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Antes de começar as resenhas: ô site RUIM DE NAVEGAR o da Guará.

Pérola (de Gabriel Wainer, Kika Hamaoui e Péricles Júnior) - depois do Doutrinador, o segundo gibi da Guará que li foi esse. E ainda sob efeito da primeira leitura, achei ele dentro do padrão "super-heroi com autor transbordando testosterona contando historia 'feminina'" (no qual o já citado Frank Miller dos anos 1980 é o melhor expoente, mas não o único) (e cujo próprio Miller no século XXI é demonstração do quão isso faz mal pra uma pessoa :P):
• mulher pra fazer algo precisa ser puta: ✔
• pai que abusa filha: ✔
• mata pai abusador: ✔
• personagem paga peitinho, porque é pra público "adulto": ✔
....enfim, ela pega varias coisas de personagens femininas desse tipo de enredo... mas no fim ela não tem nada dela além de clichês, e por isso você acaba por não se importar com a personagem :P E quando some a irmãzinha que ela cuida [✔], você descobre que se importa menos ainda com a criança porque a menina consegue ter menos personalidade ainda. Outra coisa: aparentemente a personagem-título tem superpoderes, mas é algo que ficou pro proximo capitulo, se tiver.
Bonus track: aparição desnecessária do Doutrinador pra encerrar um mini-arco dentro do gibi que narrativamente dá em nada.

# Veredicto: não atiçou minha curiosidade para ler o #2.
# Bom: o acabamento destas revistas sempre vão ter destaque :P (considere isso em todas as revistas resenhadas nessa leva). E desta vez o gibi é 100% gibi :P (também considere isso em todas as revistas resenhadas nessa leva)
# Mau: ...ainda assim, acho que consegue ficar abaixo do Doutrinador (e de Novos Atlantes, que fica melhor a cada novo super-herói nacional que encaro)
44 páginas • R$ 12,90 • 2019 • veja no site da editora

Os Desviantes (de Gabriel Wainer, Rafa Kraus e Juliano Henrique) - o gibi tem premissa interessante, se passando nma distopia pós-cataclismo no Rio de Janeiro, com sociedade divididas em castas etc tem até um textão enorme explicando o mundo logo na abertura da revista. Mas é sem sal, demais e tenta ser sério, mas quem escreveu não sabe narrar, com muitos balões bem cheios de palavras por página, demais até pra quem foi criada por gibis dos anos 80.
(...inclusive, parece que o autor caiu em alguns erros meus, tipo empolgar com dialetos inventados :P)

# Veredicto: promete virar filme, mas sequer instiga a ler o #2.
# Bom: algo diferente do gênero "super-herói urbano" da editora tem um universo que parece ter até uma construção legal...
# Mau: ...mas saber construir não basta, tem de saber apresentar também.
44 páginas • R$ 12,90 • 2019 • veja no site da editora

Santo (de Gabriel Wainer, Luciano Cunha e Mikhael Raio Solar) - Cara, nem parece ser um gibi feito pela mesma equipe do Doutrinador. De longe, é a melhor revista da editora, na minha humilde opinião. O personagem central é médium, tem uma namorada umbandista, temos entidades sobrenaturais e na história existe uma seita (não são crentes) destruindo terreiros (coisa baseada em fatos reais e bem recentes) e o herói (?) vai lutar contra eles XD

# Veredicto: o contrário das outras três revistas da Guará :)
# Bom: é a com melhor potencial, me lembra (de longe) Constantine ou o Shadowman (da Valiant).
# Mau: a capa inspirada demais em Mike Mignola :P E já deu no saco isso de "vilão nazista"....
44 páginas • R$ 12,90 • 2019 • veja no site da editora


Índice de resenhas e movimentações da minha estante:

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O Doutrinador (de L. Cunha e G. Wainer) - Antes de você ler essa resenha, avisozinhos:
1) eu coloco aspas em "resenhas" no título do post, e não é a toa: não sou boa nessa arte e tem gente que faz análise de HQs (e livros) melhor que eu internet afora.
2) nunca neguei que tendo à esquerda no espectro político, talvez isso se reflita no que vou escrever a seguir. Ou não. Inclusive, me sigam no twitter pra ver o que é doutrinação de verdade :P (to brincando!! :P)
3) o texto abaixo é dado apenas com base apenas na HQ impressa, ignorando inclusive material que tem ou teve na internet - imagino que isso reflita o perfil de boa parte das pessoas que pegarão o gibi nas bancas.

O personagem caiu no meu radar nem lembro como, acho que com o anúncio do filme, que não vi (e só vi o trailler depois de ler o gibi) e não me interessei, tanto pelo herói quanto pelo filme, etc. Mas, sabe como sou, rata de banca, que viu as revistas bonitinhas e coloridinhas expostas junto dos personagens de sempre, a preço acessível e ninguém levando... - ô dó - decidi arriscar, mesmo com minha mente apitando alto "é uma cilada, Bino", em nome da arte resenhística :P

(Na verdade, algumas das minhas compras são na base da curiosidade mórbida mesmo)

Bom, vamos ao que interessa: eu esperava encontrar uma aventurona em que um personagem casca grossa (um Justiceiro genérico, ou algo vagamente inspirado na xerox da xerox de Batman: O Cavaleiro das Trevas, um decalque do Miller do século XX) bate/caça/mete medo/whatever em políticos e, de brinde, o autor tira uma de pessoas com orientação política liberal/esquerda, já que ouvi que o criador do Doutrinador é mais alinhado pro conservadorismo político ou algo assim.
Existem muitas boas histórias assim, entretenimento puro.
Ou, por causa do nome, um personagem com discurso de massas, que educa segundo uma linha ideológica, uma doutrina. Fazer bons enredos nessa linha mais é mais complicado, mas ainda é viável.

O que encontrei: das cinquenta e duas páginas do gibi, vinte e três são fotos e textos rasos sobre o filme ("eis a nossa Gotham", "o nosso Clarin Diário", "ela é nossa Robin"). O resto são sequências de "ação" onde o personagem tem uma luta mal elaborada com um guarda e, duas vezes, ele atira à distância (sniper) na cabeça de "políticos corruptos". Sem conflito, sem trama, quase que asséptico e higiênico, acrescido de diluídas pistas do passado do tal Doutrinador e do contexto que ele vive.
E há também páginas que são meio que "pin-ups" com o que parece ser o bordão do personagem: "eu sou a urgência das ruas". São de nove à doze páginas (por aí, algumas fazem parte de uma das sequências de "nosso herói fica longe, pega arma e mete chumbo certeiro", mas a história não depende delas e vice-versa) em que o protagonista faz pose e diz que representa e esteve com todas as parcelas do povo brasileiro (tem até o Doutrinador de cocar junto com índios e Doutrinador no sertão com touquinha imitando o estilo cangaceiro). Fica a impressão que tentam alavanca-lo como a nova máscara de "V de Vingança" ou "Casa de Papel" pra vender em alguma futura onda de protestos :P
Enfim, se tem o Doutrinador tem alguma doutrina, ela é derivada de algum joguinho de tiro, daqueles bem simprão, com boneco parado e fiapo de enredo, porque algo mais elaborado não cabe na memória do cartucho.

