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"Sessão Zumbi" era o nome da seção de cartas do fanzine que eu fazia com alguns amigos, séculos atrás. A idéia é que ninguém escreveria para ela, então seria uma parte meio morta do zine XD E decidi que vai ser o nome da "seção de cartas" do mushicomics: alguns dos comentários que fizerem pelo site afora (sobretudo nas notícias), vou responder aqui, toda sexta ou algo assim.

(deve a seção de um site mais anacrônica de toda a internet XD)

E finalmente colocando em dia a Sessão Zumbi ^^ Eu ia postar essa na sexta, mas tava vendo o debate e meu cérebro foi sugado pelo sono no processo. Dia 24 escrevi sobre os formatos de quadrinhos digitais (e republiquei no DeviantArt e no meu blog), e como previ, teve poucos comentários - justamente o que eu queria para uma Sessão Zumbi mais light que os dois últimos godzillas que tive de fazer XD

(em tempo: eu selecionei a maioria, mas não todos os comentários, e alguns eu editei para encurtar e chegar direto ao ponto. Nesses casos, se alguém achou que mudei o sentido do que disse anteriormente, me avisem)

Mary Cagnin: To gostando dos papos de segunda... interessantes e até informativos =) Em geral eu disponibilizo a versão pdf para as pessoas poderem ler em ordem com certa liberdade (é um formato q o deviantart aceita) e como o site publica algumas paginas de cada historia por semana, então a versão html parece ser a melhor mesmo! Sem contar q os sites para leitura online de mangás tbm trabalham dessa forma.
Obrigado ^^ Estou tentando repassar a quem acompanha o site o pouco que entendi sobre fazer/ler/editar quadrinhos (e às vezes, além disso). Você sabe se as pessoas lêem PDF? Para mim me parece ser uma forma de guardar/colecionar, mas não de leitura ^^
Já pensei em fazer um link para download em CBR/PDF, justamente pensando nesse público, mas acho que não vale o custo/benefício para mim.

grind-universe: Você abrangeu tudo aqui em relação a formatos e foi o 1º [...] que colocou em um nível mais humano essa briga ridícula da empresa do jobis e da adobe.
No fundo você sabe que ambos querem dominar o mundo *risos* enquanto esses se engalfinham a micosoft vem pelas beiradas com o silverlight e se vacilarem vai passar a perna em ambos não que o silverlight seja digno de comentário e graças a Deus que não o citou aqui.[...]
Eu acho que devo ter escapado algumas coisas quanto a formatos, especialmente à web: vi vários sites com alternativas de publicação legais enquanto escrevia o texto. Parecem bonitos de mexer, mas não sei se são fáceis na manutenção X)
Quanto à briga Adobe x Apple x MS, eu sempre recomendo ficar com o que dependa o mínimo possível de uma solução que tem um dono só ^^

fabiano-alves [...] Eu, falando por mim, prefiro o Html mesmo, embora tenha lido muito Combo Rangers na época e achava os flash divertidos por essas possibilidades de colocar músicas, efeitos, etc...
Problema de flash é o que falei: é muita coisa para se aprender para fazer algo minimamente decente. Fora que ser obrigtado a piratear um programa pra fazer histórias em flash também não é uma boa X)

Lance do formato PDF pode ser contornado usando algum leitor de pdf alternativo, como o Foxit reader.
Eu mesmo desisti do Adobe, ficou pesado demais! >_>[...]
Eu sei que existem várias alternativas para PDF e para CBR, mas fiz pensando no leitor "básico", que não tem muitas manhas e às vezes não pode instalar nada por que está usando o computador do serviço XD Para quanto mais gente sua história conseguir chegar sem dificuldades, melhor x)

"Sessão Zumbi" era o nome da seção de cartas do fanzine que eu fazia com alguns amigos, séculos atrás. A idéia é que ninguém escreveria para ela, então seria uma parte meio morta do zine XD E decidi que vai ser o nome da "seção de cartas" do mushicomics: alguns dos comentários que fizerem pelo site afora (sobretudo nas notícias), vou responder aqui, toda sexta ou algo assim.

(deve a seção de um site mais anacrônica de toda a internet XD)

Dia 17 escrevi mais um texto enorme sobre os Autores Problemáticos (que também postei no meu blog e no meu DeviantArt), no que resultaram em vários comentários e em mais uma Sessão Zumbi específica à um Papo de Segunda só X)

(em tempo: eu selecionei a maioria, mas não todos os comentários, e alguns eu editei para encurtar e chegar direto ao ponto. Nesses casos, se alguém achou que mudei o sentido do que disse anteriormente, me avisem)

Jussara Gonzo: [...] Ficaria ainda mais engraçada se citássemos nomes... mas quem já conhece o "mercado nacional de quadrinhos" há pelo menos uns dez anos nem precisa dar nome aos bois :P
E eu achando que esse povo não conseguiria espaço sequer no mercado o.o' Os que citei são baseados nos casos que me apareceram, e por começarem errado, raramente chegam a terminar qualquer coisa -_-
[...] Neste ponto que eu me orgulho de ter mantido por QUATRO ANOS uma hq que, gloriosamente, chegou ao seu final! Turn to Fall! Ela é bem chatinha e cheia de dúvidas existenciais que me permeavam na pós-adolescência (sem falar em desenhos horríveis!) Quem quiser espiar... ==> http://hqexperimental.blogspot.com/2010/01/turn-to-fall.html
Já vou checar, mas eixo aqui o link para que os leitores (alou, alguém lê esta seção? comentem!) baixarem e lerem também :D

Marcus Beckenkamp: Acredito que exista muitos autores que passam por fases onde se encaixam em algumas características citadas acima.
Eu não tinha pensando nisso como "fases" quando escrevi o texto, mas acho que você tem razão. Como a maioria dos colaboradores me aparece mais ou menos "estável" ou fazendo cagada e indo pro esquecimento em seguida, ficou a impressão de que eles são sempre assim, em vez de apenas estarem asism X)
(claaaaro que tem os incorrigíveis...)

