Gaiman, contos de fada, diversidade. Não tem como dar errado, assim espero :PP
A História de Sua Vida e outros contos, Ted Chiang - cara, A CHEGADA É O FILME MAIS FODA DE 2016. Simples assim, tanto desde que vi virou parâmetro para outros filmes, por exemplo: "olha, O Último Jedi é legal, não um A Chegada, mas diverte". E nesse livro tem diversos contos do autor, inclusive o que inspirou a película.
O Médico e o Monstro; A Ilha do Tesouro, R. L. Stevenson - daquela lista de "clássicos que já deveria ter lido faz tempo" (na verdade já li o Médico e o Monstro, não gostei na época). Mas nem sabia que ambos os livros eram do mesmo autor :P


ìndice de resenhas e movimentações da minha estante:

(Spider-Man)
Peter Parker ficou órfão aos seis anos de idade, quando seus pais morreram em um acidente de avião. O jovem foi então viver com seus tios, Ben e May Parker, em Nova Iorque. Peter era muito inteligente e não tardou a se tornar o primeiro aluno de Ciências no Colégio Midtown. Devido a sua timidez e extremo interesse nos estudos, o rapaz era freqüentemente evitado pelos seus colegas de classe. Certo dia, quando compareceu a uma demonstração sobre radiatividade, uma pequena aranha foi atingida pela descarga de um reator atômico e ficou extremamente contaminada. O inseto caiu na mão de Parker, perfurou sua pele com as presas e morreu. Com a mão doendo, o rapaz abandonou o local. No caminho de casa, ele foi atacado por um bando de desordeiros. Jogando os membros da gangue a distância com pouco esforço, o jovem ficou surpreso com sua repentina demonstração de força. Fugindo, ele atravessou a rua na frente de um carro e, segundos antes de ser atropelado, conseguiu dar um salto de dez metros, prendendo-se a parede de um prédio. Nesse momento, Parker percebeu que, além de força e agilidade, também havia adquirido a capacidade de grudar em paredes com a ponta dos dedos. Passando próximo a um concurso de lutas, onde estava sendo oferecido um prêmio a quem ficasse três minutos no ringue com um lutador profissional, Peter decidiu testar seus poderes recentemente obtidos. Mascarando seu rosto para evitar embaraços caso fosse derrotado, o rapaz conseguiu vencer seu adversário sem a menor dificuldade. Um caçador de talentos avistou-o e ofereceu-lhe a oportunidade de participar de um show de variedades. Peter, sob o cognome de Homem-Aranha, aceitou o convite e decidiu aproveitar a chance para se promover e iniciar uma carreira artística. Nas noites seguintes, ele utilizou equipamentos de sua escola para desenvolver um fluido que imitasse teia de aranha, bem como um dispositivo capaz de lançar esse fluido de seus punhos. Dessa forma, utilizando um uniforme e máscara para ocultar sua identidade, ele apareceu como Homem-Aranha na televisão e foi suo cesso imediato. Logo depois do show, um criminoso perseguido por um guarda passou pelo rapaz, que não fez nada para detê-lo. Repreendido pelo policial, Parker respondeu que era um artista e que perseguir malfeitores era trabalho da polícia. Alguns dias depois, ao voltar para casa, Peter soube que seu tio havia sido morto por um criminoso, e que o facínora estava encurralado em um armazém das proximidades pela força policial. Cego pelo desejo de vingança, correu para o local e, sob a identidade do Aranha, capturou o criminoso. Ao ver o rosto do homem que matara seu tio, Parker teve um choque: era o mesmo assaltante que ele havia se recusado a deter dias atrás. Cheio de remorso, percebeu que o poder traz responsabilidades e jurou, daquele momento em diante, combater o crime sob todos os aspectos. Com o tio morto, o rapaz e sua tia não tinham mais nenhuma fonte de renda. Parker tentou continuar sua carreira artística, mas foi incapaz, graças a uma campanha contra o Homem-Aranha lançada por J. Jonah Jameson, o influente proprietário do jornal O Clarim Diário (veja J. Jonah Jameson). Sua única saída foi combater o crime e ganhar a vida vendendo fotos de si mesmo em ação, como Aranha, para o Clarim. Embora Jameson tenha feito de tudo para jogar o povo contra o herói aracnídeo, este sempre conseguiu se desvencilhar das acusações com seus feitos em prol da lei e da ordem. Criado por Stan Lee em 1963, hoje o Aranha é, sem a menor sombra de dúvida, um dos personagens de quadrinhos mais conhecido em todo o mundo.