# Veredicto: Não chega a ser ruim, mas não consegue ser nada. Faltou gibi e qualquer historia tosca do Frank Castle faz melhor.
# Bom: a arte meio dura, mas boa, assim como as cores. E o acabamento dos gibis da Guará merecem estrelinhas na caderneta.
# Mau: fica a impressão que colocaram as historias originais de quando apresentaram o personagem, e esqueceram de colocar algo com trama.
52 páginas • R$ 12,90 • 2019 • veja no site da editora

O que mais me incomodou no potencial desse personagem é que ele parece ser dirigido pelo senso comum da opinião pública: geral diz que político X é corrupto e mal, então vamos abatê-lo e voltaremos a ser puros e limpos. O problema é que opinião pública é direcionável, especialmente quando se caça bode expiatório, então é quase certeza de quem vai ser abatido é o menos queridinho de quem grita mais alto na feira de opiniões.
Outra coisa: apesar que a fantasia usa muito o clichê de "matando o feiticeiro, tudo que é mal se desfaz", na vida real, quando político cai, quase certeza que quem o colocou lá vai colocar outro do mesmo naipe no lugar. Quem pôs os políticos nos seus cargos não foram os marcianos.
E nem to pondo em pauta aqui a discussão ética de "matar alguém para resolver problema", mas do personagem ir matar sem contexto ou sem conflito físico para justificar (narrativamente) o ato. Tem algo de doente em simplesmente eliminar uma vida de forma impessoal e sem tirar uma gota de suor ou sangue do "herói".

Em tempo: autor deu opinião política fim de semana passada (bem de acordo com o esperado) e editora se distanciou dela :P


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(The Blizzard)
Criado por Stan Lee em 1963, Gregor Shapanka era um dos pesquisadores de maior confiança de Anthony Stark (veja Homem de Ferro), até que decidiu roubar os planos dos microtransistores utilizados na primeira armadura do Homem de Ferro para vender a quem mais lhe pagasse. Despedido da Stark Internacional, Shapanka usou seu gênio para criar um uniforme de combate capaz de gerar intenso frio e, dessa forma, buscar vingança e conquistar riquezas. Após uma breve aparição, ele foi derrotado pelo vingador dourado.


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Desafiadores do Destino - Disputa Por Controle (de Felipe Castilho, Mauro Fodra e Mariane Gusmão) - Mais uma HQ nacional retirada da pilha, onde os personagens tem pose e estilo tão fortes que você nem se lembra da palavra "clichê", idem pro mundo "steamfantasy" onde tudo acontece: cinco pessoas especiais de origens (bem) diversas são convocadas para acompanhar um embaixador de uma ilha onde haverá o embate de duas potências - Atlântida e Lemúria - e, sendo gibi, é óbvio que isso dá confusão =P
O ritmo dos acontecimentos é intenso, os fatos se atropelam e, por isso (além da escassez de páginas), nada é muito desenvolvido. Temos fragmentos de quem e o quê aqui e ali, principalmente nos flashbacks da convocação do não-grupo de protagonistas e de repente a briga estoura, cresce e você não tem muita noção de quem está brigando e onde - nem tem muito tempo de ficar perguntando por isso. De qualquer forma, a história se fecha à contento, mesmo achando que ficou faltando "a cena", algo para arrematar ou virar o jogo no nível da epicidade construída e mostrada.

# Veredicto: Leitura ágil, divertida, mas um tico confusa. Divido igualmente entre roteirista, artista e colorista os méritos e deméritos da afirmação anterior :P.
# Bom: Apesar dos problemas citados, o roteiro está redondo e as apresentações dos personagens estão na doce certa. A arte está excelente, a diagramação idem e as cores estão à altura do conjunto sem dever nem disputar atenção.
# Mau: A pressa: mal sabemos quem os personagens são e o que fizeram... e, às vezes, até o que estão fazendo. Vários personagens do grupo são descartáveis e a história como está anda perfeitamente sem eles (inclusive temos redundância de robôs :P). E me causou estranhamento porem tudo isso acontecendo nas Falklands/Malvinas e não termos uma elo sequer nos garantindo que as ilhas fictícias e as reais tem algo em comum além do nome.
64 páginas • R$ 39,90 • 2018 • veja no site da editora


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Apesar de alguns dos semáforos não existirem mais (nem as câmeras que tiraram boa parte destas fotos ;_;), essa série não acabou ainda. Sou joaninha brasileira e desisto nunca ò_ó!!

O Mercado Municipal (ou "Mercadão") fica numa região feia de se chegar, mas é um dos meus lugares preferidos na cidade, mesmo chegando lá tão pouco: ali se acha frutas que você nunca viu na vida, e as que você já viu encontra em tamanhos inéditos por lá.


17jun17

Lista do semáforos até agora registrados:
Theatro Municipal
Prédio do Banespa
Liberdade (luminárias)
Liberdade (arco)
Monumento às Bandeiras
Edifício Copan
MASP
São Bento

Pátio do Colégio
Pinacoteca
Estação Júlio Prestes
Museu do Ipiranga

Pela minhas contas, além das postagens que não pus aqui ainda, faltam dois semáforos para conferirmos se ainda existem. O do Memorial da América Latina foi retirado antes de eu tirar foto, e não fomos checar ainda os do Pacaembu e da Ponte Espraiada por serem muito longe =/

Os Novos Atlantes (de Ismael Chedid, Frank Tartarus e Adan Marini) - A primeira vez que vi este gibi foi na Cultura daqui de SP: a capa dura dá sempre um ar de respeitabilidade à qualquer publicação (por mais que eu ache um recurso desnecessário), mas o desconhecimento dos personagens e dos autores me fez deixar os gibis onde estavam. Ou, como disse um conhecido "Cara, com um nome desses eu já encaro com desconfiança".
Mas, como fui num evento de literatura fantástica lá em Porto Alegre, acabei pegando o gibi na empolgação das compras: tava com desconto e quase que consegui autografar, mas os autores não estavam na mesa naquele momento.
Enfim, acabei pondo na pilha de leitura, meio que no espírito "se não for bom, menos um ocupando espaço na estante" e li, né? Bom, a trama se passa num país não-especificado da América Latina (pois é) e envolve deuses que na verdade são aliens do passado, crianças/adolescentes que ganham poderes, uma batalha com bichos feios que praticamente destroem uma cidade e basicamente é isso. É um amálgama de vários clichês e plots que são legaizinhos, mas que foram jogadas na trama de forma descuidada, apressada até... ilustrados por um traço regular-pra-bom que não brilha. A diagramação não colabora, nem as cores - que desconfio que foram mais prejudicadas ainda pelo papel, mas não manjo dessas tecnicidades.