Eu mesmo [...] já fui algum desses. Hoje ja sou muio mais de boa e tranquilo em relação ao que produzo, mas o mushi é testemunha de algumas recaídas que tive em relação as minhas histórias. =) *comentando via mobile* To chique!
Sinceramente, nem de longe você me pareceu um desses não. E sim, tá chique no úrtimo X)

Wa: hahah, será que sou um pouco de todas?
Não, não é =P E isso vale para quase todos os colaboradores que colaboram com o mushicomics (sim, temos os colaboradores que só descolaboram... XD): A maioria do povo BOM só dá pausa por que a vida passa a rasteira, aí eles se levantam, aparecem, depois tropeçam de novo :) Tenho muito respeito por histórias como Hime-Sama, Aroon ou Tailer, entre outras, que continuam a publicar no site, mesmo com hiatos enormes entre as páginas e capítulos :)
[...]Eu acho que o que falta é levar a sério, a sério mesmo, ter respeito não só pelos leitores mas pelo próprio trabalho, se comprometer a levar as coisas adiante, ter maturidade de começar e terminar as coisas, que nem gente grande
assino em baixo.

Fabiano Alves: [...]Mushi, tem como trocar o Captcha daqui? Eu quase sempre erro quando vou postar uma mensagem!
Assim que tiver tempo, atualizo o sistema do site... mas não garanto que isso resolva -_-'

Mary Cagnin: A maioria dos casos acima citados deve-se a idéia "glamurosa" de ser um quadrinista, até que o ser descobre o quão dura (e solitária) pode ser a sua vida nesse ramo. Por experiencia própria... porque a gente fica mto tempo numa página q a pessoa vai ler em 30 segundos. Quando a gente pensa nisso, é meio desanimador, mas pra mim VALE A PENA! Sempre vai valer, pelo simples fato de que posso contar minhas histórias e desenhar, coisas q gosto de fazer. Isso não é tudo, é claro... como voc~e disse, historia em quadrinhos tem uma linguagem própria e é preciso entende-la antes de mergulhar dentro dela... mas enfim, é isso.[...] Mas creio que temos exeplos de boas histórias aqui que podem servir de inspiração aos aspirantes a quadrinistas =)
assino em baixo [2]

Gilvany S: [...] Tenho que admitir [...] que eu sou um exemplo de autor problemático. me enxerguei em todos os perfis ali. Mas, claro, minha meta é amenizar esse meu comportamento da melhor maneira possível.[...] quando as coisas não saem bem como eu queria, a tendência é sempre desistir. afinal é mais fácil desistir do que enfrentar o problema de frente. Sou muito dependente da auto estima e inspiração.
É mais fácil ainda desistir mais quando a gente não "ganha" nada: tirando alguns iluminados, a maioria dos autores que conheço ganha nada fazendo HQ, nem comentários às vezes -_- Por isso volta e meia faço "campanhas" pelos comentários X)
Mas quem não persevera, e não percebe os próprios erros (não adianta ficar dando soco em ponta de faca...), nunca vai ganhar nada com nada...

Fogo de palha tenho que ter toda hora se não meu projeto morre...[...]
O problema do fogo de palha é gastar energia demais num momento só, e depois não conseguir sustentar o "fogo" XD

Renan Amaral:[...] Minha história anterior era um lixo, e consegui mandar ela por 13 capítulos, com direito até a um "FIM" na última página, hehe... pena que essa eu nunca vou publicar em lugar nenhum, porque é horrível de tão ruim! xD[...]
Atire a primeira pedra aquele que não fez um texto/desenho/quadrinhos que nunca vai mostrar para ninguém, mas ainda assim guarda ela com carinho XD

Yu-chan: [...] o q eu mais queria era fazer uma história que pudesse fazer as pessoas se interessarem, rirem, pensarem...
Eu também! Eu também!!
vou tentar pelo menos fazer uma one-shot (nem q seja meio nonsense) pra praticar os desenhos rápidos e em movimento!
no aguardo :D

Fana-chan: Já fiquei 4 anos fazendo um fanzine, qd comecei com 8 anos, um dia te mostro, eu MORRO de rir de vergonha daquilo mas a infância é algo bobo né. XD A gente aprende mesmo \o\
Quero ver! quero ver!!!

"'Sessão Zumbi' era o nome da seção de cartas do fanzine que eu fazia com alguns amigos, séculos atrás. A idéia é que ninguém escreveria para ela, então seria uma parte meio morta do zine XD E decidi que vai ser o nome da "seção de cartas" do mushicomics: alguns dos comentários que fizerem pelo site afora (sobretudo nas notícias), vou responder aqui, toda sexta ou algo assim."

[Sessão Mini Zumbi - 19/10/10]
Kari Esteves: Já sei quem vai me emprestar dinheiro, então... =P
EU não cobro dinheiro emprestado justamente por que não emprestei dinheiro antes :P

[Histórias mais comentadas em julho e agosto!]
syrius: haan, err, d acordo com o calendário laaaaaaaah embaixo, tinham q entrar as pags. 7-9 d saci na terça (19)... what's happen? :3
O que acontece é que eu coloco no calendário o número das páginas como estão nos arquivos que os autores me mandam. Dependendo da históira, na hora de postar eu mudo a numeração pra evitar confusão na cabeça dos leitores XD Se não me engano, o segundo capítulo de Saci: A Saga começava na página 4.jpg (ou algo assim), mas transformei essa página em "1" quando postei.
...Expliquei ou confundi?

Calendário fresquinho chegando x) Duas coisas para se notarem:
1) com o fim do arco atual de Magias e Barbaridades, as quartas vão estar liberadas para outras histórias^^ Por enquanto, teremos uma leva enorme no retorno de Bram & Vlad :D
2) se nenhuma história aparecer até domingo a tarde para ocupar as "estréias" de segunda, vou para o plano B.

legenda das cores:
verde: histórias com páginas para alguns dias a mais no estoque.
amarelo: última página que recebi da história.
vermelho: fim da história.
cinza: recesso, feriado, preguiça e afins. =P


MushiComics: Que site é esse?

MushiComics é uma site de histórias em quadrinhos online em que todas os dias - exceto domingos e feriados - pelo menos uma nova página de quadrinho é colocada aqui para você ler ;)

Estamos sempre procurando novas histórias e colaboradores! Você tem uma história? Junte-se a nós! Aceitamos hqs em todos os estilos (comics, mangá etc), exceto histórias pornográficas / hentai / eróticas e quadrinhos com personagens de terceiros sem autorização dos criadores. (Maiores informações, clique aqui e mande mail para o mushi-san)

Há também uma versão impressa do site, a revista MushiComics, com histórias inéditas e vendidas em algumas lojas de São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Brasília, Natal e Palmas e também pelo correio. (clique aqui para se informar mais)

Para terminar o site pode ser acessado por dois endereços: www.mushicomics.com ou www.mushi-san.com.