Índice: ABCDEFGSobre esse projeto

Já faz um tempo que vi essa notícia lá no twitter:


...e invejei. Não que eu pretenda fazer cosplay de Arlequina, nem vi o filme (achei o trailler legal - graças ao Queen, certeza), mas porque o moleque quebrou uma regra que todo mundo já percebeu mas ninguém fala: "meninos são mais frescos que meninas".
Discorda?
Eu discordo de tua discordância: há anos que vejo mulheres, moças e meninas vestindo camisetas e acessórios super-heróis da Marvel, da DC, Star Wars e tudo o que elas quiserem, de todas as cores que ela quiserem, do preto ao rosa mais rosa.
Já no lado azul da Força.... "o time dos meninos" (e dos homens e rapazes e moços) não fazem muitos anos que comecei a vê-los usarem peças de roupa rosa - a terrível cor-símbolo. Eventualmente, graças a um fandom bem ativo, já vi uma ou outra camiseta de My Litle Pony por aqui (to devendo escrever sobre isso há anos, e é um assunto que tá cada vez mais no passado). O que é um avancinho, mas qualquer rapaz vestindo saias ainda vira notícia em portal e gera discussão por dias nas redes sociais.


roubando Laerte, porque ela foi certeira nessa

Assim, invejo o menino por ter dado um foda-se às regras toscas que os outros impõem e se vestiu de uma personagem que achou legal, assim como garotas volta e meia cosplayam personagens masculinos sem tanto trauma ou bully.
Afinal, são apenas personagens =)


Claro que Kai, o garoto, talvez seja uma menina trans (nascido garoto que se identifica como garota) com um pai foda que reconhece isso sem mais.... frescura :P Assim como parece ser o caso de Shiloh John, filhao de Angelina Jolie e Brad Pitt, que gosta de se apresentar "com roupas de menino" e que pelo jeito tem o apoio dos pais.
Esses exemplos são mais que saudáveis ou importantes, são foda. São de respeito às escolhas das crianças em questão, sem bullying, sem forçar a entrar em forminhas sociais. É mostrar aos outros (principalmente os adultos) a respeitar as escolhas dos outros, começando com quem vive com você e que você conhece praticamente desde que nasceu.

Mas espero mais que Kai não seja trans, que seja um garoto "como todos os outros", que um dia se vestiu da personagem que ele curte e mostrou que isso não é problema. O passo que ele deu é grande e arriscado contra o mar de bully que é a educação de que "menino não pode". As pessoas que estão do lado de fora da forminha "menino é menino e tem de gostar de meninas apenas, menina é menina e tem de gostar de meninos apenas" tem uma luta enorme contra preconceito e discriminação, mas os garotos precisam muito de exemplos "olha, ele fez isso e aconteceu nada com ele!!", crescer com uma neura a menos e termos menos homens preconceituosos com o amor e auto-identificação dos próximos e das próximas.




Página 7
Raquel: "...que venha o primeiro fantasma!"
Mário: Olá, vocês são Raquel Cortez, Jamil Pedro e Rodrigo Mello?
Mário: Meu nome é Mário, da universidade O.M.N.I. e vim busca-los.
Mário: entrem!
Raquel: "buuuuuu"
Página 8
Raquel: "Ninguém soltou um pio durante o trajeto..."
Raquel: "e, em nenhum momento...
Raquel: "...o funcionário da Universidade tirou aquele sorriso esquisito da cara..."

A história até agora: Raquel está em um ônibus, relembrando a misteriosa carta que a leva até a cidadezinha de Gádira, onde fica a misteriosa "Universidade O.M.N.I."
Chegando lá, ela pensa "me sinto nas portas de um trem fantasma", ela pensa antes de descer do ônibus....

