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Há quanto não faço um Papo de Segunda? E nem é segunda mais, é terça!! DX

Vamos lá, como falei no relatório da FIQ, mais uma autora me passou a perna e lançou livro sem me avisar, a Cristina Eiko, autora de Trekkies e várias tirinhas, lançou com o namorado a coletânea Quadrinhos A2. Fica aqui a divulgação, apesar de que mushi e nada devem ser a mesma coisa, então essa divulgação vai fazer diferença alguma u_u #drama

(escrevam isso: traumatizarei a Eiko assim como traumatizei a Mary Cagnin)

Falando na Mary, autora de Vidas Imperfeitas, ela foi entrevistada pela revista online Monotipia - cliquem →aqui← para visitarem o blog dela e ler a entrevista =)


Quanto ao mushicomics, ele tá de-va-ga-ri-nho como falei^^ Só estou atualizando algumas das histórias (Hoje reestreei Gangues (mas só tenho duas páginas no "estoque"), e também estou publicando Falcon, Vidas Imperfeitas e Pirates!), mas assim que conseguir respiro abro vaga para mais uma ou duas das antigas - sem condições para histórias novas por um tempo, me desculpem mesmo.
Mas em compensação fiz algo que talvez seja interessante: coloquei em baixo das páginas (viram?) botões de divulgação para o Facebook (aquela rede social que não tenho mais conta), Google+ (aquela rede social que todo mundo tem conta mas ninguém usa) e no Twitter (aquele serviço de microblog que insistem em chamar de rede social). Talvez eu faça para Orkut e Tumblr, que tal? É bom? É desncessário.

Falando em botões, para finalizar, criei uma galeria de botões do site para divulgarem, estão →aqui← #fim

P.S.: Finjam que não viram que tirei as avaliações individuais das páginas, tá? ;)

Notícias do MushiComics
2011: Ah, estes autores desnaturados...Tá, e o mushicomics?Onde está o mushi?Dez anos de casaMushi-san procuraPapo de Segunda, 08/07/2011 - rapidin'

Como comentei uma vez sobre a Fantasticon, costumo ir para eventos mais pelas pessoas que pelo evento em si. O resultado final pode até acabar em textos fracos para o blog, mas me divirto mais na hora... X)


Para quem não sabe, é minha segunda ida à Feira Internacional de Quadrinhos e para quem não sabe, o evento é bienal e para quem não sabe também, acontece em Belo Horizonte, portanto, a capital mineira em 2011 ganhou o título de "segunda capital que o mushi mais visitou", empatado com Londres, que foi a paradinha pro banheiro obrigatória na ida e vinda de Tóquio.

Enfim, pra variar não planejei nada até ser tarde demais: comprei passagens e reservei hotel faltando dias para o evento e paguei pelo pecado da preguiça já na ida - sexta-feira véspera de feriadão havia uma multidão de tamanho indizível que atrasou hora e meia meu ônibus que sairia 23:45. E pior, não tinha onde comer por que os estabelecimentos fecharam ou tinham filas imensas que só pioravam o espaço entre as plataformas.


Um aviso encontrado numa das lojas do evento que também vale para passagens e reservas de hotel...

Contratempos a parte, entrando no ônibus, tudo aconteceu conforme o planejado: caí no sono assim que coloquei a cabeça no vidro, dormi pessimamente e saí da rodoviária de Beagá com uma horrenda porém previsível cara de amassado. Dei uma disfarçadinha, fui para o hotel, me perdi no caminho (nunca, nunca tentem contornar a Avenida do Contorno, vão por mim), me achei, tive chá de cadeira na recepção e já dentro do quarto, capoteizzzzzzzszendo acordado quase meio dia por um torpedo da @anacarolinars

Poisé, eu fui lá pra dormir ou pra conversar? ;)


Em um mural livre para os visitantes desenharem, fiz retrato meu, da @anacarolinars, @Marycmuller e @jimanotsu

Enfim, o que vi lá? Muita, mais muita gente (isso é, em alguns momentos tava tão cheio quanto no Tietê sexta à noite...) e vários conhecidos de Sampa (como previsto), entre eles a @cristinaeiko (autora de Trekkies e outras HQs do mushicomics), que lançou um álbum na FIQ e é MAIS UMA A NÃO ME FALAR NADA ¬¬* e uma famosa desenhista que me cobrou mais receitas no blog, já que a mãe dela estava copiando as receitas do caderno de minha mãe XD.


Paulo Crumbim e Cristina Eiko autografando o "Quadrinhos A2" (grrrr...)

Também encontrei amigos do povo de literatura fantástica, como o Estevão Ribeiro, a sua temível esposa Ana Cris, as fofas da Ana Carol e a Adriana Strix (outra autora do mushicomics (Bram e Vlad) e de um livro inédito que editoras nacionais estão moscando em não publicar), o casal Mary (neomineira, imigrante das terras do sul) e Jim (outro com cara de alemão vindo das terras do sul)(← esse povo todo tem livros e contos publicados, favor pesquisem seus perfis, comprem todos os livros, leiam e divulgem).

Também conheci gente nova, brevemente, as @marianasgf e @TaylaOlandim ^^


@strixvanallen mostra sua simpatia, sua lendária touquinha, Bram & Vlad na camiseta e seu selo de aprovação X)

Das atrações internacionais, não peguei autógrafo de ninguém já que acabei levando revista alguma e tive preguiça de pegar as filas também tive dó deles: toda a mesa de autores nacionais já tinha ido embora e o Bill Sienkiewicz ainda tinha uma fila imensa de gente esperando autógrafos (afinal, por que ele sumiu do mercado? Praga do Alan Moore?) e a Jill Thompson também tinha seu séquito infinito, fazia desenhinhos para cada um deles e ainda teve de assistir o excesso de emoção de um escritor nacional muito fã dela. Queria muito ter visto essa cena.


Bill Sienkiewicz autografando para a @TaylaOlandim e a pequena fila de espera...


Jill Thompson (á direita) também tinha ma fila considerável...


...e fazia praticamente um desenho no seu traço fofo por pessoa^^ Muito legal quando autores tem esse feedback aos fãs em vez de fazerem cara de limão chupado como já vi.


Heresia com o nome do Bill 5e20 u_u


Fora isso, vários lançamentos legais que não comprei por contenção de despesas, muitas exposições com artes originais e raridades, as tradicionais filas das comic shops e farta distribuição do fanzine mushicomics à conhecidos que ainda não tinham e à quadrinhistas (minha cara de pau me permitiu entregar um pro Carlos Ruas, pro Moon e Bá e certa hora vi uma rodinha de brasileiros, reconheci pelos crachás que eram brasileiros que desenhavam pro exterior, como o Ivan Reis e saí distribuindo fanzines pra geral - se um deles vier a conhecer o site e gostar, vai ser lucro ^^).


na FIQ tinha espaço até para o livro mais anti-quadrinhos já feito

Também aprendi a usar o metrô de lá, fácil, já que tem uma linha só :P Infelizmente tive de voltar já domingo à tarde =/ E descobri que o aeroporto de Confins merece o nome...