(outra comemoração atrasada algumas semanas, mas finjam que não sabem disso, ok? XD)

Depois de Hime-Sama! e Tailer, Pirates! é a terceira história do mushicomics, isso sem contar o "spin off" Pirates!plus+ :D

Clique nas miniaturas para chegar aos capítulos principais da obra do misterioso Yuri Landim (eu nem sabia que Pirates! tinha capítulos arcos definidos até dar uma checada na página oficial da série :)

1 à 5 - Intrudução
6 à 22 - Barba Dourada


23 à 37 - High Peak
38 à 53 - Monochrome Island
54 à 73 - Crisis Dome


74 à 101 - Poseidon Falls
Pirates!plus+

Li: Os nacionais "Meu Amor é Um Vampiro" e "Annabel e Sarah". Depois faço uma resenha mais bonitinha dos dois #enrolão, mas adianto que, como não sou exatamente o público feminino adolescente alvo do primeiro - que não é ruim - , indico mais o segundo XD


Comprei: Por causa da compra-monstro da Fantasticon, estou reduzindo a cota de compras de dois para um livro a cada livro que eu terminar de ler =P Os escolhidos da vez foram:
Sherlock Holmes: O Cão dos Baskerville - mais um volume e termina a primeira coleção de Sherlock Holmes em formato escadinha da história do Brasil ¬¬ Eles começaram os livros em tamanho grandão, aí no meio decidiram reduzir para tamanho pequeno, relançam os primeiros volumes nesse volume também e quem começou a comprar desde o começo, fica com cara de trouxa. Eu, por exemplo.
Tirando isso, a coleção é excelente. Não posso avaliar a tradução, mas os comentários, fotos, ilustrações e explicações são tudo de bom ♥ - sobre o livro no site da editora.
Os Pequenos Homens Livres - se é Terry Pratchett, é obrigatório comprar, simples assim. - sobre o livro no site da editora.

...a imprensa pode manipular a opinião pública XDD





A história saiu na revista Amazing Spider-Man #24, datada de maio de 1965. Não sei o contexto fora-da-revista para isso sair nessa história, se é que teve algum contexto, mas não custa lembrar que Stan Lee, o escritor, é de origem judaica - a Segunda Guerra ainda estava fresquinha na memória coletiva - e que dez anos antes as histórias em quadrinhos eram queimadas e acusadas de serem má influência para as crianças.

(para os infelizes que não conhecem o personagem da história, é John Jonah Jameson, a.k.a. J.J.J., editor do Clarim Diário, que odeia o Homem-Aranha, mas que paga Peter Parker - a identidade secreta do herói - por fotos exclusivas do aracnídeo. É um dos melhores personagens da série ^^)

PS: As imagens foram retiradas da Biblioteca Histórica do Homem-Aranha #3, que logo coloco a venda x) Tenho uma edição melhor agora ^^

Vamos ver se um Papo de Segunda "mais técnico" causa menos barulho x) Ficar falando das pessoas é fácil, estimulante, chama gente e com um pouco mais de chão me transformo mais um hipócrita da rede, falando do defeito dos outros mas ignorando que tenho os mesmos defeitos, ou até mais...

(fora que fazer Sessões Zumbi gigantescas me assombra...)

Os quadrinhos tão na internet há uma cara (segundo a Wikipedia, pelo menos desde 1985), primeiro com as páginas soltas para serem baixadas para o computador (se entendi direito, não sou dessa época :P), depois, com a invenção do html, em páginas próprias, muito mais cômodo. Acho esse o melhor formato para se criar e distribuir quadrinhos na rede, já explico por quê, mas blablablalearei sobre isso mais para a frente no texto.

PDF: não sei se ainda existem sites que publicam quadrinhos nesse formato, há alguns anos existia um site até que famoso, bem incensado pela mídia nacional especializada em quadrinhos, que praticamente só publicava hqs em "Adobe Acrobat". Dei uma checada hoje, e parece que eles pararam com as drogas, mas não tem mais quadrinhos lá.
Por que é um formato legal? Por quê as páginas vem um pacotão organizado, quase uma revista digital para colecionar e guardar. Simples assim.
Qual o defeito então? O Adobe Acrobat Reader é um programa pesadinho, e mais pesado ainda se você decidir abrir o .pdf dentro do navegador. Dependendo da tua máquina e do que você estiver fazendo na hora, abrir um pdf pesado (tipo quadrinhos, que são uma coleção de imagens) é certeza de que alguma coisa vai travar.

CBR: ou cbz, ou mais raramente (nunca vi) cb7, cbt e cba. É para os quadrinhos o que o mp3 é para música: formato "oficial" de distribuição de pirataria XD. Na verdade é um pacote de imagens compactados e com a extensão renomeada (cbr é .rar, cbz é.zip, os outros são .7z, .tar e .ace) e no Windows o leitor mais famoso (praticamente o único) é o CDisplay.
Por que é um formato legal? Tem a mesma vantagem do pdf, de ter as páginas em um pacote único, mais que é bem mais fácil gerar um cbr/cbz que um pdf: compacte a pasta e renomeie a extensão. Se você tiver um mínimo de noção em informática, vai fazer isso sem instalar nada no teu windows. O que não é o caso dos pdf, onde você tem de baixar softs ou "impressoras" que salvem nesse formato...
Qual o defeito então? O CDisplay é um programa que morreu em 2004 - tanto que o site oficial ficava no saudoso geocities e nunca mais foi recriado. Assim, não dá para garantir compatibilidade com os futuros windows (roda legal no seven) e não dá para garantir a procedência do programa quando você baixa ele de terceiros: já que não tem site oficial, nunca se sabe se a cópia que você baixou veio temperada com vírus.
Houve um projeto para continuar o CDisplay, o CDisplayEx, mas ele morreu em 2006.. e ressussitaram ele em setembro agora. Não testei ainda, alguém se habilita? X)
(ah, sim, há outros leitores para windows e outros sistemas, mas foge ao escopo do texto :P)