Para quem chegou agora: Raquel é uma história em quadrinhos, escrita por mim e desenhada pelo Miguel Jacob. É o "remake" de uma história que já fiz mais de uma vez, mas dessa vez pretendo que seja a definitiva :)

O texto a seguir veio da minha última newsletter e achei melhor colocar aqui também:


Bom, enquanto Raquel está indo conhecer para sua futura universidade, está rodando por aí no mundo real uma proposta medonha de cobrar mensalidade nas universidades públicas. Pior é que esse governo federal tem uma proposta medonha atrás da outra num ritmo tão grande que já estamos ficando anestesiados e não ligamos mais, ainda mais com os meios de comunicação dizendo "amém".
Mas acho bom a gente sair da letargia e ir correr atrás do contrapontos ao que enfiam goela abaixo na gente e repassar para as pessoas.
"Ah, mas eu não faço universidade pública e nem conheço ninguém que faça", ok, sorte tua, mas não é porque você não vai perder direitos que não devia ser importar com isso. Outras pessoas vão perder direitos, muitas pessoas vão perder direitos, uma parcela enorme da sociedade vai perder direitos só com a cobrança de mensalidade, isso deveria incomodar qualquer um que se ache digno de dizer que é gente.

Fora que perda de direitos, assim como doenças terminais, vem sempre assim: pelas bordas, com sintomas que achamos bobos demais pra gente ir pro médico...

Enfim, deixa eu por links para não transformar aqui em textão, ficando a critério de cada um clicar nos links e ler (e, quiçá, repassar), ou não :P


1) O professor Cleber Haubrics, do IFRJ, explica sobre por que a universidade pública deve ser gratuita:

"Mais de 90% dos estudantes das Universidades Federais não poderiam pagar mensalidades caso a universidade deixasse de ser gratuita"


2) Quem apoia a cobrança de matrículas geralmente invoca um relatório do Banco Mundial, que não é exatamente a entidade mais isenta do mundo. Aqui tem um fio de tweets dando contraponto, com tabelas e links para mais estudos (pra quem gosta de ler mais que eu ainda)(como se fosse difícil isso....)
"Relevantes críticas ao recente relatório do banco mundial tem surgido desde a sua divulgação. Uma delas vem de dois economistas da UFBA, profundos conhecedores da realidade das universidades públicas"


3) Dona namorada, aquela maluca que me namora e ainda por cima encara doutorado (tá na reta final, a fase em que surtar se torna um modo de vida), colocou a opinião dela, baseada na convivência dela com o meio universitário. Cliquem aqui e vão lendo ^^
"Logo não teremos profissionais de qualidade formados no Brasil, eu acho. Vamos voltar pro século passado, em que os ricos mandavam seus filhos pra "Europa" pra estudar. Mas a gente quer massa de trabalho, não precisa ter boa formação, né?? Precisa saber fazer"

Ei, quer receber tirinhas e páginas de Raquel no conforto do teu e-mail, muito antes de eu publicar no site? Cliquem aqui e preencham este formulário :D

O post a seguir veio da minha última newsletter e achei melhor colocar aqui também:


Bom, enquanto Raquel está indo conhecer para sua futura universidade, está rodando por aí no mundo real uma proposta medonha de cobrar mensalidade nas universidades públicas. Pior é que esse governo federal tem uma proposta medonha atrás da outra num ritmo tão grande que já estamos ficando anestesiados e não ligamos mais, ainda mais com os meios de comunicação dizendo "amém".
Mas acho bom a gente sair da letargia e ir correr atrás do contrapontos ao que enfiam goela abaixo na gente e repassar para as pessoas.
"Ah, mas eu não faço universidade pública e nem conheço ninguém que faça", ok, sorte tua, mas não é porque você não vai perder direitos que não devia ser importar com isso. Outras pessoas vão perder direitos, muitas pessoas vão perder direitos, uma parcela enorme da sociedade vai perder direitos só com a cobrança de mensalidade, isso deveria incomodar qualquer um que se ache digno de dizer que é gente.

Fora que perda de direitos, assim como doenças terminais, vem sempre assim: pelas bordas, com sintomas que achamos bobos demais pra gente ir pro médico...

Enfim, deixa eu por links para não transformar aqui em textão, ficando a critério de cada um clicar nos links e ler (e, quiçá, repassar), ou não :P


1) O professor Cleber Haubrics, do IFRJ, explica sobre por que a universidade pública deve ser gratuita:

"Mais de 90% dos estudantes das Universidades Federais não poderiam pagar mensalidades caso a universidade deixasse de ser gratuita"


2) Quem apoia a cobrança de matrículas geralmente invoca um relatório do Banco Mundial, que não é exatamente a entidade mais isenta do mundo. Aqui tem um fio de tweets dando contraponto, com tabelas e links para mais estudos (pra quem gosta de ler mais que eu ainda)(como se fosse difícil isso....)
"Relevantes críticas ao recente relatório do banco mundial tem surgido desde a sua divulgação. Uma delas vem de dois economistas da UFBA, profundos conhecedores da realidade das universidades públicas"