Veredicto: viagem bate e volta, onde não vi tudo no evento (sei que haviam coreanos em algum lugar, só vi desenhos) e encontrei quase todo mundo que achei que estava por lá. E 2011 está quase fechando, mas é o ano em que mais voei de avião (4 vôos na ida e volta pro outro lado do mundo mais BH-SP) e em que mais hotéis fiquei (Tóquio, Osaka, São Paulo (sim, dormi em hotel na Fantasticon) e BH) :P

Espero superar ao menos esse número mais e mais vezes ^^



Um Ash/Pikachu, meus personagens e eu (com cara de Spock do universo espelho...) no traço da @strixvanallen - vejam a arte em qualidade melhor aqui!


E eu e só eu, segundo a @Marycmuller

A dona da dita cuja fez um tumblr com as fotos recolhidas nesse blog e noutros lugares, e na estréia, começa com a foto do ser mais medonho de todos os universos:


Além de feio, perebento


Assim, visitem a http://toucadaraposa.tumblr.com/ e aproveite para ler as tirinhas de Bram & Vlad (que logo voltam pro mushicomics :) )

Escritores de Fantasia, Ficção e afins...
Lançamento d'Os Passarinhos em São PauloAntes que eu me esqueça: lançamento de Meu Amor é Um VampiroA lenda da touca absorvedora de talentoFantasticon 2010, relatório interno x)A volta da touca!

Como não expliquei, teve Fantasticon esse ano (talvez eu faça relatório) (mas se quiser, (re)leia o do ano passado xD) e como sempre acontece desde o lançamento de Meu Amor é um Boneco de Neve Vampiro, mais vítimas foram capturadas pela touquinha de raposa da @strixvanallen, assim como houve em 2010 ^^


Gato = @apocrypha • Jigglypuff = @anadefinisterra • Pyong = @strixvanallen • P-chan = @lucaslrocha_

Papinho rápido, versão sem mimimi.
Andei "desacelerando" o site, e vocês devem ter percebido isso: faz tempo que não posto o calendário, nem as contagens de comentário, também eliminei as notícias (mesclei com o meu blog :P), algumas seções do site, além de estar devendo respostas pra um milhão de e-mails para novatos. Ando entre sem tempo, de saco cheio e me focando na minha tentativa de livro^^
Talvez em breve arrumo ao menos o calendário, mas por um tempo vou manter o site "na inércia", atualizando devagar. Se você é novato, tenha paciência, muita dela. Desculpe.

E nesse sábado não tem Vidas Imperfeitas por que irei à um casamento em outro estado, mas o mushicomics volta ao "normal" segunda =)

Como vocês viram, mesmo com filas, esperas (40 minutos o elevador pro pavimento especial, por exemplo) e até enrolando um tantinho (tomando sorvete e descendo a pé os 600 degraus), visitar a Torre de Tóquio (ah, descemos na estação Hamamatsuchō para chegar lá) não gasta tanto tempo assim, ainda sobrava quase a tarde inteira. Para onde vamos?


Morando lá desde antes da virada do milênio, meu amigo me puxou para um templo lá, enorme, muito lindo e que semanas depois (isso é, hoje), provou que sou uma besta: segundo o guia que levei ao Japão mas deixei no hotel (esqueci na pressa por vergonha das tiazinhas da limpeza, acho), e segundo a Wikipédia também, o Sensō-ji é o templo mais antigo de Tóquio, "o mais sagrado e o mais espetacular". -_-'

Isso que dá fazer turismo sem ter feito a lição de casa antes: não sabia o que estava vendo e nem o que ver me faria aproveitar o passeio melhor. Ok, eu estava com meu amigo que conheço desde a era dos dinossauros tempos de colégio, mas moradores são péssimos guias turísticos e em muitos casos aproveitam as visitas de longe para conhecer o que deveriam ter conhecido faz tempo... (não sei se é o caso do meu amigo, mas como ele vai ler esse texto mesmo...)(ele já disse que não é guia turístico...)


Mapinha da região: à esquerda o primeiro portão (Kaminarimon), a Nakamise-dori (仲見世通り)("dori" é "rua") que tem trocentas lojinhas e no final dela o portão maior (Hōzōmon). À direita dá pra ver o templo Sensō-ji. Praticamente só andamos dos portões até o templo, mas toda a área demarcada tem templos e construções interessantes - segundo os guias...


O Senso-ji fica em Asakusa (sim, o bairro que tinha visitado rapidamente à noite e que dizem ter escola de samba. Descemos na estação Asakusa mesmo) e é impressionante mesmo para um paraquedista como eu: começa com um senhor portãozão e seus guardiões:


O Kaminarimon (雷門, "portão do trovão") visto da rua. Nele tem dois guardiões de um lado...




...e outros dois guardiões do outro. São biítos, parecem o público que atendo no banco :PPP (Estas telas enchem o saco pra tirar fotos =_=')

Depois a Nakamise-dori e sua infinidade de lojinhas (e gente):




À direita, indo para o templo, dá para ver a Tokyo Sky Tree, com obras a todo vapor

Terminando no outro portão ainda maior:


O Hōzōmon (宝蔵門, "Portão da casa do tesouro") visto da Nakamise-dori


Mais perto, para terem uma idéia melhor de tamanho :P






O Hōzōmon visto do pátio do templo. Ele também tem guardiões, mas as fotos ficaram ruins demais por causa das telas de proteção...


E finalmente chegamos no pátio com o templo principal, o queimador de incenso, omikuji e outras construções menores:




Incenso (cof, cof)

Por recomendação do meu amigo, evitei tirar fotos no interior do templo (afinal, é um lugar sagrado), fiquei olhando a tudo e a todos, tentei não atrapalhar a fé alheia, nem participar (por exemplo, se benzer da fumaça do incenso, as pessoas costumam puxar com as mãos para cima delas), já que não é a minha fé e não é uma brincadeira para quem leva a sério (tipo, para praticamente todo mundo em torno de mim...).


Mas aceitei gastar hyakuen (isso é, cem ienes ~> hyaku (百) = 100, en (円) = iene (sei lá por quê "en" virou "yen", "iene" etc no Ocidente)) no omikuji e tirar a minha sorte: paga a moeda, chacoalha um tubo cheio de varetas, tira uma vareta, confere o número marcado nela e pega o papelzinho com o número, indicando sua sorte^^


À direita, a barraquinha de omikuji, e mais a direita ainda, o "varal" onde as pessoas amarram a má sorte tirada

No meu caso, peguei a Melhor Fortuna e tal (mas não tão boa assim, já que pedia para ter cuidado em viagens - a minha ao Japão conta?), mas acho que não valeu: fiz o sorteio faltando uma das varetas (meu amigo tinha acabado de fazer a leitura dele), então...