# Veredicto: me deu vontade de pegar enredo, background, personagens, tudo e refazer direito pra mostrar como se faz ¬¬ E olha que não sou tão competente assim.
# Bom: a encadernação é bonita :P Alguns personagens prometem ser legais, mesmo forçados (tipo o mago que parece ser um primo (muito) distante de Constantine com o Zeppeli, de JoJo) e tem várias coisinhas que são bem feijão com arroz no gênero super-heróis, que dariam um pratão bem feito se não fossem colocados na mesa de forma tão corrida.
# Mau: Tá verde, muito verde, tanto roteiro quanto a arte. Tem personagens ali que não tem desenvolvimento, parecem só existir para cumprir o número mínimo de pessoas para a formação de um supergrupo. E tá apressado, demais: tem conceitos que podiam ser guardados para histórias futuras, colocadas aos poucos e ir compondo o cenário maior, tipo, por exemplo, o X-O Manowar do Robert Venditti).
80 páginas • R$ 25,00 • 2017 • veja no site da editora

Da Terra à Lua (de Estevão Ribeiro) - uma HQ inspirada no livro do Verne, no de H.G. Wells e no filme de Georges Méliès (três obras que preciso conhecer, diga-se de passagem): o Clube do Canhão dos EUA, em pleno século XIX, decide enviar pessoas à Lua. A história conta os motivos, os preparativos, a ida e a aventura que eles tiveram lá antes de voltar, no simpático traço do Estevão.
Aqui o enredo tá redondinho, os personagens tão construídos, algumas piadas funcionam, mas...... o roteiro e a diagramação precisassem de uma segunda demão, uma melhora e afinada nos elementos. Gostei da arte aqui, talvez precisasse trabalhar mais as cores. Talvez.

# Veredicto: É uma história gostosinha e simpática pra se ler numa tarde.
# Bom: Traço e personalidade dos personagens se casam muito, naquele humor de personagens cômicos se esforçando em serem sérios de desenhos antigos.
# Mau: Dava pra ser melhor, tem espaço pra isso. Mais de 300 mil quilometros de espaço :P
80 páginas • R$ 39,90 • 2014 • veja no site da editora


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Às vezes escrevo histórias espaciais.
Às vezes gosto de fuçar informações sobre os planetas e as outras bolas de rocha e gás que giram em torno do Sol junto com nossa bola azul de rocha, gás e água.

Nós meus primórdios da Internet, nos idos de 1997-98, achei dois sites que eram muito interessantes - especialmente naquela era pré-wikipédia - feitos bem no espírito de disseminar informação porque as pessoas pareciam querer disseminar informação e não conseguir centavos em propagandas caçando cliques. E, estes dias lembrei deles e fui se eles ainda existem, e sim, estão lá =) Mas, aviso, além de estarem em inglês, eles são da época em que Plutão ainda era planeta :P

Um deles é o Views of Solar System: ele tem fotos, tabelas e muita informação sobre os corpos do Sistema Solar. Boa parte do que tem lá já deve ter sido canibalizado pela Wikipédia faz tempo, mas acho que vale uma visita :D

O outro é Earth and Moon Viewer, que é mais "interativo" em que você vê mapas da Terra mostrando quais áreas estão de noite agora ou na Lua. Atualmente é o tipo de informação que você encontra incorporado em vários programas bestas até, mas sabendo fuçar nos controles desse site você pode refinar is dados para conseguir aquela informação exata para sua história espacial (como digo, escrevo elas, às vezes :P)
Inclusive, noutra página do site tem o Home Planet, esse soft para windows aqui:


Mapa da sobra da Terra e posição da Lua sobre nosso mundo em qualquer data, assim como...



...posição dos planetas no Sistema Solar...



...e das estrelas no céu :)


Claro que existem programas melhores que esse ancião, mas ele é pequeno e funciona bem pro que se propõe.

(tem uma cena em meu lendário wannabook que fiz uma viagem da Terra até metade do caminho para Marte e, para dar um pouco de realismo, usei dados desse programa e do Celestia, que eu devia falar também, mas fica pra outra ocasião ^_~)

Página 104: Madame Hidra
Página 105: Madame Máscara
Página 106: Maggia
Página 107: Magneto
Página 108: Magnum
Página 109: MagnusMagus
Página 110: MaliceMandarimMandróides
Página 111: MangogMariane RodgersMariko Yashida
Página 112: Marla MadisonMarleneMary Jane Watson
Página 113: MaximusMay Parker
Página 114: MedusaMefisto
Página 115: Meia-NoiteMesmero
Página 116: Melissa GrevilleMentor
Página 117: MercenárioMercúrio
Página 118: Mestre dos Bonecos
Página 119: Mestre KhanMestre da Luz
Página 120: Metalóide
Página 121: Mestre MentalMetamorfosMeteoro
Página 122: MI-6Mímico
Página 123: Miss MarvelMister Hyde
Página 124: Misty KnightModok
Página 125: Monge do ÓdioMongol
Página 126: Mônica LynneMonolito Vivo
Página 127: Mestre do Kung FuMorbius
Página 128: Mordecai BoggsMórdilo
Página 129: Morgan
Página 130: Mortalha
Página 131: MoscaMotoqueiro FantasmaMulher-Aranha
Página 132:
Página 133: Mulher-Hulk
Página 134: Mulher Invisível
Página 135: Mysterio