Agora um parênteses: imagine-se uma pessoa "normal", daquelas que gosta de ler mas não se preocupa em colecionar. Imagine que essa pessoa é um internauta, que geralmente são apressados, se não acha a informação que procura de cara ou se demora demais para carregar, fecha a página e vai fazer outra coisa. Sentiram o problema que eu senti?
Para ler quadrinhos nos dois formatos acima a pessoa tem de clicar no link, baixar (ou rezar para não travar o navegador enquanto carrega todas as páginas) e clicar no arquivo para ler a história. Se for visitante de primeira viagem em teu site, ainda tem de baixar o CDisplay e instalar - o que pode ser "perigoso", caso o leitor estiver usando o computador do serviço, e pelas visitas do meu site, aposto que muita gente lê o mushicomics do trabalho.
Resumindo: se tua forma principal de divulgar quadrinhos for em um destes formatos (ou em quaquer outro de "pacote"), é bem provável que você perca o leitor em potencial antes do primeiro clique.
E por falar em "primeiro clique", se a pessoa não conhece a tua história, por que ela vai baixa-la então? Pelo teu resumo? Eu já ouvi reclamação de autores de que "estão baixando apenas os capítulos em que coloquei uma menina gostosa na capa, não estão ligando pra continuação". Isso é, não estão baixando a HQ para ler a história, mas estão baixando apostando que vão encontrar meninas peladas nas páginas ;) Público errado no site errado sempre causa mútua decepção...
CBR e PDF me parecem ser excelentes arquivos para salvar e guardar sua história preferida, mas os piores para apresentar seus quadrinhos a teu público em potencial.

SWF: ou Flash, ficou famoso no Brasil como formato de se fazer quadinhos no começo do século, com os saudosos Comborangers e seus milhões de clones. Hoje parece estar sendo redescoberto por alguns por causa do "about DIGITAL COMICS", que foi publicado no DeviantArt estes tempos e eu mesmo tive uma hq em flash em um passado distante: Raquel (que um dia continuo o remake aqui no mushicomics).
Por que é um formato legal? Por quê dá para ler online, é mais rápido de carregar as páginas que imagens individuais em gif/jpg/png. E também dá para animar, colocar sons, fazer menuzinhos, dá para brincar bem mais que com as páginas estáticas tradicionais!
Nem vou entrar no mérito se é quadrinhos ou não - algumas hqs em flash estão bem próximas da fronteira com os desenhos animados, mais um pouco e viram aqueles primeiros desenhos "desanimados" da Marvel, em que eles pegavam cenas dos gibis e animavam toscamente para exibir na televisão - para mim é, e para o leitor médio pouco importa o que é, desde que ele se entretenha com a história :)
Qual o defeito então? Para o leitor, o grande problema é que é um saco voltar para a página em que estava se sua leitura foi interrompida: tem de ir avançando uma a uma, várias hqs avançam quando a animação programada tiver concluída, etc. Se você estava lendo a penúltima página e teu computador travou, ou você fechou a aba com a história quando teu chefe estava chegando perto, vai achar uma puta falta de sanagem voltar ao ponto onde você tava para continuar a leitura.
Para o criador, flash tem outros problemas que senti na pele fazendo a Raquel: além de escrever, diagramar, desenhar, colorir e balonar a história, eu também era obrigado a pensar na animação (como animar, o que mover para parecer natural, o tempo exato de cada animação) e em programação (tanto para fazer algumas animações, quanto dos menus e botões para fazer a história). É mais trabalho ainda para alguém que vai receber pouco retorno de comentários e nenhum em dinheiro. =P
Ah, e poucos autores tem noção de progamação! E nem vou comentar as implicações do fato que a maioria dos programas que geram flash são pagos.

"Flip" - na verdade, não sei o nome oficial disso: é um aplicativo feito em flash, que você coloca em teu servidor, põe as páginas ordenadas em um diretório, faz um índice e coloca na rede: as páginas são visualizadas como se fossem uma revista ou livro. Há vários na rede, o melhor que encontrei é o Flash Page Flip, que inclusive tem uma versão gratuíta.
Por que é um formato legal? Por que emula páginas impressas, é legal :D E dá para colocar animações, transparências e outros frufrus lekais :)
Qual o defeito então? Os monitores atuais são pequenos e com resolução pequena demais para ficarem confortáveis de ler nesse formato. Eu tenho um monitor de 22 polegadas e acho chato de ler, imagina alguém com uma tela de 15"? Talvez reduzindo o menu do navegador, e se fosse fácil/possível reduzir os menus do próprio aplicativo...

Outros problemas do flash é que não roda em todos os equipamentos e sistemas - há uma briga enorme atualmente da Apple com o Adobe, a dona do formato, se você fizer uma história em flash, ela não vai ser lida no iPhone de Itu iPad, por exemplo - e eu temo pela falta de... intercambiabilidade desse formato... tipo, se um dia nenhum navegador ler histórias em gif, elas vão poder ser convertidas para jpg, png ou outro formato de imagem. Pdf pode se grosseiramente convertido em html ou doc e vice-versa com mais ou menos perdas. Mas *eu* não conheço outro formato para converter histórias em swf sem perdas. Se o flash morrer como alguns estão querendo, desconfio que toda uma geração de histórias criadas nativamente em swf vai ser perdida. Sei lá, talvez seja exagero meu.

HTML: to chamando aqui de html a internet "basicona", o texto com imagens incorporadas (geralmente nos formatos gif, jpg e mais recentemente png - um dia escrevo sobre as diferenças entre os três, mas aqui tem um texto legalzinho sobre eles) que qualquer navegador e a maioria dos aparelhos lêem sem muitos problemas ou engasgos.
É o sistema usado pelo mushicomics.
Por que é um formato legal? Pela compatibilidade que já falei e por que hoje em com um pouco de paciência, ou menos que isso, é fácil criar um site, ou um blog e ir inserindo suas páginas de forma ordenada. Atualmente sites como o deviantart, smackjeeves, wordpress, blogspot ou tumblr facilitam bastante a vida de quem não tem tempo de ficar escovando tags e comandos.
Qual o defeito então? não impressiona visualmente como o flash, ao menos não de forma tão fácil.
Acho que posso conviver com isso. =P


Ao contrário do pdf/cbr, histórias em flash/html tem a puta vantagem de serem lidas na hora, além de que em ambos tem como colocar campos para os leitores opinarem. É na interação autor-leitores em que o primeiro aprende a melhorar no seu ofício e o segundo se entrete e, se a história for notavelmente boa, começa a chamar mais amigos e conhecidos para partilhar de algo legal que viu na internet estes dias...