3) Dona namorada, aquela maluca que me namora e ainda por cima encara doutorado (tá na reta final, a fase em que surtar se torna um modo de vida), colocou a opinião dela, baseada na convivência dela com o meio universitário. Cliquem aqui e vão lendo ^^
"Logo não teremos profissionais de qualidade formados no Brasil, eu acho. Vamos voltar pro século passado, em que os ricos mandavam seus filhos pra "Europa" pra estudar. Mas a gente quer massa de trabalho, não precisa ter boa formação, né?? Precisa saber fazer"




Página 5
Raquel: Fora isso, não achei um átomo a mais de informação sobre.
Raquel: (que sono, não dormi nada...)
Raquel: assim mesmo, a doida aqui decidiu sair da cidade e ir conhecer a tal universidade:
Raquel: afinal, segundo a carta, a tal O.M.N.I. me oferecia uma viagem gratuita para conhecer suas dependências,
Raquel: sem nenhum compromisso da minha parte,
Raquel: mais alimentação e estadia *de graça* por dois dias e...
Raquel: bom, é de graça, né?
Raquel: Na pior das hipóteses, passo um fim de semana sem ouvir meu irmão me chamando de inútil...
Raquel: Na melhor das hipóteses, mudo de cidade e de rotina, dou uma arejada na minha vida :)
Página 6
Raquel: Espero não me arrepender
Raquel: Me sinto nas portas de um trem fantasma...
Raquel: "Lasciate ogni speranza, voi ch'intrate"

A história até agora: Raquel está em um ônibus, relembrando que quase passou em todos os vestibulares que fez e da carta da misteriosa "Universidade O.M.N.I.", que a chamou....

Para quem chegou agora: Raquel é uma história em quadrinhos, escrita por mim e desenhada pelo Miguel Jacob. É o "remake" de uma história que já fiz mais de uma vez, mas dessa vez pretendo que seja a definitiva :)

Confesso que tava com preguiça e meia de fazer esse texto =p Não que eu não queira ou não goste de fazer, mas simplesmente bateu preguição, quem nunca? Fui à praia com namorada e amigos no último feriado, e como foram dias nublados e de chuva, mais descansamos e descarregamos da aceleração maluca da cidade (exageradamente, doentiamente) grande do que aproveitar o mar e a praia.

Daí minha inércia preguiçosa ^^

Por outro lado estou com planinhos e planinhos em relação às minhas histórias para o "ano que vem" (entre aspas, já que pode ser já-já que aconteçam, mas é mais provável que seja em 2018 mesmo, o ano novo já tá ali virando a esquina) (incrível que 2017 esteja no fim, esse ano pareceu ser uns três somados de tão arrastado), e já estou me pilhando com Raquel e com as tirinhas, pedindo dicas e fazendo pesquisas pra ver quão segura é a trilha que quero arriscar =]
Teve uma (ex-)amiga que certa vez disse que vivo fazendo planinhos, mas disse de uma forma para me alfinetar, desdenhando. Talvez ela estivesse certa, mas prefiro assim: sonhando, pondo bonde pra andar, quebrando a cara. Talvez nada dê certo, raramente deu, mas sou daquelas pessoas que se divertem mais com a viagem do que com o destino, né? :P

(Sério, com tanta coisa legal pra se criar e se divertir fazendo, por que as pessoas queimam seus dias vendo televisão e falando mal dos outros no zapzap?)

Toda vez que recebo páginas do Miguel dá vontade de pedir desculpas pela minha incompetência: ele anda desenhando mais rápido do que (re)escrevo. E nem sempre fico feliz com os tons de cinza que coloco na arte dele. Às vezes acho que acerto, mas muitas vezes me pego tratando o sombreado como se fosse cores, pintando a página inteira. Aí falo alto "ai, anta", apago todo esse fruto de uma empolgação tosca e recomeço.