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Yeshua Absoluto (de Laudo Ferreira Jr. e Omar Viñole) - Adaptação em quadrinhos da vida de um cara lá de Nazaré. Gibizão nacional, um tijolo de capa dura com trocentas páginas em preto e branco - inclusive dei "oi" pro autor numa FIQ, pena que eu não tava com o tijolo comigo para pedir um autógrafo... -, com traço que tende ao caricato, um acerto perfeito esta história, que não é ipsis litteris aos relatos dos evangelhos.
Para alguém que anda lendo, relendo e virando do avesso os quatro textos canônicos é legal ver as pequenas alterações que o autor colocou pra fazer a história funcionar como tal, fora inclusões que devem ter vindo de outras fontes tradicionais (inclusive o gibi começa com a narração da concepção de Maria Miriam, que eu nunca tinha lido :P) e apócrifas. Laudo faz recriações bem engenhosas e críveis de várias passagens e vários dos personagens que são quase que planos no Novo Testamento ganham personalidade e temperamento bem distintos, e também muito bem encaixados no contexto e até no canon (ainda mais considerando a pouca informação dada nos textos oficiais :P)
Por exemplo, Pedro Shimon (esqueci de dizer: todos os nomes tradicionais foram substituídos por mais próximas do original) é pai de família, cético, pé no chão, irascível. Mateus Matitiyahu é um cobrador de impostos meio bonachão, mas, mesmo com poucas cenas você percebe o fdp que ele é/foi (cobrador de impostos, né?) por trás daquele sorriso fofo. Judas Yehudah (o Iscariotes, não o Tadeu) mal chega e já mostra pro leitor o tipo de mentalidade e background que o farão ser o judas da história: o cara bem intencionado, e cheio de falhas, que acha que joga grande e só depois vê que foi persuadido por jogador mais calejado e fez merda. Outro personagem que tá bem retratado é João Yohanán (o Batista).... afinal, era um tipo meio doido pregando no deserto. E é a primeira vez que vejo JC e JB se tratando como os parentes que Lucas diz que são. Outro personagem que achei bem caracterizado é Pilatos Pilatus, mais pragmático e menos mocinho que nos quatro evangelhos - provavelmente mais próximo das fontes históricas da época ;p
Voltando a falar em fontes apócrifas, deu para perceber que o roteiro tem muita influencia dos textos gnósticos da época - e pelo jeito terei de ler esse material :P Isso se reflete muito em Maria Madalena Miriam Magdalit (personagem que cresce bastante, e de forma desconhecida para quem só leu a Bíblia), desconfio que material fora do cânon foi fonte das cenas da esposa de Pilatus (ela tem um versículo em Mateus e ganha páginas e páginas no gibi :P) e tem umas mensagens nos diálogos que deixariam alguns puristas de cabelo em pé e que certamente vieram destes textos "aliens" :P Outro ponto de nota é que os milagres são narrados de forma bem discreta, alguns são descritos como fatos corriqueiros que foram tomados como sobrenaturais, como por exemplo o exorcismo de Legião e, talvez, a Multiplicação dos Pães. E ao menos um milagre fica bem em aberto (evito spoilers :P) se foi ou não.
O arco da Natividade está legal, com uma reinterpretação quase completa das cenas relacionadas aos Magos e mais pra frente Herodes Hordus filho lembra o que o pai aprontou para evitar a chegada do Messias x) E a construção política que levou Jesus Yeshua ao calvário tá muito bem feita, inclusive encaixando alguns das atitudes dEle em Jerusalém Yerushalaim na progressão dos fatos.
E, para encerrar, também achei foda Ele errando, vendo que fez errado e pedindo desculpas, o que só engrandece o personagem (e qualquer pessoa).

# Veredicto: uma das melhores leituras desse ano.
# Bom: o traço caricato e extremamente expressivo, a recriação bem redonda dos fatos, os personagens estão bem construídos em cima do que sabemos deles.
# Mau: Sinto muita falta de notas de rodapé mostrando de onde o roteirista catou algumas passagens e o que ele tirou da própria cabeça :P Também fizeram falta algumas passagens que talvez dessem capítulos legais (Bodas de Caná, o Discipulo Amado) e em vários diálogos os personagens vivem citando que Jesus carrega multidões e tal, mas você não tem esse feeling na história, visualmente o grupo é ele e os poucos de sempre. Yeshua é um gibi caro, mas vale cada lépton investido.
548 páginas • R$ 140,00 • 2016 • veja no site da editora


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Príncipe Valente - 1938 e 1939 (de Hal Foster) - bom, o segundo volume da série veio encartado junto do primeiro e comprei o seguinte, com a idéia de que se gostasse, pegava os seguintes. E já que tinha comprado, deixei pra ler depois, eventualmente li e... ao contrário do primeiro volume, aqui a narrativa me pegou: o personagem, os personagens secundários e tramas evoluem. Por exemplo, um triângulo amoroso que tinha tudo pra ser mais do mesmo sai da caixinha e se torna algo diferente, com companheirismo e tragédia. Além de tragédia, também há humor e epicidade (Andelkrag!), tudo no traço foda de Foster.

# Veredicto: bobeei e deixei passar várias edições, como conseguir as atrasadas???
# Bom: roteiro simples e eficiente, a narrativa vai te pegando a cada página, com curiosidade do que acontece na seguinte. E Hal Foster é um artista de um realismo de te fazer buscar o queixo no chão.
# Mau: o gibi é caro e se você preza por historicidade dos fatos, vai se ofender: o autor não tem dó de misturar períodos históricos díspares na sua cronologia.
76 páginas • R$ 44,99 • 2019 • veja no site da editora

Senhor Milagre - 1 e 2 (minissérie em duas edições; de Tom King e Mitch Gerads) - mesmo depois da decepção que Visão foi pra mim, eu ainda tinha vontade de arriscar mais uma do Tom King e dessa vez não me arrependi. Óbvio que comecei a leitura com má vontade adquirida, com medo que mais uma vez um autor famosão estragasse os personagens do Quarto Mundo do Kirby - que não tenho muito apego, mas dá dó de ler as cacas que fazem com eles, tipo em Sete Soldados da Vitória e Crise Final, do Grant Morrison - mas nesse caso revelou-se um gibi bem construído, interessante de ler e que interfere nos personagens "reais" se você quiser ou não, depende da sua interpretação dos fatos da história :P

Uma pausa explicativa simplificada, baseada no que sei por alto lendo outros gibis e textos por aí: "Quarto Mundo" é como são chamados o conjunto de personagens e histórias que o desenhista Jack Kirby criou em meados dos anos 70, em que há um mundo bom, Nova Gênese, e outro mal, Apokolips. O primeiro é regido pelo Pai Celestial e o outro pelo famosão Darkseid (esse surgiu bem antes de Guerra nas Estrelas, ok? :P) e em algum momento eles fizeram um acordo, em que um criaria um filho do outro, ainda crianças. O filho de Darkseid, Órion teve vida boa em Nova Gênese, com direito a profecia de que um dia matará o seu pai biológico e o pequeno Scott Free, o Senhor Milagre, se fudeu de verde, amarelo (e vermelho) sendo educado em Apokolips pela Vovó Bondade, no inferno que deve ser viver num mundo com nome remete ao fim do mundo. Assim mesmo, lá ele se tornou mestre do escapismo (de fugir de lugares, não de ficar lendo ficção barata tipo gibi se super-herói) e encontrou o amor da sua vida, Grande Barda, que era parte de alguma tropa feminina chamada Fúrias Femininas. Como falei, não li estes gibis ainda^^

Saber disso acima não é spoiler, é história antiga dos personagens que inclusive é citada aqui e ali nessa história e em boa parte de outras histórias que estes dois (e os outros) aparecem.