Eu sei que a lista de formatos nesse texto está incompleta e que devo ter cometido alguns erros, mas eu não sou completo e nem perfeito: sintam-se a vontade de me por no meu devido lugar nos comentários X)

* post de segunda, mas publicado no fim de tarde de domingo X) De novo, ficou maior do que eu pensava...

"Sessão Zumbi" era o nome da seção de cartas do fanzine que eu fazia com alguns amigos, séculos atrás. A idéia é que ninguém escreveria para ela, então seria uma parte meio morta do zine XD E decidi que vai ser o nome da "seção de cartas" do mushicomics: alguns dos comentários que fizerem pelo site afora (sobretudo nas notícias), vou responder aqui, toda sexta ou algo assim.

Dia das crianças, escrevi um texto até que grandinho sobre o que eu acho que são alguns dos problemas das histórias em quadrinhos brasileiras (a ênfase no "brasileira" e no "quadrinhos", mas se esquecer do "história"). Achei ele bonitinho, postei aqui, no meu blog e no meu DeviantArt.

Resultado: vários comentários, alguns enormes (por isso a preguiça de fazer essa Sessão Zumbi x) ), vários apontando problemas que não foram foco desse texto (quer dizer, falaram de tudo, menos do que falei... :P) e uma curiosidade: para cada lugar que mandei o texto, o público era diferente e recebi tipos diferentes de comentários:

(em tempo: eu selecionei a maioria, mas não todos os comentários, e alguns eu editei para encurtar e chegar direto ao ponto. Nesses casos, se alguém achou que mudei o sentido do que disse anteriormente, me avisem)

Jussara Gonzo: Falou pouco, mas falou bem!
Falei POUCO, é? o.O'

Kari Esteves: Hum... isso é realmente algo para os jovens artistas refletirem, pq o q precisamos é de uma nova safra de empreendedores.(...)
Acho que nem só para os novos - tem muito ser pré-histórico por aí berrando que é autor/defensor do quadrinho de quadrinho brasileiro e se diz discriminado por isso. Aí, você vai chegar o trabalho do ser, que tem mais anos de estrada que muitos aqui tem de idade, é um treco tão feio e tão mal-feito que nem a mãe dele deve achar bonito - e acho que nem de empreendedores, que pra mim são as pessoas que vão lá e desbravam. Basta quem goste e saiba contar histórias, quanto mais pessoas atingir com elas melhor, não adianta escrever algo legal que apenas os amiguinhos ou o umbigo entendam.
(...)Uma mania q precisa ser erradicada: Se encantar com o q vê e esquecer de LER. Mtos "sucessos" foram pro saco assim.
O Brasil tem a fama de ter bons desenhistas e nada de roteiristas. Isso é meio que culpa da barreira da língua e ddo relacionamento entre desenhistas novatos e roteiristas novatos. Fica para um próximo texto.

Felipe Avelino: *cof* *cof* *Turma da Mônica Jovem*!! *cof* *cof* *Luluzinha Jovem*!! Mas tem brasileiro que publicam histórias em quadrinhos, só não é aqui no Brasil
Não entendi o problema com a TdM/TMJ. Gostando do trabalho do Mauricio ou não, ele é um bom exemplo do que deve ser feito de acordo com o que escrevi: fazem boas histórias em quadrinhos para o público alvo , não se colocam num patamar superior aos leitores "comum" falando que é Arte, e quando falam que seus personagens são brasileiros, é com orgulho, não como muleta para que comprem eles.
E achando ético ou não a LuluTeen entrar na onda, ainda são um bom exemplo pelos mesmos motivos acima: temos boas histórias para um determinado segmento (o que li, gostei), sem mimimi-bububu de que é quadrinhos ou brasileiro. O foco são os leitores (digo, leitoras adolescentes) e é isso que deveria ser.

Gilvany S: [...] Construir uma cultura solida e renovável de leitores no brasil, tem sido uma tarefa desafiadora. [...] existem vicios da parte do artista ou autor... Acontece que essa cultura não é nossa [...], é uma importação de produtos que invadiram o nosso cotidiano[...] Não que isso seja ruim...mas pra sobreviver, a HQ brasileira precisa atingir pessoas que não fazem a mínima idéia do que é manga, brasileiros, não importando a idade ou posição social. É ai que surge a necessidade criar algo que identifique ou que digamos: essa HQ é brasileira. [...] Talvez uma visão mais rcitica e literária se faça valer para descobri tramas interessantíssimas e nativas desse país e não uma versão pop do estrangeiro.
Yu-chan: Adorei seu post, e vc tem razão, o que falta nos HQs brasileiros é a criatividade nas histórias e colocar sobre o cotidiano brasileiro. Por exemplo: na questão das roupas, escola, comida, o jeito de como as pessoas vivem aqui e sobre o que nosso país pode contar de interessante. Existem tantas histórias em livros muito bons brasileiros, podemos colocar essa criatividade e carisma nos quadrinhos também! e não optar por modas estrangeiras, não só japonesas, mas americanas tambem. Quem nunca viu no Natal por exemplo propagandas e produtos "brasileiros" com roupas de inverno (em pleno verão), e comidas quentes como assados. devemos valorizar e explorar mais o que temos aqui! (e apesar de ser descendente de japonês, eu queria fazer historias contando sobre a cultura brasileira, q é mais diversificada do mundo!)
Eu acho... que vocês falaram com outro assunto importante mas nada a ver com o que escrevi: não falei nada de usar temas nacionais em histórias nacionais, mas de autores tentarem fazer os leitores comprarem a história dele por dó ("óia, eu sou autor nacional, o quadrinho nacional precisa crescer, me ajudem").
Isso de importarmos cultura estrangeira e de autores iniciantes começarem baseadas em realidades estrangeiras é assunto enorme que merece outro texto n
O Futuro. Mas vou resumir o que acho: 1) toda cultura brasileira é importada desde 1500. 2) tem cultura que mais importa elementos estrangeiros que a japonesa e ainda assim se mantém autêntica? 3) Se o autor souber do que está falando, ele contar a história que quiser no ambiente que quiser. Problema é que a maioria dos novatos não conseguem e sequer sabem do que estão falando...