Pode ler, eu deixo :P


WTF sobre casamento?! XD

Bom, se você não gosta do resultado, é bom amarra-lo (o que me lembra o "tá amarrado" de alguns evangélicos...) ali perto pra cortar o efeito, como meu amigo fez em seguida ^^



Parênteses: tem suásticas em vários cantos (na foto: em cima e na lanterna do Hōzōmon. E nos incensos), que é um símbolo budista (e de várias religiões) antes de ser adotada pelos nazistas. Até a pouco tempo eu achava que a suástica nazi (卐) oposta à forma usada nas religiões orientais (卍), mas parece que ambas as formas são usadas pelos religiosos.
Por sinal, o ideograma 卍 ("manji") é usado para marcar templos e santuários em mapas japoneses)



O pátio e o Hōzōmon, vistos da entrada do templo


Findas as fotos, voltamos pra Nakamise-dori e fiz as compras: um desses manekineko foi para minha irmã...


...e uma das corujinhas para minha mãe. Fiquei bem tentado em levar a família toda à direita, mas fui mais modesto :)


Para encerrar, foto de um dos mais belos monumentos japoneses: a estátua de sei lá o quê as pernas das japonesas



Ah, saindo do templo, à leste, depois do rio Sumida (XD) fica a estranhíssima sede da cervejaria Asahi, também conhecida (segundo a wikipédia inglesa e a japonesa!) como "prédio do cocô" e "trôço de ouro" XDDDDD


Tabela de equivalência das moedas brasileiras frente às japonesas, já que gastei um tempão fazendo várias moedas que não usei no post anterior u_u

R$


Japão 2011
sRViajo ou não viajo pro Japão?Prova do crimePreparação de viagemMushi de ponta cabeça - parte zeroMushi de ponta cabeça - parte umMushi de ponta cabeça - parte doisMushi de ponta cabeça - parte trêsMushi de ponta cabeça - parte quatro

Começo do século, fui ao Rio de Janeiro pela primeira vez, conhecer uma amiga que depois virou minha namorada, depois continuou amiga, e outro amigo que tá sumido, mas que era gente boníssima (e uma raridade: descendente de japoneses com sotaque carioca xD). Nessa, fiz as visitas default na Cidade Maravilhosa: subir no Cristo Redentor e no Pão de Açúcar.
Em ambas as visitas a vista é maravilhosa. Mesmo em dias nublados, o céu, o mar, as montanhas e aquela coisa feita de prédios espremida entre os elementos naturais fazem o Rio merecer ser o cartão postal que é. Eu não sabia (e continuo sem saber muito...) quais eram os principais edifícios e construções da região... mas não precisava disso pra aproveitar a vista de lá do alto :)

Em São Paulo a vista do alto que mais gosto é a do Edifício do Banespa: ali você tem o Centro Velho aos seus pés e reconhece do alto velhos conhecidos de andanças por aquelas bandas: o Mercado Municipal, o Martinelli, A Catedral da Sé e por aí vai.
Aí, levei a amiga carioca citada acima no texto - que era namorada na época - para o alto do edifício admirar Sampa, mas não achou tanta graça assim: "então, você olha de um lado, tem prédio. Do outro, mais prédio. E andando mais um pouquinho, mais prédios ainda". Well...

Por um tempo achei que fosse a boba briga Rio/São Paulo, mas matutei e vi que o que acontece é que São Paulo não tem muito o que mostrar para os recém-chegados à cidade, é pobre nesse sentido. A cidade se revela com a vivência aqui, nas andanças e rotinas. A graça de Sampa vem com a familiaridade.


Sinceramente, acho que 95% das pessoas que ouviram falar da Torre de Tóquio (site oficial aqui) cabem em duas categorias: japoneses e fãs de anime/mangá. Os outros 5% devem ser pessoas que tem algum contato com as duas categorias anteriores X)

Eu mesmo só ouvi falar dela quando assistir RayEarth pela segunda vez (na primeira vez eu ficava me perguntando o que um bando de japonesas estavam fazendo em Paris...) e de lá para cá volta e meia vejo ela referenciada em outras produções japonesas. Tem até uma piadinha que lá deve ser uma da passagens entre o nosso mundo e outros. Pena que a Torre entortou no terremoto e essa conexão deve(ria) estar avariada até arrumarem.^^


É nove metros mais alta que a francesa lá...

Como eu ainda era 200% n00b nos segredos do metrô japonês, meu amigo marcou de me pegar numa das estações próximas ao hotel e fomos até lá. Não me perguntem em que estação descemos (o guia que comprei diz que as mais próximas são Shibakōen e Akabanebashi - o que no mapa que coloquei aqui significa que dei uma volta de uns 135° no sentido horário :P), já que nos perdemos andamos um pouco até lá.

Para ser sincero, não esperava muito da visita e realmente encontrei o que esperava encontrar: muita gente (era o primeiro sábado de um feriadão), estrangeiros, muitas crianças (uma das cenas mais legais que não fotografei foi uma menina japonesa de uns 2 anos num carrinho de bebê de olhos arregalados ao ficar de frente a outra menina da mesma idade, mas americana loira de olhos azuis ^^)(merecia mesmo a foto!), fila pra subir, aperto lá em cima (o espaço lá parece tão maior nos animes...), preços inflados no restaurante e loja de souvenires (feinhos) e mais preços inflados para subir na torre (820円 para o observatório normal - a 150 metros de altura - e mais 600円 para subir no observatório especial, que fica a 250 metros).


E chegar lá em cima e ver a cidade ao meus pés... é, vocês leram esse texto antes. Foi para mim a mesma coisa que minha ex deve ter sentido ao ver São Paulo lá do alto. Eu também não tinha intimidade com a cidade - tinha chegado no dia anterior! (e os dias que fiquei no Japão foram pouco de qualquer forma) - e o tempo estava nublado, não dava pra ver as montanhas ao fundo que o panfleto promete ^^"


Clique para ampliar ^^


Apertado, tem muita gente =x


Ao fundo, a nova torre que estão construindo próximo de Asakusa


Zōjō-ji, templo budista (to roubando a informação da Wikipedia XD)


Esses tão no panfleto: a sede da Fuji TV e a Rainbow Bridge (mas continuo roubando as infos da Wiki...)


Não sei o que é, mas achei esse telhado muito louco. Nem a Wikipédia sabe, mas fica aqui.


Subindo do Main Observatory para o Special. E faltou mesmo eu tirar foto das moças que trabalham lá ^-~ - para variar, vestindo uniforme impecável e bonitinho.

"então, você olha de um lado, tem prédio. Do outro, mais prédio. E andando mais um pouquinho, mais prédio ainda"


...mas tem mar também XD


Há a opção de descer a pé, e para baixo todo santo ajuda...


...decidimos encarar os 600 degraus :)


Há um parquinho nas redondezas da torre - e não só nós fomos doidos de descer.