Voltando: eventualmente o casal foge pra Terra, tem interações com outros personagens do universo da DC etc. E o gibi mostra uma fase da vida dos dois, já estabelecidos como casal, depois de Scott tentar fazer a maior das fugas possíveis =/
O ritmo da série é estranho, meio doentio e parte da HQ passamos na Terra, junto dos problemas e esperanças comuns à qualquer jovem casal normal e parte nos mundos de origem deles, com sua guerra eterna, com mortes, ascensões de hierarquia e diplomacia, tudo com um forte clima burocrático, claustrofóbico, doentio. Barda e Scott transitam de um cenário para o outro como alternamos da vida em nossos empregos pra rotina doméstica. E em ambos os ambientes a história vai avançando, os fatos e surpresas se sucedem e o autor vai usando inteligentemente a mitologia criada quarenta anos atrás, mais algumas armas de Chekov bem plantadas :)
Mas, como falei, o índice de "esquisitice" na história é acima da média, e a resenha não aborda interferências na arte que não tenho certeza se tem algum significado mais profundo ou se era só frescura do desenhista :P

Uma última consideração: o personagem Funky Flashman foi criado por Jack Kirby para ironizar e criticar o ex-colega da Marvel, Stan Lee, cujo bordão em vários dos textos era "Excelsior!" e que o personagem repete ocasionalmente em Senhor Milagre, enfatizando a ligação entre Lee e Funky. E, curiosamente, aqui temos uma espécie de redenção do personagem.

# Veredicto: vale a leitura =) Mas espero que o tal King escreva coisas diferentes de "fases da vida do nerd usando super-heróis como metáfora": se Senhor Milagre é a história do jovem casal construindo família, Visão é a crise dos sei lá quantos anos, com família crescida e fingindo ser exemplar pros vizinhos, com carreira estagnada em algum departamento da vida etc etc.
# Bom: a arte enjaulada num grid 3x3 quadros funciona, o roteiro tá bem construído. A cena do xixi é excelente, assim como Senhor Milagre tem um dos melhores anúncios de que vem mais uma pessoa para viver com o casal :)
# Mal: Alguns frufrus nas mensagens que se forem algo além de "construtores de clima" fracassaram lindamente pra ingnorante aqui, tipo os diversos "Darkeseid é". E aparentemente tem uma ligação "enigmática" com a situação atual dos gibis da DC que é bem desnecessaura. E não posso deixar de citar a frescura que foi a distribuição destas duas edições pela Panini, quem viveu, lembra.
156 páginas • R$ 23,90 e R$ 24,90 • 2018 e 2019 • veja no site da editora: 1 e 2


Índice de resenhas e movimentações da minha estante:

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• Black Hammer: Era da destruição – Parte I (de Jeff Lemire e Deam Ormston): ok, a série acabou me pegando, mesmo não tendo nada de novo :P A trama e os personagens estão se desenvolvendo, o autor está brincando em criar "genéricos" de outros personagens (aqui aparecem a versão dele dos Perpétuos (isso, de Sandman!) e Desafiador e outros XD) e nessa altura nada mais é de como era no começo. A história mostra que há um grande plano e uma grande mentira por trás de tudo...

...que deve ser mostrada na próxima edição, que deve sair por volta de 2020 (sério)

# Veredicto: continuo comprando, continuem comprando, to curiosa :P
# Bom: As situações são apresentadas no seu ritmo, dando a profundidade necessária pra gente se importar com o que acontece.
# Mau: <aviso de coisice minha> houve uma alteração abrupta de contexto e tenho certeza que alguns traumas (amorosos) decorrentes vão ser bem subutilizados, ou tem de ser subtilizados, tratados de maneira estilizada mais pra frente </fim do aviso>. E o arco em que aparece o "genérico de Sandman" é mais encheção de linguiça que história, na minha humilde opinião.
136 páginas • R$ 44,90 • 2019 • veja no site da editora

• Astro City: Álbum de Família (de Kurt Busiek e Brent Anderson): o terceiro volume da série é nos moldes do primeiro, em que se intercalam histórias soltas, com o diferencial de que algumas duraram duas edições da série original:
• Existe uma regra em coletâneas que recomenda que a primeira e a última história estejam entre as melhores: com o começo e o final indo bem, você tem a ilusão que o meio também foi. "Bem Vindo a Astro City" não é o caso, em que os problemas superficialmente trabalhados de um pai separado (ao que parece), recém-chegado com as filhas à cidade que dá nome à série é só moldura para uma luta cósmica entre os heróis da cidade e uma entidade gigante. O ponto de vista do cidadão comum espectador dos fatos seria legal noutra série, mas aqui, num gibi que normalmente vai 1000% melhor justamente nesse recurso, faz esta historinha ser bem crua e sem sal.
• "Mais Um Dia" e "Aventuras em Outros Mundos" é quase um slice of life com Astra, uma filha de super-heróis com dez anos de idade, no caso a mais nova da Primeira Família, a versão daquele mundo do Quarteto Fantástico. Tem uma aventurazinha boba porém gostosa de acompanhar da menina, mais uma aventura paralela (muito legal) com os outros membros do grupo (por causa dela) e toneladas de referências à história desses personagens que dá vontade de saber mais sobre eles. Busiek pegou todos os clichês do primeiro supergrupo da Marvel em seus anos mais clássicos e os refez de forma reconhecíveis, mas diferentes.
• Um velho vilão narra "Mostre a Todos", e ele prova que até na profissão dele, sucesso financeiro não é tudo :P (e olha que ele só virou supervilão por causa do capitalismo :PPP). Ah, é tão esquisito ver locais brasileiros representados em HQ's gringas....
• O Caixa de Surpresas, já apresentado anteriormente, é o foco de "Dentes de Serpente" e "Dia dos Pais". Aqui conhecemos o passado do personagem, e veremos que não é o primeiro a usar o manto do personagem, nem será o último. Legado, o futuro vindo bater na tua cara como se fossem profecias más, incertezas do que fazer, etc são os temas. Além de uma cutucada leve no estilo de super-heróis dos anos 90.
• A biografia de Léo Lelé, um leão de desenho animado que veio para o mundo real é contada em "Astro das Telas". É praticamente uma narração da origem e altos e baixos do personagem, refletindo os problemas típicos que astros televisivos tiveram com o passar das décadas. História simpática e só.