Mary Cagnin: [...] Outro dia estava discutindo sobre um tema parecido (e bem intrinseco) no twitter, q era sobre os editais e 'apoios governamentais' as historias em quadrinhos, q em geral apenas selecionavam historias educativas, regionalistas, e/ou politicamente corretas, aquelas q seriam facilmente aceitas pelos pais dos aluninhos, evitando todo aquele escandalo de "meu filho leu palavrão num 'gibi'" e é bem por isso q quadrinhos no brasil ainda é leitura para crianças e não tem espaço para amadurecer... quer dizer, espaço tem, mas ele é tão apertado que é quase como se não existisse.
Eu acho isso de edital tão esquisito o.o... Tipo, é uma forma do quadrinhista ganhar com seu trabalho tão boa quanto qualquer outra, mas não é uma forma de ganhar público: quando acabar o contrato, acabou. O cara tem de ser muito ninja para fazer algo que passe pelos critérios dos editais, agrade quem seleciona esses trabalhos e caia no gosto de quem vai efetivamente ler, a ponto de conseguir vingar fora das escolas. (É o que eu acho sem entender muito do assunto, admito)
Isso me deixa muito revoltada, pq existem mtas historias boas q continuam anonimas, e autores com potencial q acabam desistindo por não acreditar q tenha futuro! Eu não acredito muito nesse negocio q quem é brasileiro precisa fazer algo brasileiro e por aí vai... apoio a liberdade do artista, pq oq vale mesmo é a mensagem q ele quer passar, como ser humano e não como um brasileiro. Falar sobre o país é valido (adoro ler sobre a historia de outros paises, mas se não tiver algo q me prenda ao enredo, é mais facil ler um livro de historia) enfim.. é complicado falar sobre isso pq HQ é uma arte q ainda está engatinhando (pelo menos por aqui)
aqui faço minhas tuas palavras :)
momento autopropagada: eu tento aqui expor várias séries de vários autores, quem sabe tirando gente do anonimato. Mas como falei depois, tem autor que tá nem aí com a própria história, joga a coitada no mundo e foge, parece pai de filho de mãe solteira...

Marcus Beckenkamp: Realmente, empurrar algo para compra com a desculpa de ser nacional não tá com nada. Acho que devemos sim valorizar nossa cultura, mas não comprar porcaria só porque é nacional. Hqs são produtos, assim como filmes e livros, e devem ser pensadas dessa forma para o público que realmente irá consumí-la, se quiser que saia do mundo independente e crie algum mercado. Assim como os filmes nacionais estão começando agora a sacar isso, acredito que um dia os criadores de HQ também entenderão. Mesmo assim, acredito que trabalhar com o que temos de cultura é uma ideia interessante. Curti o projeto do Studio Seasons de trabalhar com o livro de Machado de Assis, por exemplo. =)
aqui faço minhas tuas palavras [2]

Cris: Concordo com você, Mushi, não só nos quadrinhos como em outras áreas. Cansa o povo viver reclamando que não tem público, que é incompreendido, mas só sabe falar do próprio umbigo. Umbigo por umbigo, eu fico com o meu.
aqui faço minhas tuas palavras [3]

fabiano-alves: Concordo, endosso e dou o aval!
Publique-se e cumpra-se!
E acho que estou apaixonado, aiai... ♥
[clique aqui para ver minha resposta]

Tablis: É difícil fazer esse "preconceito" sumir da mente dos desenhistas, mas só este relato já ajuda muito a esclarecer certos probleminhas...xD
com os desenhistas eu vejo vários probleminhas, um é quem nem todos tem vocação para fazer quadrinhos, mas não sabem disso ^^
Auto sabotagem e exacerbação patriotista(ui! confesso, sou nerd!!!!) é bem comum e qdo aplicado numa situação, resvala em todas as outras (política, finanças, pessoas e etc).
Isso limita a sabedoria e deturpa a inteligência.
err.. ok, né... X)


MushiComics, expediente:
miniaturas das histórias da semana: Wá-chan
divulgação: kari esteves
todo o resto, inclusive a parte que não funciona: mushi-san

Uma das minhas falhas recentes foi não comemorar a quinhentésima tira de Magias & Barbaridades, do Fabio Ciccone, publicada aqui no mushicomics algumas semanas atrás!! (clique aqui para le-la)

(Sim, no site oficial de Magias & Barbaridades essa marca foi batida ano passado (sim, amiguinhos, a publicação tem um tanto de lag :P), o que não impede de comemorar aqui também, mesmo que com um pouquito de atraso XD)

Cliquem nas tiras abaixo para conhecer Magias & Barbaridades desde o começo, ou a partir de qualquer um dos seus capítulos já publicados:

Capítulo I, O Tomo de Edmund

Capítulo II, Montanhas da Agonia Suprema

Capítulo III, O Guarda-Chuva de Urba

Capítulo IV, O Inseto e a Flor

Capítulo V, A Caverna de Alav

Capítulo VI, A Ordem da Lua

Capítulo VII, O Caminho da Guerreira

Capítulo VIII, A História de Saru Pnit

Capítulo IX, Por Mares Nunca Dantes Navegados

Capítulo X, Vida na Cidade

Capítulo XI, Realidade

Capítulo XII, A Dinastian Nan

"'Sessão Zumbi' era o nome da seção de cartas do fanzine que eu fazia com alguns amigos, séculos atrás. A idéia é que ninguém escreveria para ela, então seria uma parte meio morta do zine XD E decidi que vai ser o nome da "seção de cartas" do mushicomics: alguns dos comentários que fizerem pelo site afora (sobretudo nas notícias), vou responder aqui, toda sexta ou algo assim."