Infelizmente descer escadas não diminui a barriga -_-'


Veredicto do passeio: é o tipo de local que você "tem" de ir na cidade, meio que para "bater o carimbinho no teu currículo de turista". Se você está com poucos dias e tem atividades mais culturais (ou consumistas) à vista, deixe a Torre de Tokyo pra próxima... :P


Lembranças ^^


Volta e meia vou falar em ienes e tal, então uma rápida apresentação da moeda local:

1) O símbolo é ¥, mas é bem comum usarem o kanji 円 para indicarem os preços.
2) Atualmente 100円 (ou ¥100) é igual a uns R$ 2,00, então é fácil fazer de cabeça as conversões quando se gasta por lá XD
3) Lá se fala "en" e não iene ou yen.
4) A pouco tempo atrás, 100en era igual a um dólar. Hoje um dólar tá em torno de ¥80. A desvalorização da moeda americana parece ser mundial...

Outra coisa que chamou a atenção é que os japoneses usam bastante moedas, não tem nojinho delas que nem o povo daqui :P Por sinal, a moeda de 500円 é a moeda com maior valor em circulação no mundo, (dependendo dos humores do câmbio, claro)

R$

¥1

¥5

¥10

¥50

¥100

¥500


(Não sei por que eu enfeito tanto estes posts...)(ah, tentei fazer as moedas proporcionais na imagem^^)

Claro que existem cédulas (1000円, 5000円 e 10000円 são as mais comuns. Dizem que existe a lendária nota de 2000円, mas parece ser tão rara quanto uma chinesa de olhos verdes...), mas a maior parte dos gastos do meu dia a dia foi na base de moedas: passagens de metrô custam a partir de ¥130, ocasionalmente passando dos ¥200, refrigerantes de máquina estão na mesma faixa... depois eu falo de tudo isso^^

Japão 2011
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Enquanto não atualizo minha saga "de ponta cabeça" (quem está mais próximo de mim sabe que uma besta-fera surgiu do abismo da senzala e está me atrapalhando), uma foto de algumas coisas que andei ganhando de mim mesmo e de amigos, da esquerda pra direita, de cima pra baixo:

Milla (presente de Deus - que é amigo, apesar de alguns O pintarem como bicho-papão e máquina de castigos/prêmios)(se é coincidência que o terremoto no Japão aconteceu justo no primeiro aniversário dela, isso é matéria para ampla discussão acadêmica), Totoro (comprado no Museu Ghibli. Invejem u_u) e Mirror Kube (fiz a besteira de desmontar e ele nunca mais voltará ao normal... Comprado na Yodobashi).
Scott Pilgrim (ok, não comprei na viagem, mas veio na semana em que parti :P), Jiji, de Kiki's Delivery Service (também vindo do Museu Ghibli), Catbus (idem), Entei (queria grande, mas não tive oportunidade de achar uma loja Pokemón. Também da Yodobashi) e o chaveiro do Pedobear Kuma- (amigo me deu, comprou na internet de lá).
Por último, o Domo-kun Mafagafo (também dado pelo meu amigo), o Omnibus do Thor do Walter Simonson (idem ao Scott Pilgrim) e acima dele a tábua #2 da maçã (a caça para acha-lo a venda no Japão ainda será contada)

Ao que me lembre, acordei cedo naquele sábado, na verdade... acabei de achar uma tabela aqui me confirmando algo que suspeitava todas as manhãs: nessa época do ano, o sol nasce cedo bagaraio em Tokyo o.o' Nos dias que eu estava por lá, dez pra cinco da matina já tinha sol!? (que resiste bravamente no céu até seis e tralalá).
Voltando: acordei cedo aquele sábado por que a cortina do hotel era fina e o astro-rei vinha me tirar dos braços de Morpheus logo cedo. Até que foi bom assim, aproveitei melhor os dias.


Minha vista de todas as manhãs...

Como meu amigo só apareceria de tarde, decidi explorar a região: o hotel fica entre duas estações de metrô (Kodemmachō (ei, fiquei sabendo agora que o ataque de gás sarin foi lá!! o.o) e Ningyōchō), mas ir até Akiba era perfeitamente andável, praticamente a distâcia ando até o serviço, só que sem camelôs. Era só uma questão de seguir reto e ir para a Yodobashi Camera, uma enorme loja de departamentos onde passei mais da metade do meu tempo no bairro X) Sim, provavelmente lá é mais caro e mais "certinho" que a vizinhança, mas para um recém-chegado, primeiro navegue em águas calmas...


Sinalização interna da estação de metrô


Yodobashi-Akiba. Uma das coisas mais marcante lá era o jingle estilo Glória Glória Aleluia que grudou fortemente no meu cérebro...

Deixa eu resumir Akiba para os seres humanos normais: é o bairro de Tóquio famoso por eletrônicos, tipo a Santa Ifigênia pros paulistas, mas bombada por estar no cerne de um dos países mais tecnológicos do mundo. Tem lojas de novidades, tem lojas com descontos, tem lojas com usados e velharias (meu amigo me apontou uma que só vendia hard antigo da Apple, com direito ao logo colorido da maçã e tudo o mais), mas também é o lugar onde os fãs de mangá/anime normais e não-tão-normais vão as compras: lojas de mangá usados, lojas de mangá novos, miniaturas de personagens, de naves, de mechas, lojas de videogame, toda essa cultura que diverte as pessoas saudáveis mas que também gera seres sem vida, especialmente sem vida sexual ativa XD É em Akiba que você encontra meninas vestidas de cosplay na rua distribuindo panfletos de lojas, ou vê rouptchas zegzys expostas à venda, e é lá onde você vai encontrar 101% dos produtos estranhos que dizem vender no Japão...


A menininha dessa montagem não existe, mas se existisse, aposto que ninguém em Akihabara estranharia :P


にょ!


Duvido que estas roupas sejam usadas em atividades próprias para menores de 18 X) A figura da esquerda é daquelas para você colocar a cabeça e alguém tirar fotos... E japoneses gripados usam máscaras, por educação e consideração à saúde alheia.


Garota "cosplayando" para distribuir panfletos de alguma loja local. Existiam várias, mas 90% das fotos que tirei delas saíram borradas na pressa de não ser notado... =_='


Não me perguntem.


Anúncio de um maid café, isso é (segundo a Petra), um lugar "onde meninas fantasiadas de maid servem comidinhas fofas falando como menininhas de anime com os clientes — sim, os fetiches japoneses são bizarros…"

Como falei, fiquei mais tempo dentro da Yodobashi-Akiba que explorando o bairro. Um por que me não me localizava direito. Dois, por que muitas lojas ficam subindo andares e minha cara de pau mal funciona no Brasil, quanto mais com um monte de japonês olhando... Três por que não me identifico totalmente com essa ou aquela cultura pop: apesar de conhecer anime e mangá desde o começo dos anos 90, conheci os comics uns cinco anos antes e fico transitando entre um e outro sem me aprofundar em ambos. Tem gente que gosta radicalmente de um estilo, tem quem só se interessa pelo outro, eu fico com todos os sabores de sorvete :D~
Assim, não fui seco atrás de todas as lojas possíveis até estourar o orçamento: olhei, fotografei, pesquisei, levei pouco e não passei mal por isso. ^^


Enfim, falei demais de mim. E também cheguei cedo demais em Akihabara, o comércio só abre às dez ali, e tentei voltar... me perdendo. Devo ter feito uma curva errada (provavelmente o caminho que pontilhei de amarelo no mapa ao lado) e quando me dei por mim, eu estava não sei aonde, provavelmente em Tokyo ainda.
Provavelmente.