Falando em recomeços... na página 4, Raquel está consultando no celular um site cheio de imagens quebradas sobre Gádira. Caso tenham curiosidade, coloquei no site a página que usei para fazer o quadrinho. Não tem nada lá, além de imagens tiradas diretamente dos anos 90 da internet + texto em lorem ipsum misturado com coisinhas em português sem formatação nenhuma.
Curiosamente, eu fiz essa "página" dez anos atrás para uma versão anterior de Raquel, e lá a personagem consultava em um computador de mesa (aposto que com monitor de tubo).
O que dez anos fizeram com o mundo, né? E vinte então? Achei estes tempos o primeiro manuscrito da história (1995?) e lá tá assim, em toda glória de bic azul sobre folha de caderno universitário:

"Mas seu guia de cursos não registrava uma linha sobre curso nenhum daquela universidade, nem em química, nem em outra graduação. Por sinal, não encontrava a cidade de Gádira no mapa do estado e a sua Enciclopédia Universal, a melhor que ela conhecia, não sabia nada sobre a cidade nem na letra "G", nem em nenhum livro do Ano ou apêndice.

Mas achou referências na EPE (Enciclopédia de Pesquisa Escolar), uma daquelas tralhas que aqueles vendedores de porta em porta te empurram como a melhor coisa do mundo... em doze anos, Raquel raramente a usou, e só para ter alguma informação superficial sobre determinado assunto. Era assim também sobre Gádira: "Cidade e Município do Estado de São Paulo, com 823km² e 35.000 habitantes. Agropecuária e uma universidade particular. O natural ou habitante é gadiriano". Mas já era algo."

Cara, ela consultava enciclopédias, tinha DUAS em casa o.o

PS: quem não pegou a referência do que Raquel fala no último quadrinho, clique aqui :P O texto é quase tão velho quanto a personagem :)

Ei, quer receber tirinhas e páginas de Raquel no conforto do teu e-mail, muito antes de eu publicar no site? Cliquem aqui e preencham este formulário :D

(Harry Osborn)
Órfão de mãe ainda bebê, Harry foi criado pelo pai, o industrial Norman Osborn que, por demais atarefado, nunca pode lhe dedicar o carinho e a atenção necessários a uma criança. Carente de afeto, o pequeno Osborn se tornou um rapaz inseguro e tímido, enquanto seu pai ficava cada vez mais rico. Movido pela ganância, Norman conseguiu uma forma de incriminar seu sócio e assumir total controle da indústria química da qual ambos eram proprietários. Vasculhando as anotações do ex-companheiro, ele encontrou fórmulas desconhecidas e decidiu testa-las. A combinação das substâncias provocou uma explosão que, afetando sua mente, aumentou ainda mais suas tendências criminosas. Com isso, Norman decidiu desenvolver um armamento especial e tornou-se o Duende Verde (veja Duende Verde), objetivando controlar todo o mundo do crime. Ao entrar na universidade, Harry conheceu Peter Parker, de quem se tornou grande amigo. Não sendo um bom aluno, o seu contato com o colega, considerado o gênio da faculdade, ao invés de lhe servir de estímulo, deixou-o ainda mais deprimido. Seu namoro com Mary Jane Watson foi desastroso. Por ser muito alegre e "louquinha", a jovem ofuscava ainda mais o pobre rapaz (veja Mary Jane). Com frustração atrás de frustração, não era de se estranhar que Harry enveredasse pelo mundo das drogas. Sua dependência de narcóticos foi aumentando a medida em que seu pai se tornava mais e mais insano. Quando Norman Osborn, em sua outra identidade, morreu durante um combate contra o Homem-Aranha, Harry, já totalmente enlouquecido, descobriu o segredo do pai e assumiu a identidade do Duende Verde. Não demorou muito e ele teve que enfrentar o Aranha, sendo facilmente vencido e internado em um hospital psiquiátrico. Durante seu tratamento mental, o rapaz contou a seu psiquiatra, o dr. Bart Hamilton, tudo sobre a carreira criminoso de Norman Osborn. Aproveitando-se da confiança de Harry, o corrupto médico se apoderou de tudo o equipamento do Duende e tornou-se o terceiro vilão a assumir essa identidade. Depois de uma breve carreira competindo com Cabelo de Prata (veja Cabelo de Prata) pelo comando do crime em Nova Iorque, Hamilton foi vencido pelo Homem-Aranha e pelo próprio Harry. Criado por Stan Lee em 1964, hoje o rapaz namora Liz Allen, antiga colega de escola de Peter Parker, e, ao que parece, está curado de sua enfermidade psíquica.


Índice: ABCDEFGSobre esse projeto

  1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35  

Find recent content on the main index or look in the archives to find all content.

Pages

Powered by Movable Type 5.13-en