Bom, como furei a Sessão Zumbi da semana passada, e estou com vários comentários que valem ser respondidos, vou dividir ele em três ou quatro pedaços, colocando a casa em ordem na sexta-feira. Beleuza, creuza? XD

Então, bora lá:

[Papo de Segunda, 04/10/2010 - bão, eu tentei + calendário]
Mary cagnin: E meu fanzine foi pra sabado \o/ ^^
Marcus Beckenkamp: Pelo menos alguém garante os sábados! =P
Agradeço aos caríssimos autores pela dedicação e que fiquem ricos em breve e que se lembrem de mim quando estiverem contando as notas de 100 dólares da coleção X) Falando sério: graças a Deus que não estou me rebolando para ter histórias novas todos os dias...

[Calendário (07/10/10)]
Kari Esteves: Tenho q fazer as minhas págs!! XD
...mas por favor, autores, não se sintam culpados se não tiverem tempo ^^""

O Papo de Segunda de ontem pode ter sido um tanto "pesado", imagino que muita gente se perguntou se eu estava falando deles mesmos nesse ou aquele trecho, mas queria reforçar aqui o que repito sempre: vida real é mais importante que o mushicomics, e se vocês tem um site próprio, ele é mais importante que o site. Eu entendo quando simplesmente não dá para continuar uma história e não faço cobrança para ninguém. Apesar de ter gente bem novinha entre os que mandam páginas, ninguém é criança aqui e acredito que todos sejam responsáveis.

O pobrema mesmo é o povo que começa errado e não se emenda a tempo de ter alguma chance de dar certo. Por favor, não entendam aquele texto ou qualquer comentário meu como cobrança, eu não cobro nada de ninguém, mesmo quando empresto dinheiro ^^

Segunda Terça passada escrevi sobre um problema geral dos quadrinhos no Brasil, achei meu texto bonitinho e até divulguei o texto a torto, a direito e coisa e tal, mas não dá pra fazer isso sempre.
Hoje quero aconchegar, deixar os problemas do mundo para lá e comentar um dos particulares do mushicomics: os "colaboradores problemáticos".

Depois de duzentos anos cuidando do mesmo site, a gente acaba reconhecendo um padrão no povo que me aparece oferecendo histórias para publicação, mas acaba desistindo logo depois, colocando mais um na legião de histórias abandonadas. Eu acho isso muito chato e é uma reclamação comum nos leitores: "eu lia história X, mas depois parou e nunca mais". Orfandade de histórias é um problema grave.

Eu sei, todo mundo tem problemas, às vezes a vida bate na porta mais forte, a família atrapalha, vem o vestibular, provas de faculdade sugam a vida, desemprego, o serviço sobrecarrega, etc, volta e meia autores vêm me pedir desculpas por terem parado.
Para mim, estes não precisam se desculpar, tem horas que não dá mesmo, e não é deles que vou falar aqui, mas dos que me aparecem com toda boa vontade e condições do mundo do mundo, mas já começando errado:

1) O fogo de palha - acho que esse todo mundo conhece: geralmente é novo, cheio de energia, impaciente. Às vezes é tão energético que consegue agregar mais um ou dois colaboradores à sua história. Só que é uma energia que dura pouco, como é novo, não tem estrutura para manter a chama constante, que apaga nos sopros da vida real. Logo desiste.

(Sempre torço para o nariz para a maioria dos "grupos de ilustradores/estúdios/whatever" que pipocam na rede. Geralmente eles são constituídos por um ilustrador excelente, dois ou três medianos mais o infeliz do "fogo de palha", que é quem agitou a parada toda. Logo o grupo morre por quem agitou desiste, ou resiste algum tempo mais pela fibra dos outros membros. Poucos se tornam algo no mundo lá fora.)

2) O que (acha que) vai ficar rico com quadrinhos - é parente do fogo de palha, meio que um primo evoluído: junta um bando completo, desenhista, colorista, arte-finalista, letreirista e outros -istas. Geralmente é o roteirista. Deve ter prometido mundos e fundos aos outros membros, o material pronto é lindo de se ver.
Mas, conseguir dinheiro com quadrinhos online é um processo lento (tão lento que não consegui ainda) e ninguém se esforça muito na base da promessa, o bando debanda e tudo morre mais ou menos na página dez.

(crianças, dois segredinhos para vocês: a) quanto mais "partes" tem um projeto, maiores as chances de algo dar errado. Entendam como "partes" equipamentos, participantes, procedimentos, etapas, etc. b) Nós humanos somos seis bilhões e temos alguns milênios de história, então, com 99,9999999999999999% de certeza, "a tua idéia fácil e genial que ninguém tentou ainda" já foi tentada e falhou antes de você ouvir falar dela.
Recomendo mesmo checar direito cada pedaço do seu plano e procurar ver o que os projetos semelhantes ao teu fizeram de certo e errado. Google, Wikipédia e (por que não?) Orkut estão para isso, aprenda a usa-los.
)

3) O ilustrador em busca da própria identidade - Suas páginas são lindas, coloridas, há infinitos detalhes e cenários em cada quadradinho. Tá na cara que ele se esforçou o máximo em cada detalhe de cada desenho, e não me surpreende que ele desista de tudo antes da história começar a esquentar... :/
Ilustração e Quadrinhos são artes que se intersectam, mas não são a mesma coisa! A primeira pede um extenso trabalho de composição dos elementos da imagem, da expressão corporal e facial (quando há personagens), aprender a usar texturas, cores, estampas, luz, sombra, brilho, etc. Um bom ilustrador gasta horas e dias em cada trabalho e sabe que seu público vai gastar algum tempo admirando o resultado final.
Nos Quadrinhos também tem tudo isso, mas o foco é outra: em vez do desenho valer por si só, aqui ele tem é de dar suporte à história que está sendo contada, o leitor não vai gastar muito mais tempo em cada quadro além do necesário para ler as falas, e dependendo do enredo, quanto MENOS detalhes no quadro, melhor pra fluência.
Para quem gastou uma vida em quadro, isso é no mínimo frustrante :P
Outro problema do ilustrador que tenta ser quadrinhista é que muitas vezes ele começa o enredo bem, mas como não praticou contar uma história, logo perde o fôlego, descobre que escrever não é tão fácil assim e desiste de vez. Há os que persistem e vingam, claro, mas o contrário disso é tão mais normal...