Como os japoneses são bem diferentes entre si, mas as ruas são totalmente iguais (e sem nome...), ao menos na região onde eu estava há mapas dos arredores. E dica de ouro: tire fotos do hotel, das placas de endereço e de referências dos arredores. Foi assim que me achei, voltei para Akiba e fiz o caminho correto, são e salvo.

E paguei mico: tinha falado pro hotel que eu não voltaria mais, e encontrei as tiazinhas da limpeza arrumando meu quarto =_= Peguei objetos e fui encontrar meu amigo na Torre de Tóquio...


Ah, um blog de viagem do Japão com impressões e dicas legais é o L0st in Translati0n, da Petra (que já teve participação aqui no Blog ao Cubo^^). Está incompleto e não é atualizado faz tempo por que a vida real gosta de atrapalhar planos legais, mas com certeza vale uma lida - até por que ela fez o trabalho de escrita muito melhor que eu :)


Bicicletas estacionadas na rua é bastante comum de encontrar, mas todas tem cadeado - fé no próximo tem limites até lá. Não tão comuns, mas até que frequentes, são os mapinhas nas ruas

Japão 2011
sRViajo ou não viajo pro Japão?Prova do crimePreparação de viagemMushi de ponta cabeça - parte zeroMushi de ponta cabeça - parte umMushi de ponta cabeça - parte dois

Como os mais atentos devem ter notado, a seção de Notícias do site mudou: simplesmente decidi mesclar ela com meu blog, um tanto para simplificar minha vida (afinal, estou numa fase de descarregar coisas que acumulei na vida)(ontem mesmo foi um Atlas da National Geographic, trocentos gibis da Mônica e a porcaria do Artemis Fowl doados para a escola onde meu pai trabalha - e nos próximos dias trocentos gibis da Marvel/DC irão pra Gibiteca Henfil), um tanto para me desesconder.
Espero que gostem. Caso não gostem, reclamem aqui ^^

Minha primeira experiência internacional fora da imigração japonesa foi já no aeroporto, mas foi com uma russa perdida. Como infelizmente meu conhecimento de russo não passa do Как Вас зовут? ("qual o teu nome?"), Меня зовут Марсело ("meu nome é Marcelo") e das frases básicas que aprendi lendo X-Men (aprendi russo com o Colossus, alemão com o Noturno, portuñol com o Mancha Solar...), direcionamos ela para onde ela queria, o orelhão mais próximo, e rumamos para Tokyo.


Recapitulando: nas primeiras versões do meu vôo, eu desceria em Haneda, que é praticamente dentro de Tokyo (deveria estar usando "Tóquio", que é o aportuguesamento do nome da cidade, mas gasta mais caracteres... Pros curiosos, a romanização correta de 東京 é Tōkyō, com esses acentos estranhos em cima dos "o"), mas aí a British Airways surtou algumas vezes e me jogou em Narita, que fica quase 60km da cidade¬¬ Ok, tem trem e metrô ligando e tudo o mais, (pra comparação, aeroporto de Guarulhos fica a 25km do centro de Sampa, mas se gasta mais em taxi que em avião para chegar lá) mas ainda é longe pra dedéu. Como não entendia ainda o sistema de metrô/trens local, boiei mais ou menos no que acontecia (nem tinha idéias dos valores...) e fiquei admirando pelas janelas do vagão as inúmeras PLANTAÇÕES DE ARROZ entre o aeroporto e a civilização. Pois é, longe. Pra dedéu.


As distâncias dos aeroportos até o meu hotel em linha reta. Mas como ninguém anda de um ponto até o outro em linha reta...

Chegamos na cidade, mais ou menos na região onde ficaria o meu hotel - as ruas não tem nome no Japão (só as principais), então o sistema de endereçamento de lá é bem confuso para os não-iniciados - pegamos um taxi (meu único da viagem toda) e o tiozinho taxista se perdeu por quê 1) ele não sabia usar o GPS que era obrigado a usar 2) o sistema de endereçamento japonês é confuso para os iniciados também.
Por dó, aceitamos que eles no deixasse onde ele mais ou menos achava que deveriamos descer, e como o celular de meu amigo dizia que o hotel estava poucos quarteirões dali mesmo, fizemos o trajeto a pé (nos perdendo uma vez ou outra), chegamos e descarregamos a bagagem e tal.




Espécimes típicos de táxis

O primeiro detalhe de Tokyo que me marcou foram os taxis locais: feios de doer, em cores estranhas, parecendo caixotes, com os retrovisores lá na frente do capô. Não é surpresa que os motoristas sentem do lado direito - afinal, o país usa a mão inglesa no trânsito - nem que nos bancos se usem rendinhas para enfeitar os encostos, mas me surpreendeu pela estranheza de que uma cidade tão limpinha, tão eficiente... use uns trecos com cara de refugo dos anos 70/80 como taxi o.o' Raríssimos eram os com cores sóbrias ou modelos de carros mais contemporâneos.


Do hotel, fomos à Akihabara, procurar alguns... produtos para meu amigo e também comprar um iPad 2 para mim (o modelo mais barato, ね?): depois de ser adiado por causa do terremoto, o gadget tinha sido finalmente lançado na véspera da minha chegada. O plano era usar ele para twittar e navegar, roubando wifi alheio pela cidade. QUASE comprei em Heathrow, onde o menor preço era £388 (uns R$1.026, segundo o Google), mas deixei para depois achando que os preços dentro do aeroporto estavam inflacionados (descobri agora que eu estava errado, fora da prisão temporária para estrangeiros o bicho sai por no mínimo £399 (R$1.055) para os súditos da Rainha) e as notícias que li diziam que, fazendo as contas de conversão de moedas rapidamente, no Japão estava mais barato (¥44800, ou R$905).

Então, estava realmente mais baratos e os japoneses acharam o mesmo: os iPad 2 com apenas Wifi tinham acabado em Akiba (a forma curta de se falar "Akihabara"), mas dava para fazer reserva - só não havia previsão de quando apareceriam aparelhos novos... Por outro lado, os modelos com WiFi+3G sobravam no mercado, mas fora de questão: eu teria de fazer contrato de dois anos com operadora local, e nenhum dos lados gostaria de fazer isso :P




Shibuya: tá vendo o letreiro luminoso dentro do prédio? Então, ele é animado :P



Ainda em Shibuya, atenção para o detalhe do semáforo com contagem regressiva (as barrinhas verticais vão diminuindo)(por sinal, enquanto em Recife tem semáforos que mostram os segundos, São Paulo mal tem educação no trânsito...) e pro detalhe da pixação à direita... Sim, existem pixadores japoneses!! Mas não em grande escala como aqui X)


Já que no centro dos gadgets (e outras coisas, depois falo brevemente sobre Akihabara) não tinha, quem sabe numa Apple Store? Fomos para a de Shibuya... mesmíssima situação: só 3G. E avisaram que estava assim em todas as outras lojas da cidade. Otay...