# Veredicto: Apesar de ser aquém à Confissão, achei um tanto melhor que Vida na Cidade Grande.
# Bom: A construçao do "universo" em Astro City. Existe uma cronologia - e nós leitores mal sabemos dos detalhes dela - e assim mesmo ela não é um empecilho, é uma das ferramentas usadas para erigir as histórias.
# Mau: Vale reclamar que as últimas páginas do meu exemplar estão descolando? :P Fora isso, pela segunda vez Kurt Busiek falha em contar a história de alguém que é só espectador. E olha que ele fez isso magistralmente em Marvels.
228 páginas • R$ 25,90 • 2015 • veja no site da editora


Índice de resenhas e movimentações da minha estante:

...e estou vendendo parte da minha coleção, veja a lista aqui

Série de posts em que deduro meu consumismo e tento (tá difícil) tomar vergonha na cara =P
Posts anteriores: janeiro, fevereiro, março, abril, maio, junho, julho e agosto.

Nacionais
6 7 16 22 29 29
Imaginários #5 - coleção nacional, tem gente que conheço, me faltava o último volume pra encarar na leitura e resenhar :)
Quarto Mundo #1 e #2 - mesma opinião que dei pra Jimmy Olsen, aqui. A diferença é que estão traduzindo as HQs pro português e o tradutor é gente boa :) Se a Panini for até o fim, desisto da coleção gringa e fico com ela.
Tina: respeito: já tem até resenha!
O Universo de Sandman: O Sonhar #1: Sou fã de Sandman e dizem que esta série de revistas derivadas tem alguma supervisão do Neil Gaiman. A conferir.
O Universo de Sandman: Lúcifer #1: idem acima :P
Dragon Ball #4: mesma opinião que aqui (34 volumes)(!)
Dragon Ball Super #7: mesma opinião que aqui (10 volumes até agora)
Turma da Mônica Geração 12 #2: meio a mesma opinião que aqui.
Naruto Gold #50: mesma opinião que aqui (72 volumes)
The Promissed Neverland #7: mesma opinião que aqui (15 volumes até agora)
• Lobo Solitário #16: mesma opinião daqui (28 volumes)
Hokuto no Ken #2 e 3: mesma opinião que aqui. (18 volumes, ao que tudo indica)
Jojo's Bizarre Adventures (Battle Tendency) #4: mesma opinião que aqui (esse é o segundo arco de oito, que tem 4 volumes)
My Hero Academia #21 #22 mesma opinião aqui :P
One Piece #90: mesma opinião que aqui (93 volumes até agora, rumo ao infinito e além)
Lanterna Verde: Origem Secreta: mesma opinião que aqui, só que esqueci de por esse título no checklist :P (ainda me faltam "A Guerra dos Anéis vol.1" e "A Noite Mais Densa")
Ms Marvel: Devastação Adolescente: mesma opinião que aqui =_=
Relógio do Juízo Final #1 e #4: me rendi ao hype. É um caça-níqueis em cima da obra do Alan Moore, mas ao menos tá tendo elogiozinhos. O 12º e último volume sai fim do ano nos EUA.
Príncipe Valente 1948: mesma opinião que aqui. Coleção que queria continuar, mas que to receosa, por ser grande e cara...... e perdi vários números. A pensar.
Slam Dunk #18: mesma opinião que aqui (31 volumes)
Dr Slump #14: mesma opinião que aqui (18 volumes)
• Fruits Basket #1: mangá shoujo que era famosinho e bem recomendado quando saiu pela primeira vez. A JBC decidiu relançar e resisti... até que a curiosidade me fez desistir de resistir. 12 volumes.

Importados
5 22
X-Men (Epic Collection) #2 - Dissolution and Rebirth : os mutantes da era Claremont são indispensáveis em qualquer coleção séria de gibis da Marvel. Mas preciso mapear direito quais volumes dessa coleção comprarei, já que tenho parte do material em formato maior e melhor.
The Golden Age Wonder Woman #3: mesma opinião que aqui, mas talvez seja outra coleção que pararei (estava seguindo ela, Superman e Batman, esse último já tá dropei dos meus pedidos na Amazon)
Crime Suspenstories #4: mais um gibi da EC, vale a mesma opinião dada em "Vault of Horror #5".
Fantastic Four (Epic Collection) #4 - The Mystery of the Black Panther: vou até o fim da fase do Lee e Kirby :D

Leituras de setembro
Legado de Júpiter #1 e #2
Astro City #1
Astro City #2
• Astro City #3
Ayako
• Geração 12 #2
Tina: Respeito
• Jojo's Bizarre Adventure: Battle Tendency #1 e #2

E parei de fazer saldo de compra/leitura porque tava ficando deprimente :P


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• Black Hammer: O Evento (de Jeff Lemire e Deam Ormston): segundo volume da série: Mais algumas origens secretas, conhecemos mais dos personagens e mais detalhes do que aconteceu no dia em que eles foram transportados pra fazenda. Também ficamos sabendo que os dois personagens mais "fora da caixinha" tem planos suspeitos, que o lugar pode não ser o que parece e vemos que finalmente alguém de fora chegar lá... e tentar sair :P

Confesso que tava com pé atrás quando comecei a ler BH, mas a história foi encorpando e o clima "doentio" dos primeiros volumes deu uma atenuada, quase como se a série tivesse tirado aquele ambiente da estagnação de dez anos (e, pros personagens, foi bem isso - estou até me importando com eles!)

# Veredicto: Não tá meu top 10 do ano, mas tá digno e comprei o terceiro logo que terminei de ler esse :P
# Bom: Os personagens e as capas de cada episódio homenageando outras histórias, de outras editoras. Uma coisa digna de nota em Black Hammer é que o personagem título, falecido é negro, claramente inspirado no Thor da Marvel - inclusive tinha até seu Odin negro também. Curti :)
...E "Sherlock Frankenstein" é o tipo de nome que queria ter criado desde nunca e não sabia até ver acontecer.