4) Os desnaturados invisíveis - o ser comete um punhado de páginas, me manda por e-mail, não fala nada além dos dados básicos - muitas vezes sob pseudônimo, não conheço, nunca mais fala comigo.
E sei lá por quê eu ainda coloco no site.

(na verdade eu sei: para fechar buraco no cronograma)

5) Os casos "clínicos" - nem preciso falar muito deles: são os carentes de atenção e de elogios. Muitos amadrurecem e deixam a insegurança para lá, alguns parecem virar gente de acordo com a fase da lua e um tanto viram casos clínicos sem aspas mesmo.
Muitos brigam com a figura responsável pelo site (um dia meu sacossanto sacro explode, anotaí), dão piti em comunidades virtuais a quem ousar criticar seu trabalho ou gostos, periodicamente destroem todos seus desenhos (albuns virtuais e/ou os originais em papel) para semanas depois recomeçarem do zero mais uma vez, ou para nunca mais desenhar na vida.

(Incrível como todos os meios artísticos são celeiros de doidos e de egos superdimensionados...)

6) Os analfabetos funcionais - não sabem escrever nem balões de história muda (e quando recebe crítica pelos erros crassos no português básicos respondem com "eu sabia que vocês iriam ter preconceito com isso"), não lêem as regras do site, não entendem como o mushicomics funciona e vêm me encher o saco no msn para perguntar. -_-'

Acho que é só. Claro que tem gente que começa fazendo besteira e acerta com o tempo (tipo eu, tirando a parte do "acerta com o tempo") e o mushicomics é um site aberto para qualquer um que queira contar uma boa história em quadrinhos (com excessões para manter uma linha editorial), não vou barrar gente por que acho que indivíduo X ou Y vai me dar problemas por me parecer com um dos arquétipos acima ou algum outro que esqueci.
Mas gostaria mesmo que os colaboradores e candidatos a colaboradores fossem comprometidos com a história que se propuzeram a contar e com seus leitores, não com o próprio umbigo ou com ilusões de grandeza.

E como já disse antes, o site anda melhorando muito na qualidade e comprometimento de quem tem sua história aqui. Mas ainda, volta e meia, me aparece uma assombração dessas :P

Falando em comprometimento, furei o calendário quarta passada e a Sessão Zumbi de sexta - em que comentaria os comentários aos problemas das histórias em quadrinhos brasileiras. Até comecei a escrever, mas tava sonado e achei melhor deixar para a próxima. Melhor não fazer do que fazer errado. Mas melhor fazer errado do que demorar demais, fica pra sexta agora, sem falta. Acho^^


* post de segunda, mas publicado no fim de noite de domingo X) Texto enorme por sinal o.o'

...Que a maioria dos autores se preocupa em "vender sua história como BRASILEIRA ou QUADRINHOS, mas raramente como HISTÓRIAS.

Não me levem a mal, não sou nacionalista, nem um daqueles babacas que falam que "tudo que é brasileiro não presta ou vai dar errado" - outro dia discuto a imbecibilidade de falar pejorativamente "só no Brasil que acontece isso" - tenho até uma bandeira do Brasil no quarto, que não acho a "mais bonita do mundo" como alguns condicionados falam, mas gritar aos quatro ventos que um dos "méritos" da sua história é "ser brasileira" é MULETA, uma desculpa incompetente para justificar uma história de qualidade duvidosa. Eu, você, o público, o universo e tudo o mais já vimos um monte de coisas medonhas sendo empurradas com uma bandeirinha verde e amarela estampada.
Enfim, falar que tua HQ é linda e maravilhosa por ser "brasileira" não cola.
O que você faz para outras pessoas apreciarem (pagando por isso ou não) tem de ter mérito próprio, não se apoiar na solidariedade alheia.


A ênfase em "quadrinhos" como virtude de um trabalho é para mim outro errãozão. Alguns podem pensar que vou falar no argumento dos "mais antigos", de que quadrinhos (e animação) é tudo coisa de criança, tudo sub-arte - esse tipo de pensamento está visivelmente menor que há uns dez anos atrás, mas já deu merda no estado de São Paulo nos tempos recentes - mas acho que o problema é justamente o contrário: quadrinhos é uma arte e até que está bem reconhecido como tal (exceto pelas bestas do naipe citadas acima) e por causa disso, a ênfase em "Quadrinhos" acaba por elitizar seu trabalho e...
... bom, isso espanta a maioria do público.
Poucos vão à um cinema ver Cinema, mas para assistir "um filme", certo? Não se vende uma história como se fosse "ideal para festivais de cinema" tendo em mente um público mais "pipoca". Para mim, por "Quadrinhos" bem grandão na capa acaba por espantar o público mais normal e menos inteirado à arte.

Tá, há quem queira ter um público seleto, e tal, mas, puta que o pariu, não me venha depois chorando que no Brasil não tem a poha do mercado que te sustente, ok?


O que o público "normal", aquele publicão enorme aí fora que não está no gueto (e tem quadrinhistas cá de nossa terra - e tem escritores de fantasia/ficção também, diga-se de passagem - que parecem gostar é de ficar no gueto e nas panelas da vida chorando a incompreensão do mundo malvado lá fora) quer são HISTÓRIAS, histórias para se divertir, histórias para fugir, para aprender, para se identificar, não importando a forma de como é contada nem de onde ela venha.
É muito fácil colar adjetivos pomposos em um trabalho e depois posar de mártir injustiçado dos Quadrinhos Brasileiros, é fácil abandonar depois da primeira crítica ou fracasso, é fácil disputar espaço em um nicho já consolidado, mesmo que ele esteja encolhendo. Difícil é criar bons personagens e tramas que conquistem um público, difícil é ter persistência, visão e paciência, difícil é conseguir conquistar mais leitores, conquistar quem não lia quadrinhos anteriormente por causa dos seus vícios e guetos, aumentar a base de leitores existentes.

Enfim, quando os autores brasileiros decidirem fazer histórias para humanos e não para quadrinhófilos ou nacionalistas de butique, a gente vai pra frente. É o que eu acho.

* Apesar de ser tradicionalmente postado às segundas-feiras, o papo é de segunda pela qualidade do monologador :P

legenda das cores:
verde: histórias com páginas para alguns dias a mais no estoque.
amarelo: última página que recebi da história.
vermelho: fim da história.
cinza: recesso, feriado, preguiça e afins. =P

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