Shibuya é praticamente "do outro lado da cidade", se usar o mapa do metrô japonês - a Yamanote Line (a tracejada em cinza e branco), por exemplo, passa lá e em Akiba. Ah, clique pra ampliar!


Asakusa: não tão formal ou chique, um ambiente mais vivo que Shibuya, gostei de lá na rápida passagem. Ou as minhas impressões do lugar são efeito do sono XD

De lá, passamos em Asakusa a noite - onde o comércio estava a toda e com sinais de que viraria até o dia seguinte - mas acabei voltando para o hotel e dormindo cedo, por quê o cansaço da viagem (e o jet lag) me derrubaram)


Mais uma notinha sobre Asakusa e Shibuya (o texto acima foi escrito de madrugada e metade dos meus neurônios já estavam dopados): segundo os textos que li, Asakusa é uma das regiões com mais cara de "Tokyo antiga", talvez por isso eu tenha simpatizado com esse canto, já que tem um quê de Centro Velho. Já Shibuya me lembrou a Paulista - lugar que só comecei a simpatizar quando descobri as livrarias e o Trianon :P - mas sem perceber as livrarias (que (talvez) devam existir) na região.

Ah, sim, Asakusa é onde tem escolas de samba :D

Japão 2011
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...nos posts sobre a viagem: uma das coisas que sempre estou adiando "para as férias", era pegar meu acervo de tralhas, separar o que quero comigo, e do que não quero, jogar fora o lixo, doar para parentes e bibliotecas a parte "útil" e vender as raridades.
Como isso demanda tempo, dias, não dá para fazer nos meses normais do ano: meu quarto está intransitável, estou atravessando nuvens de poeira e não toquei em metade que tem de ser triado. E o que já foi está espalhado em montes pelo chão do quarto e do corredor, talvez tome o banheiro...
Assim, vou tentar blogar o mais rápido possível - a memória da gente é algo fugaz - mas também vou tentar arrumar o caos instalado o mais rápido possível - antes que marissel tenha um treco com tanta bagunça...

...ou que os gatos decidam brincar com ela.

A vantagem de ter estourado o pé tantas vezes é ter conseguido o contato de taxistas nas idas e voltas para consultas, trocas de gesso e fisioterapia. Assim, pegamos um da lista e fui pra Guarulhos.

(se já estava gastando horrores desde que inventei essa história, não ia pegar um mercede com motorista e cobrador pra chegar lá, né?)(fora que é um aeroporto tão fora de mão que quase se necessita de avião para chegar...)

(comentaram no outro texto que uso muitos parênteses) (isso é verdade) ()

Cheguei lá trocentas horas antes, como recomendado, passei pelo check in (para certificarem quantas malas o mala aqui tava levando), depois pela fila de checagem do passaporte (que está em reformas para ampliação e onde ouvi pérolas tipo "que vergonha, parece uma Venezuela" e "mas viu que vai melhorar, vão privatizar!". Eu tinha entrado numa filial do PiG e não sabia!! =_=)
Depois passamos por mais uma fila, da segurança, onde tenho de colocar bagagem e tudo de metal na esteira pra ser checado pelo raios-x (não sabia que os computadores tem de ser colocados numa bandeija a parte) e eu passei por um detector de metal. Se alguém me lembrar que uma modalidade disso tem no meu trabalho, leva ¬¬'. To de férias!


Pobre que é pobre tem de tirar foto de avião quando embarca o/

Esqueci de comentar no post anterior: quando eu comprei as passagens em fins de janeiro, eu sairia do Brasil 27 à tarde, chegaria em Londres dia 28 depois do sol raiar, ficaria uma horinha lá e chegaria em Tóquio antes das 5 da matina do dia 29, no aeroporto de Haneda. Na volta, eu sairia dia 8 pouco depois do sol nascer, chegaria na manhã de Londres (fusos horários e a mágica de transformar um vôo de 10 horas em três), ficaria ONZE horas na cidade e chegaria dia 9 de madrugada em Sampa.

Quer dizer, dava mais que tempo para dar um pulinho na terra da Rainha na volta, né? Animado, contatei a @menciclopedia para conhecer a cidade na parada de volta pro Brasil.

Só que... fim de março, a British Airways decidiu mudar algumas coisinhas: na ida, em vez de ir pra Tóquio direto, eu daria antes uma paradinha de uma hora em Seul. Imagino que houvera muitos cancelamentos por causa do terremoto e colocar mais uns perdidos em terras sul-coreanas no bonde ajudaria a diminuir o preju. E também seria a única vez que eu colocaria os pés na Eurásia, já que tanto a terra do Imperador quanto a da Rainha são um punhado de ilhas.
Mas nem dez dias depois, mudaram de idéia e minha passagem na terra da Pucca foi cancelada. E mais dez dias depois mudaram tudo novamente outra vez: na ida eu ficaria SEIS horas em vez de uma em Londres e chegaria em Tóquio no aeroporto de Narita, mas dessa vez em um horário de gente, depois das nove da manhã. Mas na volta é que houveram mais estragos nos meus planos: o aeroporto também trocou pra Narita, sairia quase onze da matina de lá, chegaria as três da tarde em londres, ficando lá CINCO horas em vez do montão de horas que eu tinha antes :/ Considerando tempo gasto na burocracia para sair do aeroporto, no transporte de ida e volta para cidade e que eu tenho de estar poucas horas antes do vôo no aeroporto, os planos de passeio ficaram seriamente balançados. Vou te contar, a BA parece uma empresa aérea venezuelana, espero que privatizem logo* para melhorar.

Pra terminar, eu continuava chegando por aqui às cinco e tralalá da madrugada. Meh.


A primeira parte da ida foi tranquila: peguei corredor, conversei com brasileira que estava indo visitar Londres e a comida brincou de ir para meu colo. Descobri que tinha um mapinha no vôo que dizia onde estávamos (o trajeto foi ligeiramente diferente do que marquei no globo, óbvio) e fiquei brincando de checar altitude (11km!), posição e a temperatura lá fora (40 a 60 graus negativos...) quase todo o tempo em que fiquei acordado 8D


Chegando no chão, depois de várias voltas até autorizarem o avião pousar - já que tudo estava cheio por causa do casamento real - comecei a prestar atenção, qua a coisa é séria e eu não tinha mais a muleta da língua portuguesa: mushi, lê as instruções no avião, abre os ouvidos, segue placa, segue gente, sorria, não faça brincadeiras sem graça por que esse povo não é pago para rir delas. Mas até que me saí bem seguindo a manada: mostra passaporte, passo sem problemas, vai na maquininha de raios-x, tira computador, coloca na bandeija, tira mochila das costas, coloca na bandeija, coloca chaves e moedas na bandeija, passa por baixo do sensor.
- Passport, sir?
- Hm?
- Passport.
Ops. Deixei o passaporte em cima da mochila, que caminhava via esteira para debaixo dos raios-x.
Estiquei o braço apontando e fiz a minha melhor cara de "tá ali, foi mal".
- ...ah... ok... -_-'
Além da cidade, aposto que o saco dos funcionários do aeroporto também estava cheio com os turistas.