# Mau: Os heróis mais fodões (daquela) Terra serem tão burros que tem de vir uma novata e fazer a pesquisa básica e óbvia pra eles. Fora que, mesmo tendo lá sua graça, homenagear super-heróis não era novidade nem em mil novecentos e Astro City, hoje em dia tá praticamente virando um nicho de mercado (né, Legado de Júpiter?).
176 páginas • R$ 44,90 • 2018 • veja no site da editora


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• Astro City: Confissão (de Kurt Busiek e Brent Anderson): Quem leu a resenha do primeiro volume de Astro City deve ter percebido que a cidade é povoada de versões genéricas dos super-heróis da Marvel e DC, mas com histórias mais humanas que o gênero costuma trazer. Aqui, em vez de um conjunto de contos, temos uma história maior em que um rapaz que deixa a zona rural para a cidade grande e acaba se tornando sidekick da versão local do Batman :D
Paralelo à história do personagem e suas dúvidas com seu mentor, outros problemas seguem em paralelo, mais distantes, para confluir pro final. Inclusive uma similar a outra que o próprio Busiek cita em Marvels, que por sua vez foi originalmente publicada em 1972 no arco "Guerra Kree-Skrull", dos Vingadores :P
No fim do encadernado, temos uma história solta sobre um homem que sempre sonha com uma mulher desconhecida. É uma HQ que foi premiada, que mexe com as consequências pras pessoas normais - daqueles mundos ficcionais apenas, espero - dos inúmeros reboots e crises e redifinições da realidade e etc et tal. História bonitinha e tal, as espero mesmo que os personagens saiam do luto algum dia e partam pra outra :P

# Veredicto: esse volume é melhor que o anterior, que todo mundo sabe que recomendo.
# Bom: o arco de revistas corre redondo e pessoalmente essa foi uma das melhores versões do Morcego que já tivemos por aí.
# Mau: a resolução do problema místico que margeava a história foi bem preguiçosa e eu queria muito que os aliens fossem menos ridículos :P
212 páginas • R$ 23,90 • 2015 • veja no site da editora

• Black Hammer: Origens Secretas (de Jeff Lemire e Deam Ormston): Conhecia o autor Jeff Lemire por outra HQ (Sweet Tooth, que nunca li até o fim) e tinha me esquecido o tom "pessimista" das histórias dele. Nessa HQ, estamos numa cidade do interior, onde ex-super-herois moram secretamente numa fazenda, longe de tudo. Estão lá por algum motivo não-revelado que aconteceu dez anos atrás, e eles não estão felizes de estarem tanto tempo juntos - deve ser o mesmo tipo de saturação por excesso de convivência que algumas comunidades do FB geram :P
Fora apresentação do cenário, até agora tivemos as origens de alguns personagens que são versões da Miss Marvel (ou do Capitão Marvel também, a questão do gênero indifere aqui, mas da pessoa adulta presa em corpo de criança), Caçador de Marte e Capitão América. Depois de uma versão torta desses heróis espaciais dos anos 50-70 (meio em dorgas. O desenhista fala em Adam Strange com Steve Ditko (lisérgico, digo eu :P) e talvez seja isso) e de uma bruxa daquelas que apresentavam histórias de terror do mesmo período. Até romances esquisitos acontecem S2. O gibi termina com alguém aparentemente ultrapassando a barreira que os mantém presos naquela cidade.
Como falei, o clima é meio deprê e mesmo as cenas "boas" tem aquele gosto de "isso é o primeiro passo pra dar merda grande em seguida"... e no fim do volume tem vários rascunhos e textos do autores. É até contrastante a felicidade e ânimo destes pela realização de fazerem essa série e tudo o mais, com os personagens e mundo que eles criaram :P

# Veredicto: Black Hammer talvez dê para ser comparada com Astro City, mas no seu negativo.
# Bom: a releitura dos supers é até interessante (o tal do AntiDeus é muito kirbyano!), os problemas e os mistérios são apresentados aos poucos de forma bem conduzida.
# Mau: o clima (e o traço) semi-deprê do conjunto praticamente fica dando spoilers do que pode acontecer.
184 páginas • R$ 39,90 • 2018 • veja no site da editora

• Uma Dobra no Tempo (de Madeleine L'Engle): Antes da resenha, a primeira de livro em um tempão, duas confissões:
1) que comprei por causa do trailler do filme e porque é infanto-juvenil. Depois me falaram que o filme é chato, não vi ainda - mas notei que fizeram a personagem central ser negra, aparentemente não é no livro, mas quem liga? Achei muito válido :)
2) peguei esse livro da estante porque precisava de algo leve em que o Bem dê porrada no Mal, de preferência em cada capítulo.

Infelizmente, não foi isso o que encontrei. Meg e os três irmãos são filhos de um casal de cientistas, cujo pai sumiu há alguns anos. Aparentemente todas as crianças são gênias, especialmente o caçula, e encontros com seres extraordinários (e bem esquisitos) revelam o real destino do pai e é claro que a história segue até ele....
Mas o desenvolvimento é meio esquisito, mesmo na Terra os personagens parecem ser guiados e saberem de algo que ninguém conta pro leitor (especialmente Calvin, que também tem boa inteligência e praticamente cai de paraquedas no enredo) (e, - talvez seja spoiler a seguir, apesar do livro não ter foco no romance - que vira meio que namoradinho instantâneo da protagonista). Talvez o problema seja eu, um ser com trocentos anos de idade e quaquilhares de páginas já lidas de gibis e livros (sendo que muitos que beberam na fonte aberta por esse livro e outros), mas senti um monte de desperdícios de possibilidades.
...se eu tivesse escrito isso com os mesmos personagens, teria feito bem diferente.
# Veredicto: Bonzinho, mas vai depender dos outros livros da série pra continuar na minha estante.
# Bom: tirando alguns estranhamentos, os personagens humanos são bem construídos. Lendo, você sente que a rotina da casa tem vida própria, Meg está longe de ser perfeita (é até chata e birrenta às vezes), o pai também, tampouco os dois meninos. O último mundo a ser visitado é de longe o mais rico e interessante. E, ah, ser igual não é ser idêntico!
# Mau: o clichê de "previsões" que os personagens se lembram na hora que o problema aperta, o grande vilão é chocho (por mais terrível que seja, já vi encarnações melhores dele), a inserção da religiosidade da autora é meio tronxa e tem uma citação de personagens históricos que é o puro suco do eurocentrismo...). Podia ter mais mundos, podia ter mais significados, os personagens podem te levar pro universo todo, mas você praticamente só visita alguns cômodos dele.
E capa dura desnecessária.