Falei que Heathrow é enorme e tem até um trenzinho levando os passageiros entre as seções? O saguão de espera é gigantesco, com trocentas lojas e preços inflados (em libras!). Depois de dar mil voltas, decidi trocar alguns dólares comprados em priscas eras pela moeda local e comer, já que eu teria um chá de cadeira imenso. Fiz um lanchinho básico, enrolei, andei, fiquei vendo a BBC falando de um assunto só nos telões, etc.


Comendo e twittando. E meu primeiro lanche internacional!
(falei que nessa terra eles colocam abacate em sanduíche? o.O)


Cueca com mapa do metrô londrino. Depois quem é brega mesmo?

Uma coisa que achei legal foi ver os funcionários de origem hindu e muçulmana com o traje do aeroporto modificado para suas crenças: quando fui pegar o avião para o Japão, quem nos levou até o aeroplano foi um senhor hindu de uns cinquenta anos, de turbante e barba branca bem arqueada ouvindo música da terrinha no ônibus :D


Como suspeitei, o vôo para o Japão foi quase vazio (praticamente ninguém nas poltronas do meio), tanto que fomos levados de onibusinho para ele. Do meu lado, só um japonês e muito sono na cabeça, já que viraríamos a noite no ar.

(Claro que ninguém consegue dormir as 10 horas inteiras de cada etapa e fiquei tirando fotos da janelinha e checando o tal mapa: curiosamente, cruzamos a Dinamarca, mas houve um desvio para não passar por sobre a China)

Antes de chegarmos em terra, a tripulação nos torturou com o horrível café inglês de bordo (agora sei por que preferem chá) e com o igualmente ruim café da manhã inglês de bordo (horrível e gorduroso... salsicha defumada, um omelete alien e cogumelos, coé??), e também distribuiram o formulário da alfândega japonesa mais a ficha de desembarque para preenchermos**.

Quer fazer amigos estrangeiros? Leve caneta e aguarde o momento para sair emprestando. Fica a dica X)


Enfim, Japão. Cruzei o país de oeste a leste...


...o que me permitiu ver neve pela primeira vez na vida, mesmo que a onze mil metros de altura XD Eu poderia ter visto na Sibéria, mas era noite e eu estava dormindo de qualquer forma :P

Pousamos. Sabe a ficha de desembarque? Ela tem interessantes questões no estilo "sim ou não": "Você já foi deportado do Japão ou teve entrada negada anteriormente?", "foi considerado culpado em processo criminal no Japão ou em outro país?", "você está carregando narcóticos, maconha, ópio, estimulantes ou outras dorgas, espadas, explosivos etc?"... fiquei pensando quem é que seria bobo de colocar "sim" em qualquer uma pergunta dessas, até que na primeira fila pra checagem de visto, vi um casal de franceses (ou belgas) perdidos que estavam quase colocando um X em todos os quadradinhos com "はい/yes" o.o' Ajudei os dois a preencher corretamente, a pedido de funcionária japonesa (desesperadamente educada com tanta gente para só ela administrar). Tem enganos que são legais acontecer apenas em filmes X)


Acredito que isto seja sério, né?

Minha vez de ser atendido. Funcionária japonesa. Meu conhecimento de nihongo está tão íntegro quanto a usina de Fukushima. O meu de inglês parece Three Mile Island. Ela faz perguntas numa língua, depois na outra com sotaque. Ela quer saber quanto tempo vou ficar, quando vou embora, etc, estas coisas. Pego papel e caneta, meu inglês escrito é MUITO melhor que o meu falado (mas minha caligrafia... -_-') Tento me explicar, começo a sacar papeis e papeis de reserva de vôos, hotel etc da bagagem. Ela me libera com cara de quem diz "vaza"! XD


Nota rápida sobre os dois idiomas: japonês é uma língua extremamente silábica com verbo no fim da frase e relativamente poucos sons; inglês é uma coleção de onomatopéias e grunhidos com verbo no meio.
Então, imagine as dificuldades de um falante de uma língua tão certinha tentando falar naquele espasmo vocal que é nossa língua franca: daí que japoneses tendem a serem péssimos falantes de inglês! O único ponto de concordância é que em ambas as línguas você escreve de um jeito e fala de outro...


Vazei e fui para o moço do raio-x. Mais perguntas, mais caneta e papel e mais uma vez fui dispensado logo. Acho que aprendi uma técnica ninja.

Por fim, peguei a mala que já me esperava nas esteiras e saí, onde meu amigo esperava o mala que chegava do Brasil :)

Japão 2011
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Notas:
* a British Airways é uma empresa privada desde 1987
** quem quiser ver os bichos documentos a serem preenchidos antes de entrar no Japão, aqui estão eles em detalhe: alfândega frente, alfândega verso, desembarque frente, desembarque verso.

Antes de tudo: como tenho amigos estrangeiros, o blog vai ser kinda bilíngue daqui pra frente, dependendo do meu humor e preguiça (por exemplo, esse post é grande, então não vou traduzir :P). Como é público e notório, meu inglês é R•U•I•M, aceito correções, mas não levem essa tarefa muito a sério, ok? :P

Fim do ano passado, surtei de pedir passaporte: fiz e paguei a requisição no site da Polícia Federal, algumas semanas depois fui em um posto entregar a documentação, recolher as digitais, etc. Em duas semanas o teria em mãos :D Aí, entre uma data e outra, torci o pé e do dia de ir buscar, decidi ir mancando mesmo, debaixo de chuva (isso é, tava caindo um dilúvio aquele dia e a besta aqui impossibilitada de correr, mas teimando em não levar guarda-chuva) pegar o dito cujo.
Mas, só depois de semanas de ter tirado, decidi o que fazer com ele...


Bom, um dos meus critérios pra viajar é ter gente para conhecer do lado de lá. Foi assim quando fui pra Recife e pra Brasília, foi assim quando fui pra FIQ em Belo Horizonte e também nas inúmeras vezes que visitei o Carioquistão. Tenho amigos nos EUA, mas por motivos técnicos resolvidos só recentemente, eu estava impossibilitado de vê-los (#lalala). Mas no Japão tenho um amigo de colégio morando lá desde o século passado, e um punhado de anos atrás ele deu as caras por aqui a serviço, por que não ir lá?

("por que não?" é a pergunta que mais me fez fazer coisas esquisitas de que não me arrependo ^^)

Conversei com ele, beleza. Meus plano de mushi envolviam eu ficar na casa dele e economizar uma fortuna em hotel =P Mas isso furou por que a mãe dele não estava bem (e deu alguns sustos na gente no começo do ano) e estava morando com ele, pçortanto eu não caberia lá. Ok, vamos ao plano B: hotel. E comprar passagens, comofas/
Aí, comentei meus planos de viagem para a @Apocrypha, que falou que amiga dela trabalhava numa agência de viagens, e me passou o contato :) Sei lá, eu tinha receio de agência de viagens, o Adilson tinha até me indicado algumas usadas pela colônia aqui - mas eu imaginava burocracia, engessamento de roteiros, além da minha fobia crônica em entrar em lojas e perguntar =_= - mas no fim das contas foi o melhor que fiz: eu não tenho tempo e skill para organizar todos os detalhes da viagem, eles tem. Mesmo pagando um tanto a mais (e acho que paguei a menos, agências costumam ter descontos em passagens e tal por fazerem compras grandes), o que eu economizei em aspirinas e tempo é priceless X)


Ok, contatei a Patrícia e por trocentos emails com ela (e com alguns repassados para o Adilson), fomos acertando os detalhes: ficaria 10 dias lá, sem um roteiro fixo para seguir - meu plano sempre foi ter uma "base" em Tóquio e de lá decidir pronde ir. Como o consulado japonês EXIGE que você já tenha pago avião e hotel para depois pedir o visto, a aventura já começa dando as primeiras facadas épicas no orçamento XD
Também consegui marcar as minhas férias para o fim de abril, concidindo minha chegada no Japão com a Golden Week, uma série de feriados emendados lá, praticamente uma "semana do saco cheio" nacional x) Isso daria alguma liberdade para meu amigo me ajudar por lá, mas também seria outro motivo para eu reservar hotél o mais rápido possível.

Como meu RG decidiu estragar, decidi tirar um novo antes de mandar a documentação pro visto, e depois enviei tudo (original e xerox de trocentas coisas) pelo correio. Aí, soube que, por orientação do despachante da agência de viagens, eles aguardariam algumas semanas para fazer a solicitação: como o visto japonês tem validade de só três meses, era melhor pedir um pouco mais em cima da hora para ele não vencer antes mesmo de eu começar a viagem o.o'

Nesse meio tempo, também decidi desenferrujar meu conhecimento tênue de nihongo pelo Livemocha - eu pegaria mais firme nos estudos em abril - e também decidi que ficaria quieto sobre meus planos de viagem no twitter e blog, seria legal fazer uma surpresa para todos né? "oi, adivinhem onde eu tô agora? XD"


Então que a natureza decidiu me trollar e tornar minhas férias épicas antes mesmo de embarcar: no níver de um ano de Milla, houve o terremoto no Japão e todo mundo sabe dessa história. E aí, viajo ou não? E radiação? Como estão as coisas lá? Amiga japonesa me fala que NÃO DEVO viajar. Outro me fala que ela é assustada e que Tóquio está tudo relativamente ok, tirando o racionamento de energia ("a crise no Japão vai ser em agosto, com o verão de trinta graus e os ar-condicionados desligados..."). Cada novo tremor e notícia de Fukushima vinha gente da família e do msn me recomendando que talvez não fosse boa idéia eu ir pra lá, ainda mais quando declararam nível sete pro desastre nuclear.

Como o maior inimigo do medo é a informação, passei esse mês e tanto lendo o que podia sobre o desastre (CNN (mais histérica), BBC (um tanto menos histérica) e Al Jazeera (que ganhou créditos comigo ao fazer uma boa cobertura na ocupação do Complexo do Alemão) eram visitados diariamente) e sobre radiação em si (o texto das bananas que traduzi foi um dos melhores achados contra a histeria da imprensa), acho que eu tinha alguma tranquilidade.
Até por que evitei ver os telejornais daqui, afinal, televisão não é exatamente um instrumento de precisão jornalística, e sim de entretenimento em massa.


(meus 2 centavos sobre o "nível 7": não significou que a situação no Japão tinha piorado ainda mais aquele dia, mas que estavam assumindo que o desastre era tão ruim quando parecia ser. Foi uma alteração de nomenclatura com fins de Política, uma arte em que as palavras tem mais poder que na vida real: como o bicho agora tinha um nome mais feio que "nível 5", fica mais aparente pros burocratas o tamanho da caca para eles fazerem o que deve ser feito...)


Contador Geiger a venda em Akihabara por cerca de R$2700. Foi o único anúncio desse tipo que vi.

Enfim, quase desisti, mas decidi teimar e as pessoas começaram a falar menos para eu não ir a medida que o assunto esfriou no noticiário x)


Nesse meio tempo, os papeis foram enviados para o consulado: reservas, extratos bancários de meses, holerites, declarações de imposto, carteira de trabalho (tenho mais tempo de banco do que eu gostaria, isso deve contar pontos a favor), comprovante de férias... tudo com cópias. Os documentos chegaram no consulado, os funcionários olharam para eles e me negaram o visto por falta de renda.

Wat?! o.o'

Pois é. Os papéis nem esquentaram a mesa e foram rejeitados ¬¬ Me sugeriram juntar rendimentos dos meus pais e uma declaração deles com firma reconhecida em cartório de que eles estavam custeando minha viagem.

Wat²?! o.o

Powxa, já passei da idade de meus pais me custearem, pior, eu mesmo que tava bancando tudo, as transferências estavam evidentes nos extratos XD Isso não colaria e eu teria um prejuízo do tamanho do Kraken...

Mas. Colou. !. =_=

(tenho lá umas teorias, mas não coloco aqui em público. Mas até entendo que o governo japonês é cismado com brasileiros dizendo serem turistas e se perdendo na multidão de ilegais, mas por outro lado, eu nunca passaria despercebido no país, tampouco me misturaria com a população XD E, desde a crise de 2008, muita gente decidiu abandonar lá e voltar para cá. Conheço caso de gente que casou com japonesa e deixou a esposa e filhos lá para ver se conseguia algo por aqui)


Enfim, eu tinha visto e todo o resto, só faltava agora os detalhes menores que deixei pro fim: ienes, roupas novas, preparar o site, bagagens, limpar kindle e Lapxuxa (fisicamente e de pirataria, nunca se sabe o que podem implicar com você na entrada de outro país)...


E então, contei que por causa das preocupações radioativas, acabei não estudando japonês? XD


Japão 2011
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"Órgão Expedidor" é um daqueles campos de formulários em que as pessoas sem muita convivência com documentos e burocracias (no sentido "neutro" da palavra) mais se atrapalham. Geralmente significa onde a identidade foi feita e na maioria dos casos você responde com SSP/XX (Secretaria de Segurança Pública e XX é a sigla do Estado onde foi feita. tipo SSP/SP, SSP/RJ, SSP/PE, SSP/AC etc)

(Como por aqui é SSP/SP, já vi estagiários achando que para as outras Unidades da Federação seriam RRJ/RJ, PPE/PE, AAC/AC... -_-')

Enfim, hoje uma das caixas estava morrendo de rir:



Não sei se o culpo por não saber o que é "orgão expedidor", mas acho muito feia a opção dele :P
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