240 páginas • A Wrinkle in Time • edição de 2017 (livro de 1963) • veja no site da editora
# uma resnha de verdade pro livro: http://www.momentumsaga.com/2018/01/resenha-uma-dobra-no-tempo-de-madeleine-lengle.html


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• Tina: Respeito (de Fefê Torquato): O século XXI tá sendo o século em que marmanjo esperneia quando não recebe o que quer, e quando os previews de Tina apareceram na rede veio a choradeira porque a personagem não estava sendo desenhada do jeito que eles queriam, e tudo indicava que a história também não ia ser aquela que eles queriam.
Sejamos francos: esse povo não nunca quis uma história estrelada pela Tina - ou de qualquer personagem feminina - o que querem mesmo é uma história focada nos peitos dela. Ou bunda. O resto da personagem (tipo background ou personalidade) seria só acessório para um fiapo de trama.
Bom...
1) Não vou discutir aqui sobre objetificação de uma pessoa.
2) Também não vou discutir aqui sobre marmanjo que faz seu sacrifício a Onã para personagem de gibi.
3) Muito menos por na pauta que é personagem de gibi que originalmente era pra crianças.
(E olha que tão lançando Druuna, uma fartura que é desenhada praticamente só pra isso. Esse povo podia estar lá, virando os olhos, em vez de ficar de mimimi na rede)

Enfim, vamos ao que vim discutir: o gibi. Nele Tina decide morar sozinha e começa a trabalhar numa redação de Jornal. Faz novas amizades, reencontra as antigas e eventualmente tem problemas com chefe... abusivo. Assim como Jeremias: Pele, que trata com os preconceitos sentidos pela população negra, Tina conta os problemas e os medos específicos das mulheres que não são tão transparentes para a outra metade da população que não é. Aqui também informação é dada de forma quase didática, em situações bastante naturais e trama vai bem devagar, plantando algumas pistas imperceptíveis aqui e ali, tão discretas que fiquei com medo que o gibi ia ser um catálogo de situações didáticas. Mas me enganei =P

# Veredicto: no mesmo patamar de Jeremias, uma das melhores Graphics MSP, tanto pela mensagem quanto pela execução =D
# Bom: os diálogos de internet estão perfeitos, assim como as atitudes dos diversos personagens. A estilização está legal, assim como a arte num todo.
# Mau: aqui transparece o mesmo defeito da outra Graphic citada: didatismo, submissão ao tema. Tina até consegue se mostrar mais como personagem, até porque já vem com uma carga e cast secundário rico. De qualquer forma, também vale aqui o que disse antes: "Talvez seja inevitável, as páginas são poucas e a roteirista tem de fazer escolhas, e mesmo achando que ela fez as escolhas certas, acho que tenho de apontar isso :P"
# Duas resenhas de verdade pro gibi: Algumas palavras sobre Tina — Respeito e Tina: Respeito + os ataques de desrespeito
100 páginas • R$ 31,90 • 2019 • veja no site da editora

• Astro City: Vida na Cidade Grande (de Kurt Busiek e Brent Anderson): Mais um gibi com a temática "super-heróis diferenciados", mas é um dos que mais deu certo :P
Vamos lá: o autor, Kurt Busiek, é um dos que mais gosto no comics: além de ser uma enciclopédia nerd sobre quadrinhos (é só acompanhar ele no twitter pra ver, inclusive é dos autor bem acessível), algumas das melhores histórias dele tem um toque muito humano, mesmo dentro de um gênero que vai tão escancaradamente pro fantástico.
Em exemplo é Marvels, onde ele reconta décadas história da editora pelo ponto de vista de um fotógrafo de jornal. É lindo você rever histórias clássicas sob um ponto de vista tão inusitado e tão mundano. Outro é "Superman: Identidade Secreta", em que uma pessoa comum (coincidentalmente chamada Clark Kent :P) ganha os poderes do Super-Homem... e, bom, ele tem uma vida até que normal normal. A minissérie mostra quatro momentos da vida dele, e é mais uma história gostosa sobre uma pessoa normal que tem uns dons lá (e os esconde) que mais um épico sobre semideus entre nós.
Em Astro City, Busiek decide criar sua própria cidade com seus super-heróis (muitos decalques descarados de outros personagens, tipo o Samaritano, que é óbvia cópia carbono do já citado Super-Homem :P) para contar histórias tanto dos super-seres quanto das pessoas "pés no chão", mas bem no estilo do autor. Esse volume tem seis histórias fechadas onde vamos conhecendo a cidade e alguns de seus habitantes:
• "Em Sonhos": Uma pessoa tem todas as noites o sonho impossível de que pode voar nos céus limpos lá do alto em paz... e ao acordar descobrimos que a parte do "em paz" é a parte impossível do que sonhava.
• Em "A Notícia" um velho jornalista conta a um novato a verdadeira história por trás da sua primeira notícia publicada, bastante mundana e sem graça.
• Um olheiro do crime descobre a identidade secreta de um super-herói em "Ver é Saber".
• "Proteção" conta um dia de uma moradora do bairro "místico" de Astro City no centro, em que é pega numa batalha de heróis e vilões.
• Um velho senhor numa pensão é muito mais do que a gente imagina em "Reconhecimento"
(Sinceramente estes três contos são bons, mas também são o ponto baixo da série. "Ver é Saber" e "Reconhecimento" são situações que duram demais e "Proteção" é meio que mal-resolvida pra mim.)
• E o volume fecha com a fofa "Jantar às Oito", em que um casal de heróis é "ajuntado" pelos colegas e tem uma noite livre. Também é a história em que conhecemos mais do background da cidade e personagens.

# Veredicto: eu gosto, e apesar de ter suas batalhas, acho que quem curte porradão e dentes rangendo melhor passar longe.
# Bom: no geral as histórias tem um quê um tanto otimista e todos os personagens, mesmo o alienígena invasor e o quase semideus vindo do futuro, são bastante humanos pra gente se identificar com eles. E a galeria de capas de Alex Ross são um show a parte :)
# Mau: todas as histórias são bem contadas, mas como disse, algumas são situações que duraram demais, além de que duas personagens tem questões internas que não ficam tão claras e que interferem em suas histórias. E Brent Anderson é um desenhista competente, mas só: a arte interna perde muito pras capas :P
196 páginas • R$ 23,90 • 2015 • veja no site da editora


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